domingo, 31 de outubro de 2010

Tudo nosso!

Dilma se emociona ao agradecer apoio do presidente Lula. Foto: AP
A presidenta do povo


Ufa!
Depois de mais de um ano na peleja contra os Hermógenes, vencemos!
Dilma venceu
O Brasil venceu
O povo trabalhador venceu
O PIG, a elite branca, os fundamentalistas de aluguel, o Zé Povinho, a tucanagem,
Vão todos para o diabo!
É tudo nosso!
Chora direita 
O povo é quem dá as cartas
A rede Globo está com as horas contadas
Assim como os terroristas da Ditadura
Et caterva
Mais forte são os poderes do povo!
Chupa direita!
Durma com essa...
É nóis!!!
Viva a blogosfera progressista!


No Pasarán!!!


  


Charge Maringoni



sábado, 30 de outubro de 2010

O Grande Dia



Para os bolcheviques, o Grande Dia seria aquele em que as massas se levantariam para tomar o poder de chofre. Mas esse levante não poderia ser espontâneo, por isso foi necessário todo um trabalho de educação revolucionária por parte dos seguidores de Lenin.

Não, o que vemos no Brasil está longe de ser uma tomada do poder pelos trabalhadores. Não obstante, a vitória de Dilma pode ser mais um passo na direção a uma sociedade socialista. Nosso caminho ainda será longo, tortuoso, com derrotas e recuos, mas também com avanços significativos.
A vitória de Dilma amanhã é um passo em direção ao futuro, e se tudo der certo, estaremos na ofensiva. A burguesia acuada mostrará suas garras, o que vimos nessa eleição é só o começo.

Mas por hora, é necessário atenção, vigilância, fé, e algumas doses para poder pegar no sono. O dia de hoje será histórico, aconteça o que acontecer.


Um poeminha de Nicolas Guillen para inspirar.

  
Burgueses

Não me dão pena os burgueses
vencidos. E quando penso que vão a dar-me pena,
aperto bem os dentes e fecho bem os olhos.
Penso em meus longos dias sem sapatos nem rosas.
Penso em meus longos dias sem abrigos nem nuvens.
Penso em meus longos dias sem camisas nem sonhos.
Penso em meus longos dias com minha pele proibida.
Penso em meus longos dias.

- Não passe, por favor. Isto é um clube.
- A relação está cheia.
- Não há vaga no hotel.
- O senhor saiu.
- Deseja uma mulher.
- Fraude nas eleições.
- Grande baile para cegos.
- Caiu o Prêmio Maior em Santa Clara.
- Loteria para órfãos.
- O cavalheiro está em Paris.
- A senhora marquesa não recebe.

Enfim, toda recordação.
E como toda recordação,
que droga me pede você para fazer?
Além disso, pergunte-lhes.
Estou seguro
de que também recordam eles.


América Latina observa atenta o processo sucessório brasileiro

Para analistas, interesses regionais do Brasil superam disputa eleitoral

Lula e Evo Morales
Laços entre Brasil e Bolívia estão marcados por obras de infraestrutura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará um "plano de voo" para as relações do Brasil com outros países sul-americanos "difícil de ser modificado" por seu sucessor, na opinião de analistas entrevistados pela BBC Brasil.
"Os interesses estratégicos do Brasil já superam a política interna brasileira", afirma o economista boliviano Javier Gómez, diretor do Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (CEDLA, na sigla em espanhol), com sede em La Paz.
Gómez acrescenta que os laços do Brasil com a Bolívia, por exemplo, ficaram marcados recentemente por uma série de obras de infraestrutura, financiadas pelo BNDES, que serão realizadas no território boliviano nos próximos anos, durante a gestão do sucessor de Lula.
"São hidrelétricas e estradas que interessam aos dois países. Para o Brasil, por exemplo, (interessam) estradas para o acesso ao oceano Pacifico e maior nível de energia elétrica", afirmou o analista. Para a Bolívia, acrescenta Gómez, a possibilidade de escoar a produção das terras baixas (Santa Cruz e Beni, por exemplo) às terras altas (como La Paz).
Fronteira
Entre as obras citadas pelo diretor do CEDLA estão a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Madeira, e a estrada que ligará a região do Chapare, em Cochabamba, à localidade de San Ignácio de Moxos, em Beni, na fronteira com o Brasil.
Essa estrada, que estaria pronta em três ou quatro anos, foi criticada pela oposição brasileira durante a campanha eleitoral como uma obra que facilitaria o tráfico de cocaína para o Brasil.
A região do Chapare é conhecida como a maior produtora de folha de coca da Bolívia. Em maio, em entrevista a uma rádio no Rio, o candidato José Serra (PSDB) disse que 90% da cocaína consumida no Brasil saía da Bolívia e sugeriu que o governo boliviano era "cúmplice" do tráfico. Serra afirmou ainda que a situação poderia ser diferente se o governo não fizesse "corpo mole".
Apesar das críticas do tucano, Javier Gómez avalia que o sucessor de Lula - mesmo se a oposição vencer as eleições - "não poderá mudar muito" a estratégia estabelecida pela atual gestão.
"Lula teve uma relação quase paternal com o presidente Evo Morales, que foi interpretada como entrega excessiva pela oposição brasileira", diz Gómez. "Com Serra, a relação tende a ser mais formal do que tem sido com Lula, mas os dois países têm uma relação estratégica que dificilmente poderá ser modificada."
O diretor do CEDLA afirma que, se eleito, Serra "não pode retroceder" nos comentários que fez sobre a entrada da droga boliviana no Brasil, mas avalia que o tucano teria de buscar uma saída de interesse comum e propor que o combate ao tráfico seja compartilhado pelos dois países.
"A luta seria compartilhada e com maior investimento na área de segurança, na fronteira", diz Gómez.
Itaipu e Chávez
Outra crítica de Serra ao governo Lula durante a campanha que provocou repercussão em países vizinhos foi a declaração do tucano, no final de julho, de que o Brasil estava fazendo "filantropia" com Bolívia e Paraguai. O candidato fez a afirmação ao comentar o acordo entre Brasil e Paraguai para a exploração da hidrelétrica de Itaipu.
Na opinião da historiadora Beatriz González de Bosio, da Universidade Católica, de Assunção, Serra pode ter sinalizado uma possível mudança na política externa brasileira ao abordar o assunto.
Para o analista político Guillermo Holzmann, da Universidade do Chile, uma característica que pode ganhar força na política externa de um eventual governo Serra é a "cautela".
"Se Serra for presidente, estabelecerá uma política exterior mais cautelosa do que a do atual governo brasileiro", diz Holzmann. "Por exemplo, na questão do Irã ou em outros assuntos que envolvam as grandes potências."
Para o chileno, o vínculo de Serra com a região seria "mais delicado", mas - por sua trajetória política - o tucano teria "mais condições de negociação no sistema mundial" do que Dilma Rousseff, candidata do PT apoiada pelo presidente Lula.
Holzmann e o também analista chileno Ricardo Israel, da Universidade Autônoma do Chile, avaliam que Dilma representa a continuidade da política externa do governo atual, mas acrescentam que a petista "não é Lula" e que, em muitos aspectos, trata-se de "uma incógnita" para os países vizinhos.
Israel afirma ainda que Serra também deve adotar uma "política mais dura" com o governo de Hugo Chávez, na Venezuela, mas acrescenta que - seja quem for o vencedor da eleição - o novo presidente terá que confirmar, primeiro, a liderança regional do Brasil para, então, conquistar lugar de peso no cenário mundial.
Já o argentino Juan Luis Merega, da área de relações internacionais da Universidade de Quilmes, espera no próximo governo uma política externa brasileira muito semelhante à atual, com pequenos ajustes caso a oposição assuma o poder.
"Não imagino um governo de Serra dando tanta ênfase às questões regionais, como demonstrou Lula e como parece que será mantido com Dilma", avalia Merega.

Comentário do Blog do Cappacete: Para o bem da América Latina, vamos de Dilma Rousseff!


