quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Disputa em tribunal revela voos da CIA


Afinal, "todos os detalhes deste negócio sinistro estavam escondidos à vista de todos", diz o porta-voz da ONG Reprieve.


Uma divergência sobre pagamentos opõe num tribunal de Nova Iorque duas empresas envolvidas no transporte ilegal de presos da CIA. Pela primeira vez é possível reconstituir alguns dos voos que os EUA alugavam para levar os presos capturados à rede de prisões ilegais que mantém em vários países.

Uma reportagem do Guardian teve acesso a alguns dos documentos, facturas e emails entre as empresas que constituem prova num processo de disputa comercial mas com um alcance político importante. Os protagonistas são a Sportsflight, uma intermediária no negócio do aluguer de jactos e a operadora aérea Richmor.
Os recibos de despesas de vários destes voos apresentados em tribunal coincidem com a passagem nos mesmos locais e na mesma altura de alguns dos presos que denunciaram nos seus relatos terem sido capturados e metidos num avião. São os casos de Abu Omar, raptado pela CIA em Milão e levado para a tortura numa prisão ilegal no Cairo, de Encep Nuraman, o líder dos terroristas indonésios da Jemaah Islamiyah, ou Khalid Sheik Mohammed, que os norte-americanos apresentaram como sendo o "cérebro do 11 de Setembro" e cujos actos de tortura a que foi sujeito estão documentados num memorando elaborado pelo Departamento de Justiça.
"Estes documentos revelam como a rede secreta de tortura da CIA foi capaz de agir sem controlo durante tantos anos. E também mostram a farsa que foi a CIA ter conseguido classificar como secretas as queixas dos prisioneiros sobre tortura, enquanto todos os detalhes deste negócio sinistro estavam escondidos à vista de todos", disse Cori Crider, responsável jurídico da ONG Reprieve, que descobriu os documentos no tribunal.
O verdadeiro dono de um dos aviões utilizados nos chamados "voos de rendição", Phillip Morse, que o alugava a estas empresas, está ligado ao desporto nos EUA e em Inglaterra. Sabe-se hoje que no intervalo do transporte de presos para a tortura nas prisões ilegais, o avião era usado para transportar a conhecida equipa de baseball Boston Red Sox. Depois da matrícula do avião ser conhecida pelos piores motivos, ao rebentar o escândalo dos voos ilegais da CIA, o dono e a família "ficaram com medo de voar nele por causa de tanta publicidade" à volta do avião, diz um dos empresários numa carta revelada pelo Guardian que também faz parte dos documentos do processo, e onde lamenta que o negócio tenha sido tão afectado pela curiosidade da imprensa.

Nova “classe média” do Brasil fica na faixa da pobreza francesa


Classe média, só se for para as Casas Bahia



Estudo divulgado hoje pelas agências de notícias informa que a crise econômica arrastou milhões de franceses para a faixa de pobreza. O número de pobres sobe a 8,2 milhões, ou 13% da população. Mas é bom notar que os critérios sociológicos daquele país divergem dos usados no Brasil. Aquilo que por aqui o pensamento dominante chama de classe média emergente ou nova classe média não seria mais do que um pobre na França.


Os franceses consideram pobre o cidadão que ganha menos de 954 euros por mês, o que equivale, ao câmbio atual, a cerca de R$ 2,2 mil. Já por aqui, uma família com renda mensal superior a R$ 1.126,00 ultrapassa a linha de pobreza e é classificada como classe média pelos critérios usados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), largamente difundidos.

Classe média favelada



Apesar das diferenças relacionadas ao custo de vida, o critério usado pelos franceses está muito mais próximo da verdade e a situação de um pobre naquele país europeu parece mais confortável com que a de um “classe média” emergente do Brasil. Até mesmo porque os franceses não têm de pagar por serviços de saúde de qualidade (é gratuito) e recebem subsídios para o aluguel. Na capital de São Paulo, uma família da classe média emergente não teria renda para alugar um apartamento de dois quartos, que (estimando por baixo) não sai por menos de R$ 1 mil. Não é de estranhar, por isto, que muitos membros da nova “classe média” continuem morando em favelas e cortiços.

