domingo, 31 de janeiro de 2010

O Top-10 dos escândalos Anti-Terroristas 2010










O ano novo é ainda jovem, mas revelações recentes iluminam com uma luz negra, para não dizer escandalosa, a luta dos EUA contra a Al-Quaeda. Por Juan Cole, Presidente do Instituto Americano para a Justiça Global.

O ano novo é ainda jovem, mas revelações recentes iluminam com uma luz negra, para não dizer escandalosa, a luta dos EUA contra a Al-Quaeda (uma pequena mas mortal fraternidade de dois mil fanáticos distribuídos por dúzias de países). Toda a premissa do combate à Al-Quaeda, pensada como sendo um exército inimigo, utilizando o Pentágono como agência líder, enquanto se militariza simultaneamente a CIA, tem que ser questionada.

O mesmo se deverá fazer a muitas outras premissas da chamada “guerra permanente” (“Long War”) da América contra sectores do mundo muçulmano, incluindo os ataques aéreos, as bases secretas e a tortura. Pior de tudo, têm surgido revelações embaraçosas sobre acções e políticas prejudiciais ou mesmo criminosas que só podem afectar um programa anti-terrorismo genuíno.

1- De acordo com o que Scott Horton escreveu na Harper’s, está a vir à tona a evidência de que o suposto suicídio em grupo dos três prisioneiros em Guantanamo, no Verão de 2006, foi na verdade um homicídio. Eles podem ter morrido de asfixia durante interrogatórios agressivos que envolviam o encher da garganta dos prisioneiros com trapos, cortando-lhes a respiração. Estas alegações explosivas podem colocar o presidente Obama ainda sob mais pressão para cumprir a sua promessa de encerramento da prisão.

2- Entre 2002 e 2008, o FBI invocou falsamente emergências terroristas 2000 vezes, para poder comprometer-se com escutas telefónicas ilegais a americanos, sem a necessidade de um mandato. A agência utilizou uma provisão prevista no “Patriot act” , a qual os funcionários da administração Bush garantiram no Congresso que nunca seria utilizada para casos internos correntes.

3- Com o Photoshop, o FBI manipulou a cara do parlamentar de esquerda espanhol Gaspar Llamazares combinando-a com as feições de Osama Bin Laden, de modo a produzir um suposto retrato do terrorista já envelhecido. A Espanha ficou enfurecida e todo o incidente evidenciou o amadorismo e a estupidez numa área, o anti-terrorismo, onde nada disto é desejável. Uma pista para o FBI: Osama Bin Laden não publicou uma mensagem-vídeo desde Outubro de 2004. Podemos concluir que ou se encontra bastante desfigurado por um ataque que quase teve sucesso ou que está morto. De qualquer maneira, não se pode projectar a sua aparência futura com Photoshop de forma útil.

4- George W. Bush argumenta que cometeu um erro ao referir-se à sua “guerra contra o terrorismo” como uma “cruzada”. Porém soube-se que a companhia de Michigan que produz as miras para as espingardas do exército dos EUA inscreve nelas versos da Bíblia. A tomada da Academia da Força Aérea dos EUA por fundamentalistas cristãos já é preocupante, mas um Complexo Militar Evangélico é verdadeiramente assustador.

5- O governo do Iraque, que ascendeu ao poder sob os auspícios de George W. Bush, liderou uma acusação colectiva contra a corporação de mercenários Xe (então conhecida como Blackwater), por ferimentos infligidos aos seus homens de segurança. A Xe, liderada por fundamentalistas militantes cristãos, é um contratante primeiro do Pentágono, replicando o trabalho dos soldados mas cobrando doze vezes mais por ele.

Os iraquianos ficaram enfurecidos quando uma acusação do governo contra os mercenários de Blackwater, pelo tiroteio na Praça de Nisour, em Bagdade, que provocou o assassinato de mais de uma dúzia de civis, colapsou devido à alegação de má fé na acusação. Baseado nesta boa recomendação, o exército americano levou mercenários da Xe para o Paquistão, estando estes alegadamente envolvidos em ataques aéreos nesse pais.

6- Pior, o Pentágono encara a possibilidade de trazer milhares de seguranças da Blackwater para o Afeganistão. A deputada Jan Schakowski (D – I11.) está a introduzir uma lei para banir o uso de tais firmas mercenárias.

7- O jornal alemão Der Spiegel revelou ainda outra conspiração da CIA para raptar um cidadão de um país aliado por suspeitas de envolvimento em terrorismo (uma suspeita que anos de investigação das autoridades alemãs não conseguiram sustentar). Os Aliados não aceitam bem este tipo de coisas. Um juiz italiano, recentemente, condenou in absentia 23 operacionais da CIA por realizarem um rapto em Itália.