Tucanos se dão mal em cidade vermelha

Osasco, início dos anos 60


Osasco é uma ilha de esquerda no mar conservador da grande São Paulo, assim como Guarulhos, ABC, e a zona leste paulistana. A liderança de Osasco atrai votos para o PT em toda Zona Oeste de São Paulo, a excessão de Barueri, cidade dominada por uma máfia de extrema-direita. Não adianta os reaças tucanos pagar seus serviçais para fazer seu serviço sujo por essas bandas, o povo da ZO está com Dilma. Osasco sempre foi cidade vermelha, por lá passaram Carlos Lamarca, Onofre Pinto, Zéquinha Barreto, Constantino Satoiano, etc, etc, etc. Serra não teve a coragem de por pés nessa região, onde perde feio.   


Vermelho


"Beatas" são presas distribuindo material anti-Dilma em Osasco-SP


Das seis pessoas que distribuíam o material ilegal, uma fugiu e cinco foram conduzidas ao 4º DP, para onde foram levados os panfletos também. será aberto inquérito policial e as mulheres, que se diziam lideranças da igreja, serão indiciadas.

Militantes do PT de Osasco conseguiram ajudar a recolher mais exemplares dos panfletos ilegais assinados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Regional Sul 1. Os folhetos estavam sendo distribuídos na manhã desta sexta-feira (29), no Jardim Rochdalle, em Osasco.


O militante Rodolfo Andrade, passava pela avenida Cruzeiro do Sul, nas imediações bairro na zona Norte, quando viu seis pessoas distribuindo o material. Imediatamente, o petista ligou para o 190 e a PM recolheu o material e conduziu para o 4º DP cinco das pessoas que espalhavam o material.



De acordo com os advogados da campanha de Dilma, que acompanham o caso na delegacia de Osasco, será aberto inquérito policial e as mulheres, que se diziam lideranças da igreja, serão indiciadas.



Segundo o presidente do PT de Osasco, João Goes, que também estava no momento da apreensão, desta vez o número de folhetos era bem pequeno. Ele, porém, não soube quantificar o material apreendido. 



Histórico



No último dia 17, a Polícia Federal apreendeu mais de 1 milhão desses folhetos numa gráfica do Cambuci, que já havia rodado uma tiragem grande no primeiro turno. 1,1 milhão panfletos foram entregues, segundo o gráfico da Pana, no dia 15 de setembro, em quatro locais de São Paulo: Barra Funda, Paraíso, Guarulhos e na Rua do Bosque. No dia 13 deste mês, uma nova tiragem foi encomendada de mais 1 milhão de exemplares, encontrados na gráfica neste sábado.



O material, intitulado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", que recomendava num dos trechos “nas próximas eleições os eleitores deem seus votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto”, assinado por bispos da Regional Sul 1 da CNBB, foi recolhido por agentes federais e levados para o depósito da Superintendência da Polícia Federal, na Lapa.



Ainda no sábado (16), quando os folhetos foram encontrados na gráfica por militantes, os bispos da Regional Sul 1 da CNBB (estado de São Paulo) lamentaram o episódio e divulgaram nota de esclarecimento.



Gilmar Mendes ignora que Lei Ficha Limpa é iniciativa popular, diz Maierovitch

A Ficha Suja e a Charge da Semana



Como todos lembram, o Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu, depois de horas, sair da suprema indecisão e mandou, finalmente, aplicar de imediato a Lei da Ficha Limpa, conforme tinham decidido os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com exceção do ministro Marco Aurélio de Mello, uma herança deixada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello.
No julgamento, pontificou, pela habitual impropriedade, o ministro Gilmar Mendes. Por exemplo, Mendes, que está sob suspeita de ter recebido um telefonema com ordem de Serra para tirar de pauta um processo de interesse tucano, disse, na sessão de julgamento do recurso extraordinário de Jader Barbalho, que a Lei de Ficha Limpa era um casuísmo e um oportunismo criado pelo Partido dos Trabalhadores: o relator, José Eduardo Cardoso não apresentou emenda de mudança para os casos de renúncia de mandato parlamentar a fim de evitar a cassção. A previsão consta do projeto de iniciativa popular.
Talvez, o ministro Mendes, não tenha lembrado do informado no horário político do candidato José Serra. O seu vice, Índio da Costa, apresentou-se como responsável pela Lei da Ficha Limpa (presidiu a comissão especial de exame na Câmara). No particular, apropriou-se da iniciativa popular, verdadeiro móvel da mencionada lei, que é moralizante e constitucional: no projeto de iniciativa popular estava previsto o caso de renúncia para escapar à cassação.
Hoje, véspera de eleição, tomo a liberdade de eleger, ad referendum dos leitores deste blog Sem Fronteiras de Terra Magazine, a charge da semana, que está no alto e foi publicada no site Provos Brasil: http://provosbrasil.blogspot.com/2010/10/ficha-limpa-em-pleno-vigor-por-walter.html
–Wálter Fanganiello Maierovitch–