Conceito falso

O conceito de classe média que orienta os institutos de pesquisas e prevalece nos meios de comunicação é fundamentalmente falso e serve a propósitos ideológicos conservadores. Ele obscurece o fato de que a mobilidade social dos pobres verificada desde 2002 ocorreu principalmente pela incorporação, durante os governos Lula, de milhões de trabalhadores desempregados às atividades produtivas, bem como o aumento da massa salarial e dos salários, começando pelo mínimo. Estima-se em cerca de 15 milhões o número de novos postos de trabalho formais gerados entre 2002 a 2010, derrubando a taxa de desemprego aberto nas seis maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife) dos 13% de 2003 para 6,5% em 2011, de acordo com o IBGE. Mas a julgar pelo conceito dominante, que divide as classes por faixas de renda (A, B, C, D e E), não existe o que chamamos de classe trabalhadora ou proletariado; tampouco há lugar para a classe capitalista ou burguesia. A sociedade seria composta apenas por pobres e classes médias.

Classe trabalhadora

A mobilidade social significou, essencialmente, um movimento no interior da classe trabalhadora. Se julgarmos a realidade pelos critérios marxistas, que diverge radicalmente das concepções dominantes, o que vem sendo chamado de “nova classe média” na verdade é a classe trabalhadora, que vive da venda de sua força de trabalho, submete-se à exploração capitalista e ganha salários que cresceram nos últimos anos mas ainda permanecem em níveis miseráveis. Cerca de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras recebem até três salários mínimos no Brasil.O retrato que Ary Barroso fez da situação da força de trabalho brasileira no belo samba intulado Falta um zero no meu ordenado, composto em parceria com o grande flautista e parceiro de Pixinguinha, Benedito Lacerda, data de 1947 mas ainda não perdeu atualidade. 

Confira a letra abaixo:



                                               Trabalho como louco 

Mas ganho muito pouco 
Por isso eu vivo sempre atrapalhado 
Fazendo faxina
Comendo no "China"
Tá faltando um zero no meu ordenado


                                                 Tá faltando um zero
No meu ordenado
Tá faltando sola no meu sapato
Somente o retrato
Da rainha do meu samba

É que me consola
Nesta corda bamba

Ouça versão do samba com Jards Macalé



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Racismo explícito na Universidade Mackenzie


O Mackenzie mudou, mas não muito



Tenho bons amigos que estudaram no Mackenzie e os mesmos me disseram que o essa universidade mudou bastante, não é mais o antro de nazistas que foi nos anos 60/70. Todavia, ainda restam alguns resquícios de um tempo em que o CCC reinava absoluto no Mackenzie, com o suporte do Dops e mesmo da reitoria da instituição.




Estadão


Procurador e professor do Mackenzie admitiu que falou em dar voz de prisão a estudante de Direito que o interpelou no corredor; hoje, seu irmão, também professor, disse que aluna usou termos como 'negro sujo'