8- Foi revelado que o ex-ministro dos negócios estrangeiros britânico Jack Straw escreveu uma carta ao primeiro-ministro Tony Blair, em 2002, alertando-o de que uma guerra no Iraque seria ilegal, que muitos deputados trabalhistas se iriam opor, que Saddam não tinha ligação ao 11 de Setembro, nem à Al-Quaeda, que o Iraque muito provavelmente não teria quaisquer armas de destruição maciça com importância e que não havia garantia de que a condição dos iraquianos melhoraria em relação a 2002, no decorrer de uma tal guerra.

Esta carta mostra que Blair empenhou-se na guerra em Crawford, em Abril de 2002, ainda que mais tarde tenha afirmado repetidamente perante os seus colegas deputados que nenhuma decisão tinha sido tomada. A carta justifica o memorando de Downing Street de alguns meses mais tarde, no qual o líder dos Serviços de Informação britânicos se queixa que a decisão de ir à guerra já fora tomada e que os serviços estavam a ser determinados por decisões políticas.

Isto mostra também que o mantra da administração de Bush, que diz que todos os aliados dos EUA fizeram a mesma avaliação errada de Bush-Cheney, é simplesmente incorrecto. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânicos já o sabia.

9- A administração Obama foi forçada por uma petição da União Americana pelas Liberdades Civis a fornecer os nomes dos prisioneiros detidos na Base aérea de Bagram, no Afeganistão. A administração Obama insiste que estes indivíduos não têm quaisquer direitos humanos, ainda que esteja previsto que alguns sejam julgados em tribunais militares. É difícil perceber porque é que Guatanamo é considerado mau e Bagram bom. Há alegações de tortura de reclusos, incluindo adolescentes. As instalações e os seus prisioneiros estão para ser entregues pelos EUA ao governo afegão ainda no final deste ano.

10- A reacção inicial da administração Obama ao bombista do voo Detroit foi desprevenida e incluiu proibir as crianças de carregarem os seus ursos de peluche no colo durante a última hora de voo, tal como novos ataques aéreos no Iémen e um envolvimento maior, sob o pressuposto de existirem 300 membros da Al-Quaeda nesse país rochoso, inacessível e organizado por tribos. A Al-Quaeda preparou armadilhas para os EUA caírem enquanto perseguem o seu pequeno e ágil inimigo e os EUA continuam a cair nelas.

A perspectiva da presença de tropas dos EUA no Iémen fez com que o seu Conselho de Clérigos ameaçasse com a evocação da Jihad ou o clamar pela “Guerra Santa” contra os EUA se qualquer tentativa de ocupação do país fosse feita. Os EUA tentaram refrear estas preocupações com a declaração firme de que não enviariam tropas, mas não antes de os iemenitas já estarem fartos da situação e do anti-americanismo ter aumentado.


Juan Cole







quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Produção científica do Brasil ultrapassa a da Rússia, indica levantamento



BBC-Brasil

A produção científica brasileira ultrapassou a da Rússia, antiga potência na área, caminha para superar também a da Índia e se consolidar como a 2ª maior entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo levantamento feito pela Thomson Reuters.

O levantamento acompanhou a produção científica nos quatro países com base na análise das 10.500 principais revistas científicas do mundo.

Segundo a pesquisa, a produção brasileira avançou de 3.665 para 30.021 artigos científicos publicados entre 1990 e 2008. No mesmo período, a produção russa manteve-se estável – o número de 1990, de 27.603 artigos, é praticamente o mesmo que o de 2008 – 27.605 artigos.

A produção científica da Índia, que em 1990 contabilizava 13.984 artigos publicados, chegou a 38.366 artigos em 2008.

Se o índice de aumento da produção científica dos países se mantiver, o Brasil deverá ultrapassar a Índia nos próximos anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica chinesa, que em 1990 ainda estava atrás da russa e da indiana, com 8.581 artigos, chegou a 2008 com 112.318 artigos, numa expansão que, se mantida, verá a China ultrapassar os Estados Unidos e se tornar líder mundial em produção científica até 2020.

Dados revisados

Segundo Jonathan Adams, diretor de avaliação de pesquisas da Thomson Reuters, os dados dos levantamentos foram revisados após 2007, para evitar que a base de revistas científicas analisadas refletisse um viés pró-países desenvolvidos.

“A revisão dos dados levou a uma considerável elevação do número de artigos científicos de China, Brasil e Índia. Porém essas elevações refletiram tendências já evidentes nos dados, em vez de mudar a trajetória geral”, explicou Adams à BBC Brasil.

Segundo ele, os dados dos últimos anos já indicavam que a produção brasileira superaria a russa, o que ficou expresso nos números de 2008, mas ele observa que, se a base de análise já tivesse sido revista antes, isso já teria acontecido há vários anos.

De acordo com os últimos dados compilados, de 2008, a produção científica brasileira naquele ano representou 2,6% do total de 1.136.676 artigos publicados em todas as 10.500 revistas analisadas. Em 1990, o Brasil tinha apenas 0,6% da produção mundial.

