quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PM de Serra detém alagados e polícia civil prende sem terras



Qualquer semelhança não é mera coincidência

Estão prendendo pessoas a torto e a direito, invadindo sindicatos, universidades, aterrorizando movimentos sociais, reprimindo qualquer tipo de protesto e reivindicação, censurando a imprensa, propagando histeria anti-comunista... O que mais falta para submergirmos numa ditadura? Segundo Rodrigo Azenha, só falta a Marcha, só resta saber qual, das donas de casa histéricas, ou dos camisas negras...


Brasília Confidencial


Duas pessoas foram detidas na manhã desta terça-feira durante protestos realizados no Parque Paulistano contra os alagamentos que ainda atingem ao menos cinco bairros da zona leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, os detidos tentavam colocar fogo em móveis. Eles foram ouvidos pela polícia e liberados em seguida.

Segundo a Polícia Militar, os protestos começaram por volta das 7h, quando cerca de 30 moradores colocaram fogo em entulhos para bloquear uma rua. Os bombeiros foram acionados e liberaram a via ainda no período da manhã.

Os moradores da zona leste têm sofrido com sucessivos alagamentos desde o dia 8 de dezembro. Alguns bairros ficaram 14 dias debaixo d’água.

Também na manhã de ontem, a Polícia Civll de São Paulo cercou o acampamento do MST na região de Iaras e prendeu nove militantes acusados pela Justiça de invadir uma fazenda da Cutrale, em 26 de outubro do ano passado, e destruir 7.000 laranjeiras. Outros dez sem terra conseguiram fugir ao cerco formado por 150 policiais, em 42 viaturas, para cumprir 19 mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelo juiz Mário Ramos dos Santos, de Lençóis Paulistas, que listou os crimes de formação de bando ou quadrilha, invasão de terra, furtos e danos materiais.

Entre os presos estão a vereadora petista Rosimeire Serpa, conhecida como Rose e que é assentada no município, o marido dela, Miguel, e.o ex-prefeito de Iaras, Edílson Granjeiro Xavier (PT).

A direção do MST em São Paulo divulgou nota pedindo “solidariedade a todos os lutadores e lutadoras do povo brasileiro comprometidos com a transformação do país numa sociedade mais justa e democrática”.

A polícia informou ter apreendido dois revólveres, uma espingarda e quantidade não divulgada de agrotóxicos e fertilizantes. Já a nota do MST afirma que, além de cercarem casas e barracos, prenderem pessoas e promoverem o terror, os policiais apreenderam pertences pessoais de muitos militantes, exigindo notas fiscais e outros documentos. O objetivo policial, segundo o integrante da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), Bruno de Oliveira Pregnolatto, que assessora as famílias, é forjar provas de roubo. Delwek Matheusw, integrante do MST, explicou que, dessa forma, a polícia pretende relacionar as atividades dos militantes com ações criminosas.

Os militantes presos ontem foram levados para a delegacia seccional de Bauru e devem ser encaminhados a presídios da região. Os oito homens podem ser levados para casas prisionais diferentes, enquanto a vereadora Rose será conduzida provavelmente ao presídio feminino de Avaí. Os advogados do MST reclamam da dificuldade em obter informações e afirmam que a polícia não está assegurando plenamente o direito constitucional de acesso irrestrito das partes aos autos.

Um dos coordenadores nacionais do MST, Gilmar Mauro, atribuiu as prisões a um “jogo de show agora nas vésperas das eleições” e qualificou-as como desnecessárias.

“Todos são réus primários e nenhum deles se negou a responder o inquérito.”

Mauro também criticou a atuação do Judiciário.

“A Justiça brasileira é ágil na hora de decretar prisão contra nós, mas quando se trata de julgar terras públicas devolutas a Justiça senta em cima dos processos”.

O diretório paulista do PT divulgou nota em que reclama respeito ao direito dos sem terra presos “à ampla defesa e ao acompanhamento jurídico”.

Hoje, João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, participa de um ato público contra a criminalização dos movimentos sociais no país, durante a programação do Fórum Social Mundial, no RS.




2 comentários:

  1. GOSTARIA, DE SABER SOBRE A ÀREA QUE O SERRA DEU A REDE GLOBO, NUMA ÀREA NOBRE DE SÃO PAULO,A GLOBO SÓ FALA DO MST,E O QUE INTERESSA PARA OS TUCANOS.

    J.DAGUIA

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  2. A Globo possui relações carnais com o PSDB de São Paulo, que infelizmente vem dominando este estado a quase vinte anos. Ninguém mexe com o Serra em São Paulo, que por sua vez garante a tranquilidade da Globo por essas bandas.
    Abs!

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