O professor da Faculdade de Direito do Mackenzie Paulo Marco Ferreira Lima, procurador de Justiça, ameaçou dar voz de prisão a uma aluna do 5.º semestre do curso na sexta-feira, 26. Depois da aula de Direito Penal III, a estudante abordou o professor para questionar sua metodologia de ensino. Segundo o docente, foi necessário chamar seguranças para conter a garota, que insistia em fazer reclamações em voz alta. Paulo Marco, então, disse que ou ela parava, ou ele lhe daria voz de prisão. Hoje, o irmão de Paulo Marco, o também procurador e professor do Mackenzie Marco Antônio Ferreira Lima, acusou a aluna de racismo no Facebook.
O caso ganhou proporção no Mackenzie após o Centro Acadêmico João Mendes Jr., que representa os alunos da Faculdade de Direito, ter divulgado nota de repúdio em que classifica de "inadmissível" a postura do professor Paulo Marco. "Em um país de ‘Doutores’, em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade", diz o texto, assinado pelo diretor geral do C.A., Rodrigo Rangel.
Ao Estadão.edu, Paulo Marco disse na tarde desta terça-feira que a aluna quis "tirar satisfação" e criticar sua aula. "Entrei na sala para dar a última aula do dia e ela continuava falando. Fechei a porta. Ela arrombou. Pedi aos seguranças para tirá-la da sala. Ela continuou gritando e me ofendendo. Foi aí que falei: ou a senhora para ou eu vou te dar voz de prisão por desacato. Ela parou de gritar depois da ameaça."
O professor respondeu às críticas de que a situação configurou abuso de autoridade. "Ameaçar prender não é abuso de autoridade. Seria se eu tivesse prendido ela sem razão", afirmou. "Achei que ela iria me agredir, porque estava totalmente transtornada. Tive de fazer alguma coisa para contê-la."
"A aluna está fazendo um sensacionalismo que beira o lado criminoso", finalizou Paulo Marco.
Racismo. O irmão do professor entrou na polêmica usando o Facebook. Marco Antônio postou na tarde desta terça-feira, em letras maiúsculas, que a aluna identificada por Tatiana, do 5.º semestre noturno, teceu "considerações raciais" sobre Paulo Marco, "chamando-o na frente de sua filha de 'negro sujo' e afirmando que 'preto não pode dar aula no Mackenzie' e que 'preto não pode ter poder'". Amigos de Marco Antônio na rede social, entre eles alunos do Mackenzie, escreveram mensagens de apoio aos professores.


Por meio de nota, o Mackenzie disse que a estudante foi atendida pelo diretor da Faculdade de Direito e "não houve prisão". "Os fatos ainda estão sendo apurados para que as providências cabíveis sejam tomadas", afirmou a universidade.


Nota do Blog: O Estadão está fazendo e fará de tudo para desviar o foco da questão, seus leitores bovinos certamente porão a culpa no professor, vítima da violência. Não poderia ser de outro modo, vindo do pasquim dos quatrocentões escravocratas eternamente viúvos da República Velha, ou Oligárquica. Mais sobre a inquebrantável postura  racista do Estadão, clique aqui.  







O modos operandi tucano

A USP também tem servido como laboratório para as práticas autoritárias e excludentes dos tucanos, que sonham em aplicar sua truculência mais uma vez contra toda a Nação brasileira. Abaixo a ditadura dos tucanos!

Coordenadoria de Assistência Social impede estudante de letras de continuar na moradia estudantil. Para manifestantes, a causa é política
 
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) realizam nesta terça-feira (30) a
partir das 12h, um ato contra a ação da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), que decidiu negar moradia no Crusp (Conjunto Residencial da USP) ao estudante de letras, Rafael Alves. Na segunda-feira, os manifestantes também fizeram ato em frente à Coseas.

As manifestações vêem ocorrendo desde a última semana, depois que a Coordenadoria moveu um processo de reintegração de posse para retirar o estudante do apartamento onde mora.
Rafael foi diretor da Associação de moradores do Crusp e participou ativamente do movimento de estudantes que mantém a sede da Coordenadoria ocupada desde março de 2010. Os ocupantes, moradores do próprio Crusp, reivindicam mais vagas para a assistência estudantil e o fim da perseguição do órgão por causa de posições políticas.
No final deste ano, Rafael foi jubilado, mas prestou vestibular novamente e foi aprovado. Ele também passou no processo de seleção socioeconômic realizada pela própria Coseas, conquistando sete pontos além dos necessários para a sua inclusão no Crusp.
Na última semana, um comunicado do superintendente da Coseas, Waldyr Antonio Jorge, foi colado na porta dos apartamentos de todos os blocos. Segundo Waldyr, Rafael deveria sair imediatamente da moradia alegando que o estudante perdeu sua vaga por ter sido jubilado. “Não é porque no ano em curso [o estudante] foi matriculado nesta Universidade, após novo vestibular, que possui direito de continuar na moradia estudantil”, concluiu.
Em nota, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) lembram que Waldyr encaminhou o caso de Rafael à Procuradoria Geral da USP. Em documento anexo ao processo, ele pede rapidez no julgamento do caso “por se tratar de ex-aluno da USP invasor do prédio do serviço social”. (leia o documento aqui)
“Não há canais institucionais para a expressão de demandas do conjunto da comunidade universitária dentro da USP. Estamos sob uma estrutura de poder autoritária e centralizadora. Os que ousam atuar politicamente, apesar desse quadro, são perseguidos e criminalizados”, defende o comunicado das entidades.

