Ingressos disparam nos últimos dez anos no Brasil e novas arenas têm preços 119% maiores do que os estádios antigos, afastando os torcedores tradicionais
“Tô sentindo isso na pele. Tenho um filho de 14 anos, flamenguista também, e ainda não consegui levar ele no Maracanã devido a essa sem-vergonhice que eles fizeram”, diz Reinaldo Reis, morador da comunidade da Estradinha e presidente da Associação de Moradores do Morro dos Tabajaras, na zona sul carioca.
Reinaldo, 39 anos, é um flamenguista fanático. Um papo breve com ele já basta para ouvir aqueles “causos” típicos do torcedor de estádio. Mas não de qualquer estádio; Reinaldo também tem uma relação umbilical com o Maracanã, sede carioca da Copa 2014. Frequentador desde os seis anos de idade, quando acompanhava um vizinho nos jogos do Fluminense, Reinaldo comemorou quando, aos 11 anos, ganhou permissão para ir ao Maraca sozinho. “Foi uma alegria muito grande quando a minha mãe me deu essa liberdade de ir ver o Flamengo. Eu já era flamenguista, mas só tinha ido no Maracanã ver o Fluminense. Eu gostava de ver o estádio. Mas ver o meu time lá foi muito legal”.
Desde então, Reinaldo se tornou, nas palavras de Nelson Rodrigues, um “Arquibaldo”: o torcedor de arquibancada. Supersticioso, sempre que pôde ficou na arquibancada superior do Maraca, entre a Raça Rubro-Negra e a Jovem Fla, torcidas organizadas do Flamengo. O jogo mais marcante? “Com certeza foi aquele Flamengo e Botafogo de 1992, quando caiu a arquibancada. Se eu tô aqui podendo falar com você foi porque eu cheguei um pouco atrasado naquele dia e por sorte não tava no meio da galera que caiu”, relembra. O jogo foi em 19 de julho de 1992, decisão do Campeonato Brasileiro entre Fla e Bota. Na ocasião, parte da grade de proteção da arquibancada superior cedeu e alguns torcedores caíram no anel de baixo. “Que sorte que eu não tava, meu irmão”, diz.
Desde que o seu filho mais velho nasceu, Reinaldo assumiu um compromisso: ir com o menino a todos os jogos do Flamengo no Maracanã. “Pô, meu primeiro filho, filho homem. A primeira coisa que eu quis foi levar ele pra torcer comigo. E eu tava levando ele em todos os jogos, todos mesmo, mas depois dessa reforma pra Copa não tem a menor condição”, afirma. “Antes de fechar para a reforma, já tava difícil. O ingresso mais barato a 40 reais já não era tão acessível. Mas agora, com esse absurdo que tá o preço dos jogos, não tem como. Se eu for pagar, por mais barato que seja, vai ser 80 reais o jogo. Para tomar um refrigerante, comer um cachorro-quente, tudo mais, eu tenho que levar no mínimo R$ 150. Qual trabalhador tem esse dinheiro sobrando pra gastar em ingresso?”, questiona.
O processo relatado por Reinaldo já é conhecido pelos torcedores e ganhou até nome: a elitização dos estádios. Saem os torcedores das camadas populares, entram os torcedores da elite (ou seriam consumidores?). “Está em curso um processo de transformação do estádio num local mais de consumo voltada para um torcedor mais endinheirado”, denuncia o antropólogo Antonio Oswaldo Cruz, da UFRJ. Para ele o marco inicial desse processo foi em 1999, quando ocorreu a reforma do próprio Maracanã para o Mundial de Clubes da Fifa, em 2000. Na ocasião, o estádio teve sua capacidade reduzida com a instalação de cadeiras no anel superior. O antropólogo também cita como exemplo da elitização, a construção da Arena da Baixada, em Curitiba. “Para este estádio foi feita uma pesquisa na Europa de plantas de estádio, concepções de estádio. Ele é voltado para um público mais consumidor de outras coisas do que futebol. Na época, um diretor do Atlético Paranaense dizia que ele não queria mais aquele público que bebia, ficava bêbado e depois ia ver o jogo dentro do estádio, ele queria um público mais espectador.”