A produção científica americana - 332.916 artigos em 2008 - ainda representa 29% de todos os artigos publicados no mundo, enquanto a chinesa é de 9,9%. Em 1990, porém, os Estados Unidos tinham 38% de toda a produção científica mundial, enquanto a China respondia por apenas 1,4% do total.

No mesmo período, a produção russa, que já foi considerada uma das mais avançadas do mundo, passou de 4,7% do total em 1990 para apenas 2,4% em 2008.

A produção indiana, por sua vez, teve sua participação no total mundial elevada de 2,3% para 3,4% no período, numa elevação proporcionalmente menor que as da China e do Brasil.

Gastos

Em sua análise da produção científica do Brasil, a Thomson Reuters observa que os gastos com pesquisa e desenvolvimento no Brasil chegaram em 2007 a quase 1% do PIB, proporção inferior aos cerca de 2% gastos nos Estados Unidos e na média dos países de desenvolvidos, mas ainda bem acima de outros países latino-americanos.

Segundo o levantamento, o Brasil tem 0,92 pesquisador para cada mil trabalhadores – bem abaixo da média de 6 a 8 pesquisadores por mil trabalhadores dos países do G7, o grupo das nações mais industrializadas do planeta.

Apesar disso, o documento afirma que a proporção brasileira é semelhante à de outros países em desenvolvimento, como a própria China, e que a base de pesquisadores vem crescendo.

Segundo a Thomson Reuters, o Brasil formou cerca de 10 mil novos pesquisadores doutores no último ano analisado, num crescimento de dez vezes em 20 anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica do país é mais forte em áreas como pesquisas agrícolas e ciências naturais



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PM de Serra detém alagados e polícia civil prende sem terras



Qualquer semelhança não é mera coincidência

Estão prendendo pessoas a torto e a direito, invadindo sindicatos, universidades, aterrorizando movimentos sociais, reprimindo qualquer tipo de protesto e reivindicação, censurando a imprensa, propagando histeria anti-comunista... O que mais falta para submergirmos numa ditadura? Segundo Rodrigo Azenha, só falta a Marcha, só resta saber qual, das donas de casa histéricas, ou dos camisas negras...


Brasília Confidencial


Duas pessoas foram detidas na manhã desta terça-feira durante protestos realizados no Parque Paulistano contra os alagamentos que ainda atingem ao menos cinco bairros da zona leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, os detidos tentavam colocar fogo em móveis. Eles foram ouvidos pela polícia e liberados em seguida.

Segundo a Polícia Militar, os protestos começaram por volta das 7h, quando cerca de 30 moradores colocaram fogo em entulhos para bloquear uma rua. Os bombeiros foram acionados e liberaram a via ainda no período da manhã.

Os moradores da zona leste têm sofrido com sucessivos alagamentos desde o dia 8 de dezembro. Alguns bairros ficaram 14 dias debaixo d’água.

Também na manhã de ontem, a Polícia Civll de São Paulo cercou o acampamento do MST na região de Iaras e prendeu nove militantes acusados pela Justiça de invadir uma fazenda da Cutrale, em 26 de outubro do ano passado, e destruir 7.000 laranjeiras. Outros dez sem terra conseguiram fugir ao cerco formado por 150 policiais, em 42 viaturas, para cumprir 19 mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelo juiz Mário Ramos dos Santos, de Lençóis Paulistas, que listou os crimes de formação de bando ou quadrilha, invasão de terra, furtos e danos materiais.

Entre os presos estão a vereadora petista Rosimeire Serpa, conhecida como Rose e que é assentada no município, o marido dela, Miguel, e.o ex-prefeito de Iaras, Edílson Granjeiro Xavier (PT).

A direção do MST em São Paulo divulgou nota pedindo “solidariedade a todos os lutadores e lutadoras do povo brasileiro comprometidos com a transformação do país numa sociedade mais justa e democrática”.

A polícia informou ter apreendido dois revólveres, uma espingarda e quantidade não divulgada de agrotóxicos e fertilizantes. Já a nota do MST afirma que, além de cercarem casas e barracos, prenderem pessoas e promoverem o terror, os policiais apreenderam pertences pessoais de muitos militantes, exigindo notas fiscais e outros documentos. O objetivo policial, segundo o integrante da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), Bruno de Oliveira Pregnolatto, que assessora as famílias, é forjar provas de roubo. Delwek Matheusw, integrante do MST, explicou que, dessa forma, a polícia pretende relacionar as atividades dos militantes com ações criminosas.

Os militantes presos ontem foram levados para a delegacia seccional de Bauru e devem ser encaminhados a presídios da região. Os oito homens podem ser levados para casas prisionais diferentes, enquanto a vereadora Rose será conduzida provavelmente ao presídio feminino de Avaí. Os advogados do MST reclamam da dificuldade em obter informações e afirmam que a polícia não está assegurando plenamente o direito constitucional de acesso irrestrito das partes aos autos.