Dezessete estudantes processados

Dezessete estudantes estão sofrendo processos disciplinares por causa da ocupação da Coseas. O espaço, localizado no térreo do Bloco G, foi projetado para ser moradia estudantil, mas vinha sendo usado como local de trabalho da burocracia da Coordenadoria.
A ocupação aconteceu depois de tensões entre os estudantes e guardas da moradia estudantil. No local, os moradores tiveram acessos a relatórios do Serviço de Ação Comunitária e Segurança do órgão, que descreviam atividades políticas dos moradores como falas realizadas em assembléias estudantis.
Os processos administrativos estão baseados no Regimento Disciplinar da USP, previsto para ser transitório desde 1972, quando entrou em vigência em pleno regime militar.
Nele estão previstas punições para quem atentar “à moral e os bons costumes” e “promover manifestação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares”.




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Omissão do governo de SP em questões de direitos humanos é denunciada em audiência com Ministra


O modo como os tucanos lidam com as questões sociais





“Não concluímos esta audiência com um ponto final, mas como uma etapa para uma caminhada às respostas, que sejam encontradas por todos nós. O Estado brasileiro não pode transferir a ação de agir, mas uma parte cabe a própria sociedade”, assim enfatizou a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta segunda-feira (29/8), pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, presidida pelo deputado Adriano Diogo. A Bancada dos deputados do PT esteve presente em quase sua totalidade.
Representantes de quinze movimentos sociais, ao longo da tarde, expuseram fatos e ações que contrariam e desrespeitam os direitos humanos, focados principalmente no Estado de São Paulo. A sociedade civil organizada participou dos debates municiados de cartazes, faixas, denúncias e protestos, represados pela ausência de fóruns no e instâncias estaduais para dar vazão as questões e atender os direitos e promover cidadania.

Para a ministra, ficou claro que “há sede por justiça” e “ansiedade por direitos humanos” e propôs um trabalho conjunto, entre sociedade e todas as esferas de governo e poderes. Ela citou a presidenta Dilma quando se refere a “busca ativa”, ou seja, o Executivo não pode estar parado, é fundamental ir até os problemas com políticas públicas e sociais e é, desta forma, que a ministra acredita que a grande maioria das violações de direitos humanos possa ser resolvida.

Estado de SP omisso em várias questões

Maria do Rosário indignou-se com uma das páginas na internet da Rota da Polícia Militar.  “Como defensora de direitos humanos, considero inaceitável que o Estado de São Paulo tenha uma página oficial em que se coloca com orgulho de ter participado da deposição de um presidente eleito (João Goulart)”, disse a ministra. Ela também fez um apelo à secretária estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, presente na audiência, para que se reveja estes conceitos que estão na página.

Outro ponto questionado pela ministra é o fato que o Estado não tem uma Comissão Estadual para Combate ao Trabalho Escravo, sendo que 15 Estados já têm.

Com relação às mortes violentas de jovens na Baixada de Santos, em 2006, que levou a formação do grupo “Mães de Maio”, que pedem a apuração correta dos acontecimentos, com a identificação dos assassinos e sua punição, Maria do Rosário explicou que já solicitou há três meses reunião com o governo do Estado, mas ainda não obteve resposta. Para ela, “o Ministério Público do Estado tem que pedir a reabertura dos processos”.
Representante do Condepe- Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana denunciou a intervenção do governador Geraldo Alckmin que, por meio de dois decretos, tem tolhido o processo de escolha do integrante da Ouvidoria da Polícia. Num dos decretos editado Alckmin estipulou uma lista tríplice e em outro definiu regras para inscrever os candidatos.