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quem cuida dos pobres em São Paulo é o governo federal

A essência da política dos tucanos


A candidata à presidência, Dilma Rousseff, afirmou hoje, durante debate da TV Globo, que quem cuida das pessoas carentes em São Paulo, estado governado até março desse ano pelo candidato tucano, José Serra, é o governo federal, com os programas sociais da gestão petista.
Ela reclamou ainda que o governo do PSDB dificulta o acesso ao benefício. “Quem cuida de pobres em São Paulo é o governo federal. São Paulo tem 1,4 milhão de famílias que precisam do Bolsa Família. Atendemos apenas 1,1 milhão. E essas 300 mil não atendemos porque o município e o estado não fazem cadastro”, disse.
Segundo ela, a questão social para ela não é um detalhe. É o centro da sua proposta. “A questão social é fundamental no meu projeto. Além do concreto e do cimento, o que é mais importante é a vida das pessoas. Tiramos 28 milhões da pobreza e vou tirar os 21 milhões que ainda estão na pobreza extrema”, disse.




Os tucanos não cansam: Marina critica PSDB por divulgar falso apoio a Serra na web


Até Marina Silva já se deu conta da ameaça José Serra

A candidata derrotada à presidência da República, Marina Silva (PV-AC), criticou, nesta sexta-feira (29), setores do PSDB que, segundo o PV, promoveram uma fraude na internet ao envolvê-la em ações de apoio à candidatura tucana de José Serra. Em entrevista ao Terra, Marina disse: "O que quero é que fique bem claro que minha posição é a minha posição de independência. Eu não tenho duas caras nem duas palavras".
Um endereço de e-mail falso (marina@pv.gov.br) direcionava aos eleitores de Marina um "pedido" da senadora verde para que houvesse união uma em torno da candidatura tucana.
Além disso, um post no blog "Eu Vou de Serra 45" chegou a manipular declarações dadas por ela durante a campanha no primeiro turno. O post foi removido do blog após a reação da senadora.
A senadora assinalou que "a internet é um ambiente onde a acessibilidade para receber e emitir conteúdo é quase ilimitada". Ela defende que haja vigilância porque alguém pode fazer coisas no ambiente virtual em nome de outras pessoas.
"A vigilância a que me refiro não é de controle ou censura, mas a vigilância individual para saber distinguir o que é verdade ou mentira", acrescentou.
Marina Silva viaja na noite desta sexta para Rio Branco (AC), onde nasceu e votará no segundo turno eleitoral. No Acre, além da urna para votar em Dilma ou Serra, o eleitor terá uma segunda urna, de um referendo para decidir sobre a hora legal do Estado, cuja diferença de duas horas foi reduzida para uma hora em relação à hora de Brasília.
No dia da votação, quem for a favor da mudança, terá que digitar o número 55. Quem for contra, terá que votar no 77. A mudança decorreu de uma lei de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), sem consulta à população, sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O referendo resulta de um decreto legislativo de autoria do deputado Flaviano Melo (PMDB-AC). Marina votará no número 77 do referendo - contra a mudança.
"Compreendo os que querem a mudança do fuso horário por uma série de razões práticas. Não faço demonização disso, pois existem argumentos sérios. Mas sou pela volta do nosso horário antigo, de duas horas de diferença em relação ao horário de Brasília, por uma série de razões", diz ela.

