Um ano de Blog do Cappacete

Já ia esquecendo. Comecei esse blog como uma espécie de fórum do Orkut, sem muita seriedade. Na verdade, continuo sem muita seriedade, mas hoje sei o potencial da blogosfera.

Os teóricos da Escola de Frankfurt, na década de trinta, anunciaram com muito pesar que os trabalhadores tinham perdido o acesso aos meios de comunicação com o advento da Indústria Cultural. Antes de trinta, a informação era disseminada entre os trabalhadores através de um sem fim de pequenos jornais que eram distribuídos pelo próprio proletariado. Depois dos meios culturais de massa, a mídia se tornou corporativa, e foi rateada entre grupos de poder econômico associados ao grande capital. Informação é poder, e a burguesia assustada sabia disso.

A internet trouxe novamente a informação para as mãos dos trabalhadores, e a blogosfera possui papel decisivo nesta batalha contra mídia corporativa, no Brasil conhecida como PIG.

Este humilde blog faz parte dessa frente contra o PIG; o imperialismo, o coronelismo (em suas versões medieval e digital), a boçalidade, a classe média fascistóide, as viúvas da Ditadura, etc, etc, etc...

Hasta la victória, siempre!!!

E para comemorar, vou publicar de novo minha primeira postagem:

A Internacional

De pé, ó vítimas da fome

De pé, famélicos da terra

Da idéia a chama já consome

A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo

De pé de pé não mais senhores

Se nada somos em tal mundo

Sejamos tudo ó produtores

Senhores patrões chefes supremos

Nada esperamos de nenhum

Sejamos nós que conquistemos

A terra mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos

Para sair desse antro estreito

Façamos nós com nossas mãos

Tudo o que a nós nos diz respeito

O Crime do rico a lei o cobre

O estado esmaga o oprimido

Não há direitos para o pobre

Ao rico tudo é permitido

A opressão não mais sujeitos

Somos iguais todos os seres

Não mais deveres sem direitos

Não mais direitos sem deveres

Abomináveis na grandeza

Os reis da mina e da fornalha

Edificaram a riqueza

Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua

A corja rica o recolheu

Queremos que nos restituam

O povo quer só o que é seu

Nós fomos de fumo embriagados

Paz entre nós guerra aos senhores

Façamos greve de soldados

Somos irmãos trabalhadores

Se a raça vil cheia de galas

Nos quer à força canibais

Logo verás que as nossas balas

São para os nossos generais

Pois somos do povo os ativos

Trabalhador forte e fecundo

Pertence a terra aos produtivos

Ó parasita deixa o mundo

Ó parasita que te nutres

Do nosso sangue a gotejar

Se nos faltarem os abutres

Não deixa o sol te fulgurar

Bem unidos façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A internacional

Bem unidos façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A internacional