Um dos coordenadores nacionais do MST, Gilmar Mauro, atribuiu as prisões a um “jogo de show agora nas vésperas das eleições” e qualificou-as como desnecessárias.

“Todos são réus primários e nenhum deles se negou a responder o inquérito.”

Mauro também criticou a atuação do Judiciário.

“A Justiça brasileira é ágil na hora de decretar prisão contra nós, mas quando se trata de julgar terras públicas devolutas a Justiça senta em cima dos processos”.

O diretório paulista do PT divulgou nota em que reclama respeito ao direito dos sem terra presos “à ampla defesa e ao acompanhamento jurídico”.

Hoje, João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, participa de um ato público contra a criminalização dos movimentos sociais no país, durante a programação do Fórum Social Mundial, no RS.




terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Após protestos moradores são perseguidos e ameaçados pela Polícia Militar e pela Polícia Civil





É o Governo de São Paulo trabalhando por você: branco, burguês, racista, elitista e viúva da Ditadura. Agora, se você for pobre, é pau e bala mesmo, e nem pense em reclamar...





Eis aí, mais uma vez, o preço da ousadia. Cansados do descaso e da truculência do “poder público”, centenas de famílias do Jd. Lucélia, Vila Nascente e Vila Nova Grajaú se manifestaram em busca de uma solução digna para a situação de calamidade que têm vivido, com suas casas inundadas em função de uma obra da Prefeitura mal-feita e mal-acabada.

Não bastassem as violentas pressões para despejos e remoções absurdas -sem qualquer alternativa digna -, que têm vitimado há meses milhares de famílias de toda a região; não bastasse a violência das águas - potencializada por obras de péssima qualidade e por possíveis ações deliberadas para afogar comunidades inteiras, conformando verdadeiro crime de lesa-humanidade; não bastasse o abandono – nenhum grupamento de Bombeiros, Defesa Civil, SAMU ou mesmo a polícia, atendeu às chamadas da população durante as enchentes; nos últimos dias, nestas três comunidades, depois das mobilizações da última semana, a única resposta obtida do chamado "poder público" foi o aumento da repressão: durante os atos da semana passada, como noticiamos amplamente, dezenas de policiais do Choque e da Tática reprimiram violentamente os moradores desesperados e indignados.

A partir de então, passados os momentos de maior desespero, ao invés da criação de alternativas concretas que amenizassem o sofrimento das famílias, várias viaturas da Polícia Militar têm ficado 24 horas por dia nas principais entradas dessas comunidades, adentrando periodicamente suas ruas e vielas, provocando terror na população.

Investigadores à paisana têm aparecido na comunidade, muitas vezes com câmeras e fotos à caça de bodes expiatórios – negros e pobres – para a total incompetência do estado. Como se isto não bastasse, moradores já foram espancados, e muitos têm sido regularmente ameaçados de forma brutal, pelos policiais, que buscam alguma espécie de “vingança”, a qual parece ter como busca principal as supostas “lideranças locais” que organizaram as mobilizações, mas se estende a todo o conjunto dos moradores que estejam “na hora errada no lugar errado” – na visão preconceituosa destes agentes. Os policiais têm invadido a esmo casas e barracos no bairro, fazendo ameaças das mais diversas: de prisões, de agressões e torturas, a ameaças mais graves.

Inúmeros moradores, que já tinham perdido praticamente tudo e hoje se encontram numa situação de extremo desespero e revolta, estão sendo provocados ou aterrorizados por estes “agentes estatais” – os quais por essa razão deverão ser devidamente responsabilizados se novas tragédias acontecerem por lá. Basta se fazer uma visita à comunidade, à luz do dia, para facilmente se notar a presença de 8 a 10 viaturas da polícia em cada uma das entradas da favela, e dos policiais circulando pelas ruas, becos e vielas, “esculachando” diversos moradores.

Em função disso, solicitamos a todas as instituições e a todos os militantes dos direitos humanos solidários à luta do povo da periferia, que pressionem o “poder público”, especialmente a própria polícia, por meio da Ouvidoria da Polícia Militar, para que as perseguições e retaliações sejam IMEDIATAMENTE SUSPENSAS, inclusive para solicitar que os policiais saiam das comunidades, que nesse momento necessitam de obras de drenagem, de atendimento habitacional, de amparo do corpo de bombeiros nos momentos de enchente, mas não da Polícia Militar, que busca impedir novas mobilizações populares.

Pedimos também aos advogados e defensores públicos que nos APÓIEM JURIDICAMENTE, caso se cumpram as ameaças de prisão ou outras até mais graves, partidas dos agentes policiais.


NOTA URGENTE DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA DE SÃO PAULO


Ofensiva fascista do complexo UDR-PIG-PM


CMI-Brasil


Repassem!!!


Na manhã desta terça-feira (26/01) recebemos, com extrema preocupação, a informação de que desde o final da tarde de ontem a polícia está fazendo cercos aos assentamentos e acampamentos da reforma agrária na região de Iaras-SP, portando mandados de "busca, apreensão e prisão", com o intuito de intimidar, reprimir e prender militantes do MST. Neste momento já estão confirmadas a detenção de 9 militantes assentados e acampados do MST, os quais se encontram na Delegacia de Bauru-SP. No entanto, há a possibilidade de mais prisões e outros tipos de repressão.

Os relatos vindos da região, bastante nervosos e apreensivos, apontam que os policiais além de cercarem casas e barracos, prenderem pessoas e promoverem o terror em algumas comunidades, também têm apreendido pertences pessoais de muitos militantes ; exigindo notas fiscais e outros documentos para forjar acusações de roubos e crimes afins. A situação é gravíssima, o cerco às casas continua neste momento (já durando quase um dia inteiro), e as informações que nos chegam é que ele se manterá por mais dias.

Nossos advogados estão tentando, com muita dificuldade, acompanhar a situação e obter informações sobre os processos, pois a polícia não tem assegurado plenamente o direito constitucional às partes da informação sobre os autos e, principalmente, sobre as prisões . No entanto, é urgente que outros apoiadores Políticos, Organizações de Direitos Humanos e Jornalistas comprometidos com a luta pela reforma agrária e com a luta do povo brasileiro divulguem amplamente e acompanhem mais de perto toda a urgente situação. A começar pelas pessoas que vivem na região de Iaras-SP, Bauru-SP e Promissão-SP.

Situações como esta apenas reforçam a urgência da criação de novos mecanismos de mediação prévia antes da concessão de liminares de reintegração de posse, e de mandados de prisão no meio rural brasileiro, conforme previsto no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) -, com o intuito de diminuir a violência contra trabalhadores rurais.

No caso específico e emergencial de Iaras-SP, tal repressão é o aprofundamento de todo um processo de criminalização e repressão que foi acelerado a partir da repercussão exagerada e dos desdobramentos políticos ocorridos na regional de Iaras-SP por ocasião da ocupação da Fazenda-Indústria Cutrale, em outubro de 2009. O MST reivindica há anos para a reforma agrária aquelas áreas do Complexo Monções, comprovadamente griladas da União por esta poderosa transnacional do agronegócio. Ao invés de se acelerar o processo de reforma agrária e a democratização do uso da terra, sabendo-se que naquela região do estado de São Paulo há milhares de famílias de trabalhadores rurais que precisam de um pedaço de chão para sobreviver e produzir alimentos, o que obtemos como "resposta" é ainda mais arbitrariedade, repressão e violência .

O MST-SP reforça o pedido de solidariedade a todos os lutadores e lutadoras do povo brasileiro comprometidos com a transformação do país numa sociedade mais justa e democrática, e de todos os cidadãos e cidadãs indignadas com a crescente criminalização da população pobre e de nossos movimentos sociais pelo país. Não podemos nos intimidar nem nos calar diante de tamanho absurdo!



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ONU denuncia a Gobierno israelí por no permitir entrada de material para reconstrucción de Gaza





El jefe de operaciones de la Agencia de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) para los Refugiados Palestinos (UNRWA), John Ging, denunció al gobierno de Israel, por no permitir la entrada de materiales de construcción, que serían utilizados para levantar el territorio Gaza destruido por la operación israelí Plomo Fundido.

Según Israel, las razones por las cuales ha impedido el paso de los materiales, es porque éstos podrían ser desviados hacia las milicias de Hamás.

Ging, desestimó los argumentos, recordando que los materiales (cemento y acero, entre otros) se necesitan para la construcción de hospitales y escuelas.

Recordó que el 80 por ciento de la población de la población depende de la ayuda alimentaria internacional para su supervivencia.

"La frustración y la desesperanza de 1,5 millones de palestinos que viven en Gaza va en aumento", agregó que "si me preguntan si la situación en Gaza es peor que hace seis meses, yo les respondo que sí, es peor", sostuvo.

Con el mismo argumento, el gobierno del primer ministro israelí, Benjamín Netanyahu, ha negado el acceso a Gaza a políticos y gobernantes de otros países.

Arguyendo que las visitas legitiman al movimiento islamista palestino Hamás, el gobierno judío aísla cada vez más a la población palestina.

En esta oportunidad, le fue negadada la visa al ministro belga de Desarrollo Internacional, Charles Michel, quien solicitó entrar en la franja para supervisar los proyectos de cooperación que su gobierno financia a través de la ONU y otros organismos internacionales.

El funcionario belga, en reunión con el viceministro israelí de Asuntos Exteriores, Dani Ayalón, aprovechó el encuentro para trasladar al Gobierno israelí su malestar por el rechazo de su petición y solicitar explicaciones. Además, reclamó el fin del bloqueo israelí a la Franja.

El primero que no recibió permiso para entra a Gaza fue el ministro de Asuntos Exteriores irlandés, Michael Martin, luego el ministro de Exteriores de Francia, Bernard Kouchner, y el de Turquía, Ahmet Davutoglu.