Também foram denunciadas a “higienização” que está sendo promovida no município de São Paulo, seja das crianças em situação de rua, seja nas remoções e despejos na área da habitação.


Políticas públicas
 
Em resposta às cobranças de apuração dos crimes cometidas durante a ditadura militar, a ministra disse que está atuando fortemente para a criação da Comissão da Verdade, assim como está sendo dada prioridade à questão racial. “Isso tem que estar no centro da atenção do país”, explicou. Ela exemplificou a questão da violência contra jovens negros, ao apresentar os dados de que ao nascer há mais meninos do que meninas, mas a partir dos 12 anos há uma inversão, “porque isso nada mais é do que o alto número de assassinatos de meninos negros”.

Com relação à necessidade apontada na audiência de que é preciso que seja retirada qualquer forma de legalidade sobre a morte por resistência, que nada mais é do que a execução sumária – com tiros pelas costas e nucas, Maria do Rosário esclareceu que já há um trabalho junto a SEPPIR – Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial. Também explicou que irá formar uma comissão para discutir o uso de armas não letais, que hoje não há uma regulamentação de como as polícias podem usar este armamento.

Outro ponto de grande preocupação da ministra é a instituição de uma política pública para as crianças e adolescentes em situação de rua. Segundo ela, é preciso reunir os conselhos em todas as esferas e construir uma “política pública de vida” inovadora para estas crianças e completou: “o Brasil tem que ter a solução e ter condições de dar conta das suas crianças”.



Direitos têm que ser respeitados
 
Além dos temas já abordados, alguns outros exemplos de assuntos expostos pelos movimentos estavam:

. o genocídio à população negra;

. o desrespeito e perseguição as religiões de matizes africanas;

. a homofobia;

. o descaso com a saúde pública; e

. a perseguição aos africanos, principalmente aos nigerianos.







Pré-candidata republicana diz que furacão Irene é recado divino aos EUA

A próxima eleição presidencial dos EUA vai ser dramática 



A deputada republicana Michele Bachmann, pré-candidata à corrida presidencial dos Estados Unidos em 2012, atribuiu a chegada do furacão Irene a “uma mensagem divina de que Washington precisa mudar suas políticas públicas”. Ela disse a partidários da Flórida que o fenômeno natural era um “ato de Deus” e que o governo americano deveria ficar atento.
“Vocês pensariam que agora eles entenderam a mensagem. Um terremoto, um furacão. Estão ouvindo? O povo americano fez tudo o que pôde, e agora é hora de um ato de Deus e estamos recebendo isso”, disse ela, conseguindo risos do público. Bachmann é a pré-candidata republicana favorita do movimento conservador conhecido como Tea Party.
Os danos provocados pela passagem do furacão, que deixou pelo menos 18 mortos e cinco milhões de pessoas e empresas sem eletricidade pela Costa Leste dos Estados Unidos podem chegar a US$ 7 bilhões (R$ 11,25 bilhões). O Irene ruma agora ao Canadá.
Em julho, a republicana já tinha virado notícia por ter, no patrimônio familiar, uma clínica para “curar” gays. O estabelecimento pertence ao marido e serve para aconselhar aos homossexuais a rezarem e comparecerem à igreja para “solucionar o problema”.


domingo, 28 de agosto de 2011

El mundo condena al Secretario General de la OTAN Rassmussen como asesino en masa, criminal de guerra y cobarde (Video)