Christopher Gaffney, geógrafo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro da Associação Nacional de Torcedores (ANT), acredita que esse novo modelo faz com que os estádios deixem de ser espaços públicos de convivência e confraternização. Segundo Gaffney, as mudanças arquitetônicas também modificam o comportamento do torcedor, que passa a ser visto como um consumidor. “É uma domesticação da experiência pública. Você se sente mais em casa, mais relax, você senta na cadeira com encosto, com um drink na mão e assiste o jogo com uma atitude mais passiva. O torcedor apaixonado que usa ou usava o estádio como lugar de solidariedade social, que deixava as frustrações da semana lá no estádio, xingando o árbitro, ele não vai ter mais essa escolha, porque não vai poder pagar.”
A Copa do Mundo é, sem dúvida, um significativo novo degrau desse processo. O próprio Ministério do Esporte se assustou com os preços praticados nas novas arenas reformadas para o mundial. “O Ministério do Esporte reconhece que há uma elitização dos estádios nesse momento, mas o processo é muito recente”, afirma o secretário nacional de Futebol, Toninho Nascimento. “Estamos estudando formas para intervir nesse processo, mas é um pouco complicado porque grande parte das novas arenas são privadas. E nós não podemos fazer subsídio de ingresso”, diz.
O secretário nacional de Futebol chega a se comportar como torcedor ao comentar o assunto: “Se eu e a minha família formos ao Maracanã nós gastamos R$ 400, um absurdo. Isso não é preço para jogo de futebol. E, com isso, é claro que as classes sociais menos favorecidas vão acabar se afastando. Mas é ridículo você pensar que o futebol, que é um esporte popular, construído pelas classes populares, esteja afastando a população mais pobre. Os clubes deveriam escolher e ter outras formas de renda nos estádios que não fosse a bilheteria: ganhar dinheiro no restaurante, nas lojas, no estacionamento”, diz.
O processo de elitização em decorrência da Copa do Mundo no Brasil teve sua demonstração mais cabal no último dia 11 de julho, na entrevista de João Borba , presidente do Consórcio Maracanã S.A., vencedor da concessão do estádio à iniciativa privada, ao repórter Claudio Nogueira, do jornal O Globo. “Temos de trabalhar com os clubes nesta mudança de hábitos. Bandeirões gigantes, mastros de bambu, torcedores sem camisa, assistir aos jogos em pé… Fui no último fim de semana às finais do tênis em Wimbledon, e no convite, estava escrito que não é recomendável ir com uma determinada roupa… Quando um inglês lê ‘não recomendável’, entende que não deve usar aquele tipo de roupa.”
Preço do ingresso aumenta 300% e público menor que nos Estados Unidos
Entre 2003 e 2013, o Brasil testemunhou uma alta desenfreada do preço dos ingressos. Nestes 10 anos, o valor médio dos tíquetes subiu 300%. Bem acima da inflação no período, que foi de 73%, segundo o IPCA-IBGE. O salário mínimo neste mesmo período subiu 183% e a renda média do trabalhador, 37%. Os dados são da Pluri Consultoria.
“Muita gente viu os estádios cheios em jogos muito específicos, como na Copa das Confederações, e achou que o torcedor teria disposição para pagar um valor alto por esse em ambiente. Mas a realidade do dia a dia do futebol rapidamente tratou de sinalizar que o consumidor não vai pagar ”, diz o economista Fernando Ferreira, presidente da Pluri.
Em 2003, o ingresso custava em média R$ 9,50. Em 2013 essa média saltou para R$ 38. A consultoria também publicou, em julho, um estudo em que o Brasil aparece como o 18º colocado em média de público em um ranking dos 20 maiores. Com 12.983 torcedores de média de público no ano passado, o Campeonato Brasileiro perde nesse quesito para ligas como a Major League Soccer, dos EUA, o Campeonato Chinês e até mesmo a Segunda Divisão da Inglaterra.