Antes del 31 de marzo del 2009, fecha en la que llega al poder Netanyahu, lograron entrar en Gaza, desde Israel, el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon; el jefe de Política Exterior de la UE, Javier Solana; el ministro de Exteriores de Noruega, Jonas Gahr Store; y el senador estadounidense John Kerry.



Justiça Alemã emite mandado contra ex-ditador argentino


8 - General Jorge Rafael Videla



A ordem de prisão do ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla foi emitida pela justiça alemã nesta segunda-feira.

Videla ocupou o cardo de presidente argentino entre 1976 e 1981, após um golpe de Estado que derrubou a presidente María Estela Martínez de Perón. O mandado internacional de captura foi emitida pela morte do estudante Rolf Stawowiok, em 1978.

A justiça alemã acredita poder provar que Stawowiok foi vítima de um assassinato, visto que as marcas encontradas indicam que foi fuzilado. A Promotoria de Nuremberg abriu, no final de 1990, uma investigação sobre a responsabilidade da junta militar argentina pelo assassinato ou sequestro de alemães.

Com 84 anos Videla já foi condenado na Argentina à prisão perpétua em 1985, obteve indulto em 1990, e foi novamente preso em 1998, sob a acusação de roubo sistémico de bebés na ditadura. O indulto de 1990 foi anulado pela Justiça em 2007.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Itália de volta a Idade Média



O que mais tem aqui em São Paulo é descendente de italiano metido a besta, daqueles que dizem ter "orgulho de ser italianos", na copa do mundo torcem pela Itália e não pelo Brasil, e se portam como europeus no meio da barbárie. Quero ver como esse povo explica o que vem ocorrendo com sua ilustre e culta "pátria mãe". É uma pena ver um país que já teve figuras como Antonio Gramsci, Palmiro Togliatti, Gillo Pontecorvo, Pier Paolo Pasolini, dentre tantos outros pensadores e artistas geniais, agora estar cega pelo câncer Berlusconi, uma doença que cada vez mais contagia todo o país. A Itália se encontra na vanguarda do atraso, e essa nova onda parece contagiar certos "carcamanos" das bandas de cá. Também sou descendente de italianos, mas passo bem longe dessa gente.


JUIZ ITALIANO É AFASTADO POR SE RECUSAR A FAZER AUDIÊNCIAS NA PRESENÇA DE CRUCIFIXOS

ROMA, 22 JAN - O juiz italiano Luigi Tosti, famoso em seu país por se recusar a realizar audiências em tribunais com crucifixos pendurados na parede, foi afastado hoje de suas funções pela seção disciplinar do Conselho Superior da Magistratura (CSM).
A decisão contra Tosti foi tomada com base na postura adotada por ele no período entre maio de 2005 e janeiro de 2006. Na época, ele manteve sua oposição à presença do símbolo católico nos tribunais e só dava prosseguimento às audiências se o objeto fosse removido.
A seção disciplinar do CSM considerou hoje que a postura de Tosti configura a recusa de cumprir atos ligados à atividade jurídica, o que justifica seu afastamento.
O juiz já havia sido absolvido anteriormente pela Justiça. Na ocasião, ele não foi condenado porque sua postura não comprometeu o andamento das audiências, já que foi substituído por outro magistrado sempre que se recusou a dar início aos trabalhos do tribunal.
No julgamento realizado hoje pelo CSM, Tosti se defendeu sozinho. Ele preferiu não recorrer a um advogado. Enquanto a audiência era realizada, manifestantes expressavam seu apoio ao réu do lado de fora do tribunal.
Esta não é a primeira vez que a presença de crucifixos em locais públicos gera polêmica no país europeu. Em novembro do ano passado, a Corte Europeia de Direitos Humanos condenou o Estado Italiano a pagar 5 mil euros de indenização à italiana de origem finlandesa Soile Lautsi.
Ela havia pedido à escola onde seus filhos estudavam que retirasse o crucifixo exposto na sala de aula. A direção da instituição de ensino, no entanto, se recusou a remover o símbolo da fé católica. Hoje, o subsecretário à presidência do Conselho de Ministros, Gianni Letta, confirmou que a Itália já está pronta para recorrer da decisão da instância internacional.








quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sudeste encabeça lista de resgatados em condições análogas a de escravos



As elites do eixo Rio-São Paulo se acostumaram a identificar o atraso brasileiro nas regiões Norte e Nordeste, agora vão ter que dormir com esta. Os coronéis do sudeste posam de modernosos, fazem compras na Daslu, são donos de redes de TV, mas no fundo são iguais a qualquer senhor de casa grande, e estão sempre prontos a levantar o chicote. Até jagunços possuem, basta ligar a Televisão vê-los.




Segundo dados do Ministério do Trabalho, foi na Região Sudeste onde mais se encontrou trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. O levantamento mostra que o número de resgates no Sudeste chegou à marca de 1.068 – 30% de todas as libertações realizadas em 2009 [3.628]. As informações foram divulgadas, nesta quarta-feira (20).