Libia Habla via IEB 



Tiran tinta roja sobre Rasmussen. El Secretario General de la OTAN ha sido bañado del mismo color con el que el participa en el baño de sangre de Libia, Irak, Afganistan.  Poco ha sido, pero quizás esa tinta roja sobre su Secretario General, Rasmussen, sea una premonición del destino que le espera a la OTAN en Libia.
Ander Fogh Rasmussen, además de ser un presunto criminal por crimenes contra la humanidad, dado que es secretario general de la OTAN, fué motivo de polémica en su posición por las famosas caricaturas de Mahoma. Defensor de la libertad de prensa en aquella polémica  ya se posicionó como una persona con una increible falta de respeto por otras culturas, como en este caso la cultura musulmana. Esa libertad de prensa que él defendía y que ahora frena y pisa, en la masacre que la OTAN está llevando a cabo sobre Libia.  Poca pintura le han tirado, para lo que se merece.  Esta simple anécdota en la vida de este politicucho liberal,  nos dá una imagen de cuan asquerosa es su vida. ¿Tan importante es la fama y el dinero? ¿tan importante es la posición de poder?. ¿Vale la pena ser cómplice de los asesinos?
La imagen de Rasmussen manchado de tinta roja ¿premonición o presagio de lo que le espera a la OTAN en Libia?
Un ejemplo a seguir el de éste joven con coraje.  Parece que es el único en Europa que ha tenido un par de corajes.
Dos jovenes activistas tiran tinta roja sobre el Secretario General, Rasmussen,  de la Organización Terrorista del Atlantico Norte(OTAN).  Ojala la imagen del alto responsable de la otan manchado de rojo,  sea una premonición, un presagio,  una profecia de lo que le espera a la OTAN en Libia.
 
 

Charge Allan McDonalds


Rebelión





sábado, 27 de agosto de 2011

Marcelo Rubens Paiva. Dar: o dilema


Aqui em São Paulo a coisa tá difícil viu...