Outro estudo da mesma consultoria constata que o Brasil tem um dos ingressos mais caros do mundo se comparado aos preços praticados em outros países. Um levantamento feito pela Pluri em 16 países (Brasil, Espanha, Itália, Turquia, México, Reino Unido, Portugal, Argentina, Chile, Costa Rica, França, Estados Unidos, Uruguai, Alemanha, Holanda e Japão) concluiu que o Brasil cobra o ingresso mais caro entre os países analisados. Para chegar a essa conclusão, a consultoria dividiu a renda per capita anual média pelo valor médio do ingresso mais barato em cada país. Dessa conta, sai um número de ingressos mais baratos possível de ser comprado por ano em cada país. No Brasil, segundo o estudo, é possível comprar 645 ingressos com a renda per capita média anual. O número está bem abaixo da média geral dos 16 países. Nela, constata-se que é possível comprar 1.308 ingressos com a renda per capita anual média dos 16 países analisados, 103% a mais de ingressos do que no Brasil, último colocado no ranking.
Segundo o levantamento feito com dados oficiais da CBF pelo geógrafo Christopher Gaffney, da UFF, há um crescimento da renda nos jogos Brasileirão associado a uma queda constante de público. De acordo com o levantamento, o público total do Campeonato Brasileiro passou de cerca de 6,5 milhões, em 2007, para 4,9 milhões, em 2012: uma queda de 15,2%. A média de público também caiu: em 2007, ela era de 17.461 pessoas por jogo e, em 2012, não passou de 12.970. A queda foi de 15,8%. A renda, no entanto, teve uma alta considerável: passou de cerca de R$ 80 milhões em 2007 para R$ 119 milhões em 2012, alta de 49%. “A média de público do Brasileirão está baixa, mas, ao mesmo tempo, os times estão ganhando mais do que nunca. É um claro processo de elitização que está acontecendo nos últimos anos.”, afirma o geógrafo.
Outro estudo divulgado pela consultoria BDO, que analisou as novas arenas reformadas para a Copa das Confederações deste ano, constatou uma grande diferença entre o preço médio dos ingressos nas novas arenas e nos estádios antigos. O preço médio dos ingressos nas seis arenas da Copa das Confederações foi de R$ 55,42 nas nove primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro da Série A deste ano, enquanto que, nas arenas antigas, o preço foi de R$ 25,20. Ou seja, nas novas arenas os ingressos custaram, nas primeiras rodadas do Brasileirão deste ano, 119% a mais.
Para o consultor da gestão esportiva da BDO, Pedro Daniel, isso se explica por um novo conceito de ir ao estádio. “A ideia de pagar mais é por todo o serviço agregado. Nas novas arenas, o torcedor tem mais conforto, tem a questão da alimentação, o banheiro que ele pode utilizar. Todo esse pacote de serviços. Isso ainda na teoria, mas na prática a gente não vê ainda essa diferença tão grande. O que causa mais impacto, ainda é a curiosidade pelas novas arenas”, explica. “A tendência é de que os ingressos fiquem mais caros, os desse campeonato certamente vão ser os mais caros da história”. Pedro, porém, justifica o aumento dos ingressos: “Por uma visão estritamente econômica, [falar em aumento] faz sentido. Mas se compararmos os produtos, não. Hoje, o campeonato brasileiro não é mais o mesmo produto. Hoje temos o Alexandre Pato jogando no Corinthians, o Seedorf no Botafogo, o Forlán no Internacional, temos as novas arenas. É um novo produto. É natural que haja esse aumento”, argumenta.