Para ler a entrevista, Terra




A autorização do Vaticano para a baixaria nas eleições


A saudação de Ratzinger
A declaração do chefe da igreja católica, Joseph Ratzinger, dada ontem no Vaticano se dirigindo a bispos nordestinos, foi muito mais do que uma reafirmação de princípios doutrinários da igreja, foi uma direta e clara autorização para que religiosos tentem interferir nas eleições presidenciais no Brasil, incluindo o uso de propaganda negativa e mentirosa contra a candidata Dilma Roussef.
O Papa é um chefe de estado, o Vaticano é um estado soberano. A declaração não pode ser vista apenas como uma manifestação política de um religioso, mas como a de um chefe de estado autorizando seus subordinados de se intrometerem em assuntos internos brasileiros. Para efeitos de comparação é como se o Obama declarasse que os funcionários de embaixada e consulados americanos no Brasil pudessem sair por aí imprimindo e distribuindo panfletos atacando candidatos.
Ratzinger não pode dizer que desconhece o que acontece no Brasil e da posição infeliz de setores da igreja católica nessas eleições. Ele foi procurado por bispos brasileiros que queriam autorização para difundir a campanha da desqualificação e do ódio, contrariando as campanhas de fraternidade e amor que a igreja católica costuma protagonizar. Ele autorizou mesmo sabendo que jogavam sujo, na surdina, como no caso da impressão de milhões de panfletos fazendo acusações que Dilma desmentiu publicamente por diversas vezes.
O alemão Joseph Ratzinger, que hoje é Papa, pertenceu no início dos anos 40 da juventude hitlerista, braço paramilitar do partido Nazista, que comandado por Hitler foi responsável pelo extermino de milhões de judeus. Hoje, Ratzinger diz que foi forçado a participar do grupo, no que ele tem todo o direito. Direito o qual que também reservo para dizer que não acredito, afinal, depois da condenação da humanidade ao nazismo ninguém é mais capaz de assumir que apoiava. Convenhamos que é irônico para alguém que apoiou e participou do regime que exterminou milhões de pessoas, venha hoje clamar para si o papel de “defensor da vida”.
A igreja católica não é só esse Papa, nem desse séquito de fanáticos que se apoderaram dela com a chegada dele ao poder. A igreja também é a do Frei Betto, de Leonardo Boff, das pastorais da terra que fizeram tanto pelos desprotegidos do campo. O problema é esse grupo que comanda hoje o vaticano e a CNBB no Brasil, que com seus métodos vem assustando e revoltando fiéis, tomando primeiro contato com uma face da igreja desconhecida por ter sido escondida durante o século 20.
A defesa cada vez mais agressiva do Vaticano e de setores conservadores da Igreja por valores dogmáticos tem como efeitos colaterais a morte de milhões de mulheres no mundo inteiro por problemas decorrentes de abortos não assistidos e pelo atraso no progresso da ciência para busca de novos métodos de cura utilizando células tronco, que poderia melhorar a vida de outros tantos milhões.
O verdadeiro motivo para tanta agressividade nada tem a ver com a enfática defesa de princípios, mas o de manter e conquistar poder que a igreja vem perdendo progressivamente a medida que perde fiéis por conta da defesa de posições controversas e dos escândalos envolvendo casos de pedofilia. Com relação a isso, as frequentes denúncias contra padres pedófilos colocam em xeque a confiança dos fiéis, principalmente porque as vítimas são crianças indefesas, deixadas pelo próprios pais sob os cuidados de religiosos sem imaginar que sofriam abusos sexuais por aqueles que se diziam servos do senhor.
Cabe lembrar ao Ratzinger e aos bispos reacionários da CNBB que a justiça eleitoral considerou ILEGAIS os panfletos assinados pela Regional Sul da organização eclesiástica. A lei leitoral é clara e, sem julgar o mérito da calúnia e difamação pelo uso de mentiras, ela diz que durante o período eleitoral qualquer referência impressa a candidatos, seja positiva ou negativa, é considerada material de campanha e tem de seguir modelo aprovado pela legislação que prevê a obrigatoriedade da inclusão de informações como o nome da coligação de partidos e o CNPJ.
A diocese de Guarulhos primeiro negou a autoria da impressão dos panfletos apreendidos, depois recuou e assumiu. Para imprimir os panfletos o bispo de Guarulhos assume que recebeu doações de empresas e fiéis, sem citar os autores, o caso está sendo investigado e o dinheiro pode ter vindo de caixa 2 da campanha de José Serra. Restou provado que pelo menos nessa ocasião, a Diocese de Guarulhos se uniu aos Monarquistas e Integralistas (estes últimos acusados de defender princípios fascistas e nazistas) para esta ação, o que torna o caso mais vergonhoso ainda para o católico que não reconhece mais a sua própria igreja.
Já tem padres dizendo que a polícia deveria devolver os panfletos apreendidos. Volto a dizer: a distribuição desse panfleto configura CRIME ELEITORAL, salvo nova manifestação em contrário pela justiça eleitoral, o que não aconteceu até o fechamento desse artigo. É no mínimo curioso ver religiosos vir agora a público defendendo o direito à opinião e manifestação, quando em 2006 e 2008 houve pregação efusiva nos templos exortando fiéis a boicotarem e censurarem os filmes: O Código Da Vinci e Anjos e Demônios.







quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Livro sobre a AP, aborda passado marxista e revolucionário de Serra



José Serra, quadro da AP, fala no comício da Central do Brasil  em 1964


Ricardo Azevedo vai lançar no sábado, dia 6, às 11h, no Memorial da América Latina, o livro “Por Um Triz, Memórias de um Militante da AP”.
A AP no caso é a Ação Popular, organização de esquerda revolucionária na qual Azevedo militou de 1968 a 1980 e que e se reivindicava de inspiração Leninista, Marxista e Maoísta.

Ricardo Azevedo foi do Comitê Central e do Secretariado Nacional da organização clandestina e conviveu de perto com alguns personagens centrais da atual política nacional. Entre eles, José Serra.
“Quando chego ao Chile, em junho de 72, quem me recebeu e era o principal representante da Ação Popular no país foi o José Serra. Curioso é que a biografia que ele apresenta no seu programa de TV dá a entender que ele só estudou no exílio. Até 73 ele foi militante da AP”, garante Ricardo Azevedo.
Azevedo diz ainda que a AP além de ser uma organização de inspiração marxista, leninista e maoísta também defendia a luta armada.
“Eles falam que a Dilma foi da VAR-Palmares, terrorista etc. e eu acho que isso foi uma qualidade dela. Mas o Serra também foi até 1973 de uma organização que defendia a luta armada. Hoje ele até pode dizer que naquele momento já não concordava muito com aquilo, até acho que não concordava mesmo, mas por oportunismo ele mantinha o vínculo.”

Segundo Azevedo, Serra só veio a se “desligar” da AP depois do golpe militar de Pinochet, quando saiu Chile e foi se exilar nos EUA. “Na verdade ele nunca se desligou, ele se afastou, perdeu o contato”, revela.
“No Chile, nossa base da AP tinha 10 pessoas, entre elas o Serra e o Betinho”, relembra. “E lá a gente era próximo ao Movimento de Ação Popular Unitária (MAPU) cuja representação era de uns 5% dos votos e indicava até ministros no governo de Allende. E a principal ponte da AP no Brasil com o MAPU do Chile era o Serra. Ele era uma pessoa importante naquele contexto, a principal pessoa da organização no país.”
Azevedo é filiado ao PT e foi presidente a Fundação Perseu Abramo por 12 anos, mas suas divergências com Serra não surgiram apenas no pós-abertura, já se davam no exílio. “Num dado momento a gente rachou na base de Santiago. Na época, já tinha consciência que ele não tinha muito a ver com o que a organização defendia no Brasil. Ele apontava para um caminho social-democrata e nós nos mantínhamos marxistas. Também tínhamos divergências no tocante ao processo chileno. Houve um racha no MAPU e eu fiquei de um lado e ele do outro”, conta.
Por incrível que pareça a história que Serra vive repetindo de que sempre quis ser presidente da República, parece ser de fato uma obstinação. “Na época já era perceptível que ele tinha grandes pretensões na política brasileira. A gente até brincava que ele queria ser presidente do Brasil. Quando falávamos isso, morríamos de rir, porque naquele contexto de 72 e 73 parecia uma coisa impossível.”
Além de Serra, Azevedo vai contar no “Por Um Triz” histórias que viveu na AP com personalidades políticas como Aloysio Mercadante, o ministro Franklin Martins, os deputados federais José Anibal e Arnaldo Jardim e o saudoso Betinho.
Depois do golpe contra Allende, Azevedo ficou preso 1 mês no Estádio Nacional e conseguiu escapar para a França, onde continuou sua militância.
“Na França eu, da AP, o Franklin Martins, do MR8, e o Éder Sader, que era da Polop, lançamos a revista Brasil Socialista que teve nove edições. Ela circulava na França e no Brasil.”

Amanhã, Ricardo Azevedo vai contar com mais detalhes essas e outras histórias a partir das 15h no 48h democracia, que o amigo navegante pode assistir aqui no blogue ou no www.48hdemocracia.com.br



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dilma se mantém à frente de Serra até em pesquisa encomendada por tucanos



O Datafolha mantém o quadro inalterado há uma semana
O Datafolha mantém o quadro inalterado há uma semana
Enquanto a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, mantém a vantagem, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, para o adversário tucano, José Serra, este lança mão de estudo pago ao Instituto GPP, ao custo de R$ 160 mil, para apontar uma distância menor entre um e outro. De acordo com o levantamento do Datafolha, a petista assegura 56% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos) contra 44% de José Serra (PSDB). Os números em votos válidos são os mesmos registrados na pesquisa anterior, realizada no dia 21.
Já no total de intenções de voto, a oscilação foi pequena. Dilma passou de 50% a 49% e Serra foi de 40% a 38%. 5% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 8% dizem estar indecisos. No Sudeste, Serra caiu três pontos percentuais, a maior parte deles em Minas Gerais, e registra 40%, contra 44% de Dilma. No Sul, ele ainda lidera, por apenas três pontos, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No Nordeste, a diferença continua em 64% a 27%.
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro com 4066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do País e está registrada no TSE sob o protocolo 37404/2010. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo diário conservador paulistano Folha de S.Paulo.
Pesquisa encomendada
Diante da debandada de aliados, que se acentuou nesta terça-feira com o abandono de um grupo de prefeitos baianos que, impressionados com pesquisas que apontam vitória de Dilma, começaram a se desvincular de Serra, o candidato tucano recebeu do governador eleito do Paraná, Beto Richa, a dica para divulgar uma pesquisa de opinião que fosse mais simpática à causa da direita. A campanha de Richa, no primeiro turno, obteve uma série de liminares, na Justiça, para censurar sucessivas pesquisas que mostravam o avanço do adversário de Richa, Osmar Dias (PDT).
Richa, em conversa com Serra, chegou a considerar a hipótese de tentar segurar, no Tribunal Superior Eleitoral, a divulgação de pesquisas na reta final da eleição para o segundo turno, mas o adversário de Dilma pensou duas vezes e descartou o viés judicialista. Surgiu, então, a ideia de buscar números mais favoráveis ao tucano. Para isso, a oposição recorreu ao desconhecido instituto GPP, fundado em 1991, e que atua preferencialmente no ramo de pesquisas empresariais, ligado ao ex-prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM).
Para que pudesse ser divulgada, a pesquisa do GPP precisou ser registrada na Justiça Eleitoral até para, no futuro, servir de prova em um possível processo contra o PSDB, que setores da campanha petista já consideram viável, por tentativa de condução do eleitorado a erro. O registro foi feito em nome do próprio candidadto a vice na chapa de Serra, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), de quem foi a sugestão para divulgar uma pesquisa interna, realizada entre os dias 23 e 25 deste mês. Segundo o levantamento, contando apenas os votos válidos, Dilma Rousseff (PT) teria 53,1% contra 46,8% de José Serra (PSDB). A margem de erro é de 1,8 ponto para mais ou para menos. A pesquisa foi protocolada no TSE com o número 37219/2010.