Peço desculpas ao leitor. Pensei muitas vezes no verbo a ser utilizado no relato abaixo. "Ceder" seria menos ofensivo. Mas "dar" foi exaustivamente utilizado pelas personagens em questão. É com ele que elas costumam pontuar suas aventuras e seus segredos.
Numa mesa de bar com três mulheres: uma carioca, uma mineira e uma paulista. Na faixa dos 30 anos. Profissionais liberais, que moram sozinhas, donas de si. Rodadas. Com alguns matrimônios interrompidos nas costas.
A mineira teorizou. Se você sai com um carinha três vezes, terá que dar na quarta. Seria uma afronta às regras da corte. Afinal, há uma ética no jogo da sedução.
Ela aprendeu com a mãe que é sempre vantajoso para o espelho ter uma legião de admiradores. Mulheres adoram ser paparicadas, lembrou. Se rolar a quarta vez, seu papel de diva a obrigará a ceder aos óbvios interesses masculinos. Se não, perde-se o trono. E, para o horror das mulheres, a maior heresia: será malvista.
A paulista contou. Que no começo do ano saiu com um cara, mas não ficou tão a fim. Não rolou nada. Ele insistiu para que houvesse um outro encontro. Ela dispensou com carinho e educação. Porque sabia que, se desse, ele poderia se apaixonar, e ela não conseguiria encarar tamanho paradoxo. Então, quebrou o encanto já na raiz.
A carioca contou. Que tem filhos, ex-maridos, dois empregos, o que filtra consideravelmente o assédio, para o bem. Se depois de todas as informações, o carinha continua a saga da conquista e ultrapassa as etapas da prova, ela dá. Afinal, um cara como esse merece consideração.
E ela não se preocupará com o grau de paixão do admirador, pois os filhos, os ex-maridos e os dois empregos já trarão muito trabalho pela frente, e será natural o termômetro do amor cair ao nível baixo. Ela dará e se esquecerá naturalmente. E esperará que ele também siga por outra trilha.
As três falavam sem parar o que para elas seguia uma lógica incontestável, comum, apesar do UF de seus documentos serem distintos. Cigarros e mais chopes contribuíam para a enumeração das convicções femininas. Contavam casos esdrúxulos com carinhas sem noção, experiências fracassadas, xavecos tolos, excessos improdutivos.
Enquanto eu, pasmo, só acompanhava em silêncio, com muita pena da minha categoria, dos meus camaradinhas, aprisionada pelas garras da lógica feminina, perdida num mar sem vento. Até a carioca contar a sua última bizarrice:
Foi muito cortejada por um músico que não se dispensa. Daqueles que manipulam as palavras e ideias com capricho, para obter o suspiro incontrolável de uma garota carente, viciada em elogios doces e pensamentos bem encaixados.
Carinha com um tremendo prestígio no meio, idealista, que milita em causas justas. Que se educou no exterior. Cuja produção é sempre bem recebida, premiada, elogiada, invejada. E que fala da alma da mulher, consegue penetrar no desconhecido, seduzir e encantar.
Ela saiu com ele duas vezes. Descobriu, como ela descreveu, que era meio "afeminado", termo incorreto que só utilizamos quando o grau de álcool no sangue beira o nível de ser repreendido numa blitz da Lei Seca. O que foi uma surpresa, já que o currículo do carinha era digno de matéria de capa da revista Vogue. Aliás, ilustrada por algumas de suas conquistas.
Apesar de não corresponder aos elementos da paixão, nem de estar tanto a fim, acabou vencida pela curiosidade. Foi a um motel com o músico-poeta, quando, não mais que de repente, o sangue dele parou de fluir nos dutos do desejo, impedindo a vascularização das veias dorsais e da artéria profunda do seu membro.
O prepúcio não se deslocava, nem a glande se expunha, levando pânico ao córtex cerebral dele, induzindo a uma infeliz, incontestável e categórica broxada!
Dilema da minha amiga. Mesmo não querendo, refletiu diante do fracasso, terei que sair com ele outra vez, não poderei deixar uma mácula no seu inconsciente, sua produção artística será afetada, decairá, seu talento passará a ser questionado, o mercado o considerará o artista promissor que, de repente, do nada, perdeu o eixo.
Ela saiu com ele de novo. Quase por obrigação. Foram ao mesmo motel. Escolheram o mesmo quarto e, no mesmo ambiente, repetiram a coreografia da cobiça. Dessa vez, o chamado corpo cavernoso, ou esponjoso, foi preenchido devidamente pelo pulsar e sangue do macho. Rolou. Ele cumpriu o seu papel. Ela, idem, e disse um penoso adeus, convicta de que a arte não imita a vida.
Neste momento, elas pararam de falar e me olharam indignadas com o meu "não acredito!" Pediram explicações diante da minha exclamação. Queriam minha opinião a respeito do que acabara de ouvir.
Eu disse, sem pestanejar: "Como vocês racionalizam o sexo! Sempre têm explicações, motivos extras. Não é tesão que comanda? Não basta se sentir atraída, ir lá e, como vocês dizem, dar?"
Se seguiu aquele blablablá sonolento das diferenças de gênero, que uma mulher tem que ceder, um homem, apenas penetrar, que uma mulher tem que se abrir, um homem, introduzir, e por aí foi, o mesmo de sempre, apesar de vivermos numa nova era, de a emancipação comandar grandes transformações.
As revoluções não mudaram as explícitas diferenças entre querer e poder. Aliás, qual homem já não escutou "quero, mas não posso", e, em seguida, a promessa de quem sabe numa outra ocasião?
Quantos questionamentos, indecisões, cálculos. O amanhã é muito mais importante para as mulheres do que para nós, machos ligados no aqui e já. Ainda bem que existe a diferença. Se não, esta aliança não teria tanta graça.
Narrei a conversa para uma campineira esclarecida, estudante de filosofia da Unicamp, lésbica, conhecedora do gênero; já foi casada com outra garota.
"Ah, mulher é tão maternal...", justificou. E contou que estava numa festinha de universitários esclarecidos de Barão Geraldo, louca para fumar um baseado. Descobriu que um carinha tinha. Foram até o carro dele, cometer o ato ilícito. No caminho, ela pensava, "terei que dar". Seria uma troca de gentilezas. E foi o que aconteceu. Mulheres...



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Palmeiras, 97 anos de história

Em homenagem aos 97 anos da Sociedade Esportiva Palmeiras, vídeo com os gols que andam faltando nos dias de hoje.
Vai Palmeiras!!!



TOP 10 dos gols do Palmeiras
















Os 10 gols mais bonitos do Palmeiras por 10 craques em div