Pensando no caso específico do Maracanã, o pesquisador Erick Omena, doutorando da Oxford Brookes University fez um cálculo de quanto o valor do ingresso passou a pesar na renda do torcedor. Ele pesquisou os preços desde a década de 1950 até o fechamento para a reforma da Copa, e acompanhou a evolução da relação entre o valor dos tíquetes mais baratos em comparação com o salário mínimo vigente. Em julho de 1950, o ingresso mais barato do Maraca representava cerca de 2% do salário mínimo. Sessenta anos depois, em agosto de 2010, o ingresso mais barato representava 6% do salário mínimo vigente. Nos preços de hoje, o ingresso mais barato do Maracanã chega a cerca de 12% do salário mínimo vigente. O levantamento de Omena foi publicado originalmente pelo jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN.
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Corinthians e Fluminense jogaram no Rio no dia 14. Público foi de 13 mil pessoas - Foto Reprodução
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Os motivos dos clubes para elitizar os estádios
Para o antropólogo Antonio Oswaldo Cruz, da UFRJ, a elitização dos estádios se dá principalmente pela hiper-dependência dos clubes brasileiros em relação à transmissão. “A televisão exige que o futebol seja entregue para ela num pacote. O futebol tem que seguir uma série de regras para ser transformado em produto televisivo. Nesse sentido, o torcedor mais militante é uma ameaça ao espetáculo televisivo no futebol. A partir da década de 80 e 90 na Inglaterra, a aliança da TV paga com o futebol se aprofundou muito. E esse modelo foi exportado para o resto do mundo, com as finanças do futebol sendo basicamente atreladas aos contratos televisivos”, afirma o antropólogo. “E nunca é de mais lembrar que quanto mais gente fora do estádio, maior a audiência da TV”. Segundo relatório produzido pela auditoria Mazars, as cotas de TV representam cerca de 37,3% das receitas de 14 clubes da Série A do futebol brasileiro. O segundo posto ficou com o marketing, com 17,1%, e o terceiro, com a venda de jogadores (14,7%).
A venda de ingressos representa apenas 6,8% da arrecadação. Segundo Gaffney, é por isso que os clubes não valorizam a presença do torcedor nos estádios, encarando-os apenas como consumidores. “No passado, o torcedor ficava lá fora, vestia a camisa, comia churrasquinho, tomava cerveja com os amigos e batia um papo antes de entrar no estádio. Agora, o entorno do estádio é um mundo asséptico, não tem ninguém vendendo nada, não tem água, não tem sombra, então você é forçado entrar para consumir”, explica. A venda de produtos dentro do estádio poderia ser uma nova fonte de renda para os times. “Eles querem tornar os estádios uma espécie de shopping, onde o ingresso é o filtro principal para entrar em uma zona de consumo. O time vai lucrar com uma porcentagem dessas compras a mais em lojas, bares dentro do estádio, etc”.
Diferentemente de Gaffney, o economista Fernando Ferreira, não acredita que a elitização dos estádios seja feita para excluir a parcela mais pobre da população “Eu acho que esse aumento de preços foi fruto de um erro de avaliação. A gente viveu um momento recente de euforia no Brasil e as pessoas começaram a achar que havia público disposto a pagar muito mais pelo futebol. Mas não havia! Eles queriam cobrar o mais caro possível para ganhar mais.”
Ambos concordam, porém, que os clubes e os novos administradores possuem um único objetivo: o lucro. E até por isso, Ferreira acredita que os preços devem baixar. “Esses gestores já tiveram um choque de realidade e perceberam que com o preço lá em cima, os estádios ficam vazios. Não há dúvida de que o valor do ingresso vai cair porque os novos administradores dos estádios são agentes racionais, diferente dos clubes, que continuavam aumentando o preço mesmo com estádios vazios.”
De acordo com ele, os estádios cheios também são benéficos para os clubes, pois potencializam receitas de outras fontes. “Quando você enche o estádio e o povo tá lá, tem festa, o patrocinador acha ótimo, a TV acha ótimo, os parceiros comerciais do clube acham ótimo. O clube ganha de outras receitas também, porque quando vai negociar com o patrocinador ele vai falar ‘Ah, eu quero negociar com você porque nos jogos o estádio tá sempre cheio’”.
