Carlos Alberto Lungarzo
Anistia Internacional (USA) – 2152711
No dia 26 de março desse ano, foi encontrado na cidade de Niterói (Estado de Rio de Janeiro), o corpo do músico Cláudio Márcio de Souza Santos, de 37 anos, (conhecido também por Speedfreaks ou Speedy) um dos introdutores do rap no Brasil. Junto a seu cadáver, estava o de Luciano da Silva, de 34 anos.
Contexto
A polícia estadual do Distrito Policial 76º informou que ambos os corpos foram encontrados perto de Favela do Sabão, na entrada da ponte que une Niterói com a cidade do Rio de Janeiro. O corpo estava dentro de uma vala de esgoto, com 4 marcas de balas. Alguns vizinhos de Cláudio suspeitam que pode ter sido confundido com um policial. Posteriormente, afirmou-se que este o outro morto, Luciano, era o cabeleireiro do músico.
Sabemos que os corpos foram atingidos por vários projéteis, mas não conhecemos nenhum comunicado da polícia sobre os aspectos técnicos. Tampouco parece ter havido autópsia. A polícia rotulou o crime como “homicídio duplo”, e disse ter começado uma investigação não dia seguinte.
No dia 30, a polícia disse ter encontrado uma possível testemunha do crime. Ele seria um amigo do músico, que o acompanhava na noite de crime. Os dois estavam juntos em um bar, em Niterói, e seguiram juntos para a Favela do Sabão, que fica perto do local da execução. Depois dos depoimentos deste amigo, a situação não ficou clara, e o comunicado da polícia é confuso. Inclusive, o delegado afirma acreditar na conexão entre a morte de Souza Santos e um conflito acontecido à mesma hora num posto de gasolina entre pessoas aí presentes, e um grupo de amigos, entre os quais poderia ter estado o músico.
Substantivamente, a investigação policial não tem chegado a nenhum resultado concreto até os dias atuais.
Ações
No portal Petition Online foi publicada uma Petição editada por Aori Sauthon (mclapa@gmail.com). O url desse site é:
http://www.petitiononline.com/22228090/petition.html
Convocamos todas as pessoas com sentido de justiça, preocupadas pelas contínuas chacinas no Rio de Janeiro, que quase nunca são esclarecidas, e que ficam impunes quando são identificadas. Nossa ONG e outras organizações irmãs de DH denunciam continuamente os crimes cometidos no Rio por diversas forças que parecem estar em confronto, mas cujas verdadeiras vítimas são pessoas inocentes.
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