Pela primeira vez, desde a criação dos grupos móveis de fiscalização do ministério, em 1995, o Sudeste superou as outras Regiões do país. Nos anos anteriores ao do levantamento atual, os índices da Região sempre ficavam abaixo dos 10%, enquanto o trabalho escravo tradicionalmente era mais encontrado nas Regiões Norte e Nordeste.

Mas, no último ano, o Rio de Janeiro foi o estado em que mais aconteceram resgates: 521, seguido por Minas Gerais [410]. Os estados deixaram para trás Pará [326] e Mato Grosso [308], que costumam estar nas primeiras posições das estatísticas.

O coordenador do programa de combate ao trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Xavier Plassat, declarou que muitos dos trabalhadores resgatados estavam em lavouras de cana-de-açúcar. Para ele, o aumento do trabalho escravo no Sudeste também pode ser atribuído ao maior rigor nas ações de fiscalização da Região.

No município de Campos dos Goytacazes (RJ), em apenas uma operação, em junho do último ano, foram libertadas quase 300 pessoas, incluindo mulheres e adolescentes.


Escasso compromisso de Obama com os Direitos Humanos


Só mudou o MC, o microfone continua o mesmo




Preocupada com a falta de compromisso do presidente estadunidense, Barack Obama, com os direitos humanos, a organização Human Rights Watch (HRW) declarou-se desapontada com seu primeiro ano de governo.

As declarações deste grupo impactam a opinião pública, unido aos descalabros da política do mandatário após um ano de sua posse à Casa Branca.

"Com Obama tem tido uma melhoria espetacular no discurso, mas as palavras não levaram a mudanças na prática", comentou Kenneth Roth, diretor executivo de HRW.

Ao apresentar o relatório anual da organização, com sede em Nova Iorque, o diretor reconheceu positivamente o fato de que a tortura tenha sido proibida, mas denunciou que não se pesquisou quem a cometiam ou autorizavam.

"Isso estabeleceu um precedente muito perigoso de impunidade, porque o legado da presidência de George W. Bush é que é possível torturar e que não tenha consequências por isso", disse Roth.

Outras organizações similares manifestaram sua vergonha porque há um ano da posse, Obama ainda não fechou a prisão da base naval de Guantánamo, território cubano ilegitimamente ocupado, questão que ele prometeu em sua campanha presidencial.

A dicotomia entre o discurso e as ações deste governante também é patente em sua política quanto ao Oriente Médio, acrescentou a HRW.

O diretor da instituição igualmente declarou-se defraudado pela rejeição da Casa Branca ao relatório Goldstone, encarregado pela Comissão de Direitos Humanos da Organização de Nações Unidas.

Neste se acusa a Israel e Hamás de cometer crimes de guerra no conflito em Gaza de finais de 2008 e princípios de 2009.

O primeiro ano de gerenciamento de Obama está marcado, também, por um desemprego de 10 por cento, novos fervedouro de guerra, intervenção militar no Haiti aproveitando o terremoto recente.

Também promessas de redução de gases de efeito estufa sem completar, reforma de saúde sem assinar, e uma popularidade que desceu a 50 por cento e localiza em muito má imagem o presidente.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ameaça de bomba a evento organizado pelo grupo Tortura Nunca Mais


Sim, eles voltaram a ativa


A quem interessa manter o esquecimento?

No dia 15 de janeiro último, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, no centro do Rio de Janeiro, foi realizado um ato em homenagem ao militante político, Carlos Marighella, além de outros brasileiros que morreram resistindo à ditadura civil-militar.

O evento foi organizado pelos grupos Tortura Nunca Mais/RJ, Marighella Vive e Exposição Marighella. Cerca de 150 pessoas compareceram.

O ato teve início com a exibição do filme "O Retrato Falado do Guerrilheiro" sobre a vida de Carlos Marighella, dirigido pelo cineasta Sylvio Tendler, seguido de debate. Quase ao final da primeira parte do evento o coordenador da mesa, Carlos Fayal, foi informado pela gerência do Centro Cultural de que através de um telefonema anônimo uma bomba teria sido colocada no prédio. Rapidamente homenagearam-se outros militantes mortos, sendo que a determinação dos responsáveis era deixar o edifício vazio o mais rápido possível.

Estávamos atônitos e perplexos e nos perguntávamos: de onde essas vêm as ameaças de bombas? Quem tem medo dessas homenagens? Quem tem medo da verdade? A quem interessa manter o esquecimento?

O episódio, sem dúvida, foi uma tentativa de intimidar os movimentos que constantemente se manifestam contra as violações dos direitos humanos e tentam trazer para sociedade brasileira o que foi o terrorismo de Estado implantado em nosso país de 1964 a 1985.

Não podemos aceitar estes fatos em um país que se diz democrático e de direito.