Aristocratas no estádio: um protesto bem humorado no Maracanã
Quem foi acompanhar o clássico entre Flamengo e Botafogo, no último dia 28 de julho, deu de cara com um protesto bem humorado nos arredores do estádio. Cerca de 30 torcedores das duas equipes estavam “fantasiados”: os homens usam ternos, sapatos sociais e gravatas; as mulheres, vestidos longos e chapéus. Eram os manifestantes da Aristocracia Flamenga e da Aristocracia Alvinegra, grupos de manifestantes que ironizavam a elitização do Maracanã. O ingresso mais barato para aquele jogo? Nada menos do que R$ 100.
“O anúncio do valor do ingresso foi mais ou menos o estopim para que a gente criasse esse protesto bem humorado”, afirma um dos organizadores da Aristocracia Alvinegra, Pedro Ivo Mendes. “Frequentando o Maracanã é possível ver que tem um projeto de mudança de público no estádio. Então quisemos ironizar isso”, diz. O protesto culminou com um “chá das cinco” feito pelas duas aristocracias.
No evento, os manifestantes levaram cartazes ironizando o preço dos ingressos e os comportamentos exigidos no Maracanã. Um dos letreiros pedia: “Silêncio, jogadores em campo”. O geógrafo Felipe Silva, participante do movimento, explica os sinais que vê desse novo comportamento. “O ato de você ficar em pé, cantando, com tambor e tudo, só é permitido em algumas áreas. Se for no lugar errado, vem alguém te reprimir. O problema é que eu não vi uma grande diferença nos serviços oferecidos dentro do estádio, tirando os banheiros”.
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Protesto contra o alto preço dos ingressos - Foto: Reprodução |
Das novas arenas, o Castelão vem sendo a maior decepção de público. A média de público nos 25 jogos realizados no estádio é de 10.916 pessoas por jogo, uma taxa de ocupação do estádio de 16,5%, pois o estádio tem capacidade de 66 mil lugares. Para Francisco Wellington da Silva, diretor da Cearamor, principal organizada do Ceará, que vem mandando seus jogos no Castelão, o principal problema são os preços praticados no estádio. “Desde que eu era criança e frequentava estádio, o futebol era uma coisa assim mais povão. Com a reforma, você não vê mais aquele torcedor mesmo, de verdade no campo”, afirma. “Tá tudo muito caro, preço do ingresso, bebida e comida lá dentro, fora que você não pode nem beber lá dentro… Futebol tá ficando chato”, conclui.
O que dizem os consórcios das novas arenas?
Os consórcios de empresas que administram os estádios afirmam que são os times que definem o preço do ingressos. Segundo os especialistas ouvidos pela Pública, manter o preço no alto seria uma estratégia dos clubes para forçar os torcedores a aderir aos programas de sócio-torcedor. “Isso funciona apenas para uma parcela de torcedores, e costuma estar diretamente atrelado ao momento do time. Ou seja, quando a fase é boa, o estádio enche, quando é ruim, volta a ficar vazio. Ingressos proibitivos não permitem que o torcedor crie vínculos com o time e desenvolva, com o tempo o desejo de se tornar sócio não apenas pela vantagem financeira, mas também pela experiência de ir ao jogo”, analisa Fernando Ferreira.
Segundo o grupo Arena Castelão Operadora de Estádio S/A, gestor do Castelão, em Fortaleza (CE), o ingresso normalmente custa R$ 30.
Já o Minas Arena, que administra o Mineirão, afirma que R$ 70 é o preço médio do setor mais barato em partidas do Cruzeiro, que tem contrato assinado para mandar seus jogos no estádio.
O consórcio responsável pelo estádio de Belo Horizonte nega a redução de torcedores nos estádios. “A média de público do Cruzeiro este ano está em torno de 20 mil torcedores, maior do que a registrada em anos anteriores, inclusive no Mineirão, antes da reforma”, informou, em nota.
A reportagem entrou em contato com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A, gestor do estádio carioca, mas não obteve resposta até o fechamento.