O que mais tem aqui em São Paulo é descendente de italiano metido a besta, daqueles que dizem ter "orgulho de ser italianos", na copa do mundo torcem pela Itália e não pelo Brasil, e se portam como europeus no meio da barbárie. Quero ver como esse povo explica o que vem ocorrendo com sua ilustre e culta "pátria mãe". É uma pena ver um país que já teve figuras como Antonio Gramsci, Palmiro Togliatti, Gillo Pontecorvo, Pier Paolo Pasolini, dentre tantos outros pensadores e artistas geniais, agora estar cega pelo câncer Berlusconi, uma doença que cada vez mais contagia todo o país. A Itália se encontra na vanguarda do atraso, e essa nova onda parece contagiar certos "carcamanos" das bandas de cá. Também sou descendente de italianos, mas passo bem longe dessa gente.
ROMA, 22 JAN - O juiz italiano Luigi Tosti, famoso em seu país por se recusar a realizar audiências em tribunais com crucifixos pendurados na parede, foi afastado hoje de suas funções pela seção disciplinar do Conselho Superior da Magistratura (CSM). A decisão contra Tosti foi tomada com base na postura adotada por ele no período entre maio de 2005 e janeiro de 2006. Na época, ele manteve sua oposição à presença do símbolo católico nos tribunais e só dava prosseguimento às audiências se o objeto fosse removido. A seção disciplinar do CSM considerou hoje que a postura de Tosti configura a recusa de cumprir atos ligados à atividade jurídica, o que justifica seu afastamento. O juiz já havia sido absolvido anteriormente pela Justiça. Na ocasião, ele não foi condenado porque sua postura não comprometeu o andamento das audiências, já que foi substituído por outro magistrado sempre que se recusou a dar início aos trabalhos do tribunal. No julgamento realizado hoje pelo CSM, Tosti se defendeu sozinho. Ele preferiu não recorrer a um advogado. Enquanto a audiência era realizada, manifestantes expressavam seu apoio ao réu do lado de fora do tribunal. Esta não é a primeira vez que a presença de crucifixos em locais públicos gera polêmica no país europeu. Em novembro do ano passado, a Corte Europeia de Direitos Humanos condenou o Estado Italiano a pagar 5 mil euros de indenização à italiana de origem finlandesa Soile Lautsi. Ela havia pedido à escola onde seus filhos estudavam que retirasse o crucifixo exposto na sala de aula. A direção da instituição de ensino, no entanto, se recusou a remover o símbolo da fé católica. Hoje, o subsecretário à presidência do Conselho de Ministros, Gianni Letta, confirmou que a Itália já está pronta para recorrer da decisão da instância internacional. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário