sexta-feira, 26 de março de 2010

Governo fascista agride professores em São Paulo





Apesar do PIG mostrar as truculências dos jagunços da PM paulista como uma reação a agressões partidas dos professores paulistas, está claro que violências partiram, como sempre, do governo fascista do PSDB, vejam estas imagens e confiram.

Já disse aqui e repito, uma vitória do Serra nas eleições presidenciais desse ano significa Ditadura. Será pau nos movimentos sociais, na mídia independente, nos trabalhadores, no setor público como um todo. O papel protagonista do Brasil nos debates internacionais escorrerá pelo ralo, voltaremos a nos curvar perante o grande capital internacional, etc.

Mas voltando a greve dos professores paulistas, por mais que o Zé Belzebu compre toda a mídia venal e subserviente deste país, o povo está vendo qual é a sua mentalidade como governante, o caráter ultra-violento de sua gestão no trato para com todos aqueles que não endossam suas propostas. Ai de nós se esse fascista chegar ao governo federal!





São Paulo - O que era para ser uma grande demonstração de democracia, em que um grupo faz greve e o outro negocia, transformou-se em uma decepção. Nas proximidades do estádio do Morumbi, onde fica a sede do governo estadual, os professores da rede pública estadual foram recebidos nesta sexta-feira (26) da mesma forma que torcedores em dia de clássico de futebol, com centenas de policiais espalhados pelo local.

A assembleia dos professores transcorria pacificamente, mas o clima esquentou a partir do meio da tarde e acabou em confusão quando a Polícia Militar entrou em confronto com os professores da rede pública estadual.

Manifestantes carregam caixão
Manifestantes realizam assembleia e tentam chegar ao Palácio dos Bandeirantes (Foto: Mauricio Morais)
>> Clique aqui para ver fotos do protesto dos professores no Morumbi, zona sul de São Paulo

Há duas versões para explicar o início da ação policial. Uma delas, dada por professores próximos ao local, onde começou o problema, é de que os policiais queriam avançar com o cordão de isolamento e, para isso, usaram bombas ditas de efeito moral. A outra, oficial, é de que estudantes deram início à confusão. A Polícia Militar, por meio de nota, diz que alguns manifestantes atiraram rojões, paus e pedras na direção dos policiais militares. Até as 18h55, haviam nove manifestantes feridos e sete policiais.

No entanto, o vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB), que integrou a frente parlamentar que tentou negociar com o governo do estado, afirmou ter ouvido, em tom “categórico”, ordem do coronel responsável pelo policiamento para impedir a chegada ao Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, o vice-presidente da entidade, Carlos Ramiro de Castro, foi ferido na testa quando tentava negociar com os policiais. Outros dois professores de História, Severino Honorato da Silva e Luis Cláudio de Lima, foram atingidos por uma bala de borracha.

No momento da confusão, alguns professores tentaram encontrar lugar a salvo da ação da Polícia Militar, ao passo que outros se ocuparam de ajudar os feridos e consolar pessoas abaladas pela ação policial. Enquanto isso, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) utilizou o caminhão de som para tentar chegar ao ponto de negociação e dar proteção aos manifestantes. "Pelo amor de Deus, fiquem atrás do caminhão, para as balas de borracha não nos atingirem, nós que estamos desarmados", pediam insistentemente os diretores do sindicato.

"A manifestação é a demonstração do desejo dos professores de resolver a questão. Mas o confronto acentua o caráter autoritário do governador", lamentou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

Para o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) o confronto foi uma covardia. "Esse governo intransigente deixou um rastro de destruição. Na segunda vamos tomar providências e acionar o Ministério Público."

A tarde

Desde cedo, uma grande movimentação tomou conta dos arredores do estádio do Morumbi. Não é dia de jogo, mas os professores estaduais em greve desde o dia 8 de março colocaram cerca de 45 mil pessoas no local, segundo a Apeoesp. A PM calcula cinco mil manifestantes.

Após realizar a assembleia em frente ao estádio e manter a greve por tempo intederminado, os professores se dividiram. Uma parte subiu em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e de lá, segundo informações foram agredidos pela PM. Muitos ficaram espremidos junto ao primeiro cordão de isolamento formado pelos oficiais na avenida Giovanni Gronchi. Outros, encurralados nas ruas laterais.

Pouco antes, uma comissão dos docentes foi recebida no Palácio dos Bandeirantes pelo secretário adjunto da educação, Guilherme Bueno e pelo secretário ajunto da Casa Civil, Humberto Rodrigues. Na reunião, segundo a Apeoesp, os representantes do governo foram taxativos: "só haverá negociação se suspenderem a greve", informou Bebel. De acordo com a professora, em nenhum momento a pauta dos professores foi citada ou discutida.

O governador José Serra (PSDB) não estava na capital. Cumpriu agenda de inaugurações pelo interior, como em Presidente Prudente, a 560 km da capital. Também passou por Franca, mas lá foi recebido com um protesto dos professores.

A próxima assembleia dos professores da rede pública estadual de São Paulo está marcada para o dia 31 de março, às 14h, dia em que o funcionalismo público estadual prepara o "bota-fora" para o governador José Serra, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República. A data deve marcar aentrega da renúncia de Serra à Assembleia Legislativa.

Um dia de protesto

Os manifestantes se reuniram em frente ao estádio do São Paulo Futebol Clube. O ato estava previsto para começar às 15h, mas atrasou à espera de ônibus que vinham do interior e não conseguiram chegar até a região. Segundo fontes ouvidas pela Rede Brasil Atual, alguns teriam sido barrados na Rodovia Castelo Branco e Raposos Tavares, além da Marginal Tietê.

Reivindicações

  • reajuste imediato de 34,3%;
  • incorporação de todas as gratificações e extensão aos aposentados, sem parcelamento;
  • contra o provão dos ACTs;
  • contra a avaliação de mérito;
  • pela revogação das leis 1093, 1094, 1097;
  • por um plano de carreira justo;
  • concurso público de caráter classificatório.

De acordo com a Apeoesp, revistas demoradas nos veículos por parte da PM ocasionaram o atraso. O sindicato entende a ação como uma forma de "esvaziar" o protesto. Eram esperados 200 ônibus de outras cidades, já que a entidade planejava levar 100 mil professores para pressionar por negociação com o governo sobre suas reivindicações (ver box).

Outro motivo do atraso foi a tempestade de granizo que castigou a região por volta das 14h. "Estamos fazendo um pedido para que a PM libere nossos ônibus para chegarem aqui. Se o Serra não está, o vice (Alberto Godman) está e ele pode nos receber. Esperamos que o governo tenha o bom senso de receber os trabalhadores para negociar", disse o secretário-geral da Apeoesp, Fabio de Moraes, antes da manifestação.

De acordo com informações oficiais, a Polícia Militar fez um bloqueio na praça Vinicius de Morais para impedir que os manifestantes chegassem à sede do governo paulista. Só em uma das áreas ao redor há 350 policiais e 56 viaturas, além da cavalaria, força tática e a tropa de choque.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar nega que haja"revistas"demoradasnos ônibus com manifestantes e também não dá informações sobre o efetivo na região.






Um comentário:

  1. Esta é a lógica do PSDB do governador e presidenciável José Serra no trato com a educação no Estado de São Paulo. Provavelmente queira implantar este estado mínimo saúde, educação e segurança em todo o Brasil.
    Que Deus nos livre dos Demos-tucanos.
    Prof.Gama

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