Não serão tais ameaças e intimidações fascistas que nos farão desistir da nossa luta pela verdade e pela justiça!

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2010

Pela Vida, Pela Paz! Tortura Nunca Mais!

Grupo Tortura Nunca Mais/RJ

Marighella Vive/RJ


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bolivia temerosa de que Haití se convierta en base militar estadounidense


 El vicepresidente visitó zonas devastadas por el terremoto y no vio que militares de EE.UU. prestaran ayuda. (Foto:ABI

El vicepresidente boliviano, Álvaro García Linera, visitó zonas devastadas por el terremoto y no vio que militares de EE.UU. prestaran ayuda. (Foto:ABI)



El vicepresidente boliviano ofreció una rueda de prensa en La Paz, tras su llegada del devastado país, donde fue a entregar personalmente ayuda humanitaria. Durante su discurso rechazó la presencia militar estadounidense en Haití, porque teme que se convierta en una base militar más del país norteamericano. Asimismo, llamó a los países del continente a que se sumaran a este reproche. Venezuela y Nicaragua ya se han manifestado en contra del contingente militar.

Para ler mais TeleSur


Aprovação da gestão de Kassab cai 18%, aponta Ibope



O povo de São Paulo acha mais fácil ir embora da cidade do que aprender a votar, como diria um professor meu, quem vota no Kassab é safado que nem ele.


Rede Brasil Atual


Pesquisa do Ibope Inteligência aponta queda de aprovação da gestão do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM). De novembro de 2008 a dezembro de 2009, o percentual de entrevistados que consideram a administração municipal ótima e boa caiu de 46% para 28%. O levantamento encomendado pelo movimento Nossa São Paulo e divulgado nesta terça-feira (19) não incluiu a avaliação pessoal do prefeito.

Foram ouvidas 1.512 pessoas de 2 a 16 de dezembro e a margem de erro é de três pontos. Para Oded Grajew, um dos idealizadores do movimento, é hora de comparar os resultados às metas assumidas pela prefeitura, estabelecidos pela emenda nº 30 à lei orgânica do município. "As pessoas precisam acompanhar para ver se o plano de metas é cumprido", avalia Grajew.

São 26% os entrevistados que veem a gestão como ruim ou péssima, 14 pontos percentuais a mais do que no levantamento anterior. Na série histórica, que inclui ainda uma pesquisa de janeiro de 2008, a aprovação da administração municipal alcança seu nível mais baixo. Atualmente, os paulistanos também apontaram piora na avaliação da subprefeitura e da Câmara de Vereadores – com 25% e 12% de aprovação.

Outros indicadores a respeito da cidade também apresentam piora. O temor de alagamentos aumentou de 6% para 28%, fruto das enchentes de dezembro, como a que atinge até hoje o Jardim Romano e Jardim Pantanal, na zona leste.

Outro impacto do caos que a cidade viveu no último mês de 2009 mostra-se na parcela dos entrevistados que manifestam desejo de sair de São Paulo. Em 2008, 53% queriam permanecer, 12 pontos percentuais a menos do que os atuais 41%. São 57% que prefeririam viver em outro local.

"Há que se levar em conta que a pesquisa anterior foi feita logo após as eleições, então o clima era outro. Agora estamos vivendo as enchentes", diz a diretora executiva do Ibope Marcia Cavallari. Vale notar que os resultados dos que gostariam de sair de São Paulo se assemelham aos constatados em janeiro de 2008 (55% sairiam e 44% preferem ficar).

Também apresentaram altas o receio em relação ao trânsito (16% para 18%), atropelamentos (7% para 13%), assaltos ou roubos (57% para 65%) e torcidas de futebol (6% para 11%).


Avaliação

Na avaliação geral, medida pelos Indicadores de Referência de bem-estar no Município, a nota média atribuída pelo paulistano à cidade é de 4,8 pontos em uma escala de 1 a 10. O índice inclui questões ligadas à educação, saúde, transporte, habitação, ambiente, trabalho etc.

As melhores notas para a cidade foram conferidas pelos moradores de duas subprefeitura, a de Santana e Tucuruvi e a que inclui Itaim Paulista, Cidade Tiradentes e Guaianazes. Em ambas a avaliação ficou em 5,1 pontos. A pior média está em na subprefeituras de M'Boi Mirim, Parelheiros e Marsilac, no extremo sul do município.
Transparência e participação política (3,3), desigualdade social (3,9) e assistência social (3,9) têm as piores avaliações. Questões ligadas à qualidade de vida como relações humanas (6,5), religião e espiritualidade (6,3) e trabalho (6,2) encabeçam a lista com as melhores notas. Saúde e educação ficaram com 5,1 e 5,0, respectivamente.

A honestidade dos governantes foi avaliada por 92% dos entrevistados como ruim ou péssima, e a punição à corrupção e a transparência dos investimentos públicos foram mal avaliados por 88%. A nota para honestidade dos políticos foi de apenas 2,3.