sábado, 29 de setembro de 2012

Morre Hebe Camargo, doutor Paulo é o próximo

A direita está ficando sem ídolos...



Essa é do tempo da Oban




Agitando no Cansei



Esse também já se foi...





sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Camponeses mortos e desaparecidos no Brasil passam de mil, revela documento inédito


Pragmatismo Político

Ditadura matou 1.196 camponeses, mas Estado só reconhece 29. Levantamento inédito da Secretaria Nacional de Direitos Humanos será entregue à Comissão da Verdade, que investiga crimes cometidos pelo Estado durante o regime militar

camponeses ditadura mortos desaparecidos
Lideranças camponesas que resistiram ao regime militar estão entre as vítimas não registradas da ditadura que devem ter morte investigada (Foto: reprodução)
Financiada pelo latifúndio, a ditadura “terceirizou” prisões, torturas, mortes e desaparecimentos forçados de camponeses que se insurgiram contra o regime e contra as péssimas condições de trabalho no campo brasileiro. O resultado disso é uma enorme dificuldade de se comprovar a responsabilidade do Estado pelos crimes: 97,6% dos camponeses mortos e desaparecidos na ditadura militar foram alijados da justiça de transição. “É uma exclusão brutal”, afirma o coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência, Gilney Viana, autor de estudo inédito sobre o tema.
O estudo revela que pelo menos 1.196 camponeses e apoiadores foram mortos ou desaparecidos do período pré-ditadura ao final da transição democrática (1961-1988). Entretanto, os familiares de apenas 51 dessas vítimas requereram reparações à Comissão de Anistia. E, destes, somente os de 29 tiveram seus direitos reconhecidos. Justamente os dos 29 que, além de camponeses, exerceram uma militância político-partidária forte, o que foi determinante para que fossem reconhecidos como anistiados. “Os camponeses também têm direito à memória, à verdade e à reparação”, defende Viana.
Segundo ele, dentre os 1.196 mortos e desaparecidos no campo, o estudo conseguiu reunir informações sobre 602 novos casos excluídos da chamada justiça de transição, suficientes para caracterizá-los como “graves atentados aos direitos humanos”. Esta caracterização é condição primordial para que sejam investigados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
De acordo com Gilney, o objetivo é alterar o quadro atual e permitir que essas vítimas usufruam dos mesmos direitos dos militantes urbanos, estabelecidos pela Lei 9.140, de 4/12/1995, que reconheceu como mortos 136 desaparecidos e criou a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), com mandato para reconhecer outros casos e promover reparações aos familiares que assim o requererem.
As novas vítimas que poderão entrar para a lista oficial de mortos e desaparecidos políticos do país são 75 sindicalistas, 14 advogados, sete religiosos, 463 lideranças de lutas coletivas e 43 trabalhadores que tombaram em conflitos individuais. “Os dados revelam a ponta de um iceberg de um conjunto bem amplo de perseguidos políticos pela ditadura militar até agora pouco estudado”, acrescenta Viana.

Terceirização dos crimes


Destes 602 casos, em apenas 25% é possível comprovar a efetivação de inquérito policial e, somente em 5%, desfecho judicial. Ainda assim, o estudo conseguiu comprovar a ação direta de agentes de estado em 131 casos, o que facilita o reconhecimento deles como vítimas da ditadura. O problema é que em 471, ou 85% dos casos, as evidências apontam para o fato de que os crimes foram cometidos por agentes privados, ainda que sob a anuência dos representantes da ditadura.
“O Estado se omitiu, acobertou e terceirizou a repressão política e social no campo, executada por jagunços, pistoleiros, capangas e capatazes, a serviço de alguns fazendeiros, madeireiros, empresas rurais, grileiros e senhores de engenhos, castanhais e seringais. Esta hipótese explicativa principal é compatível com o papel importante que a classe dos latifundiários, fazendeiros, senhores de engenho, castanhais e seringais tiveram no golpe, na sustentação da ditadura e na coligação de forças políticas que fizeram a transição”, diz o estudo.
Apesar da dificuldade, Viana avalia que a CNV tem poderes para incluí-los no escopo de investigados. Segundo ele, o Art. 1º da Resolução nº 2, de 20/8, define que caberá ao órgão “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas (…) por agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado”. “Isso incluiu os crimes realizados pelos agentes do latifúndio em concurso com os da ditadura”, observa.

Comissão Camponesa


Embora o estudo da SDH tenha sido concluído, as mortes e desaparecimentos dos demais camponeses já identificados pelo órgão continuarão sendo apuradas, agora pela Comissão Camponesa pela Anistia, Memória, Verdade e Justiça, criada durante o Encontro Unitário, que reuniu, em agosto deste ano, em Brasília, 37 entidades de camponeses, trabalhadores e militantes dos direitos humanos.
No documento final do encontro, as entidades assumiram o compromisso de “lutar pelo reconhecimento da responsabilidade do Estado sobre a morte e desaparecimento forçado de camponeses, bem como os direitos de reparação aos seus familiares, com a criação de uma comissão camponesa pela anistia, memória, verdade e justiça para incidir nos trabalhos da Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos políticos, visando a inclusão de todos afetados pela repressão”.
A Comissão, que conta com o apoio da SDH, já se reuniu duas vezes para definir os eixos de luta, buscando, inclusive, conhecer a experiência na reparação de camponeses pelas comissões da verdade de outros países. “Nos encontramos, por exemplo, com o ativista Eduardo Gonzalez, que foi membro da Comissão da Verdade do Peru, onde muitos camponeses foram reconhecidos como vítimas da ditadura”, conta Viana.
A Comissão Camponesa já se reuniu também com membros da CNV, em especial a psicanalista Maria Rita Kehl, responsável pelo grupo de investigação dos crimes cometidos pela ditadura contra os camponeses.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"Não vamos parar até que o governo caia", dizem manifestantes espanhóis


                          
Hasta la Revolucion

Os organizadores da manifestação que pediu a criação de uma nova assembleia constituinte e a renúncia do presidente de governo Mariano Rajoy convocaram nesta quarta-feira (26/09) novos protestos. “Não vamos parar até que o governo espanhol caia”, disse Celestino Sánchez, que participa das mobilizações.
A decisão vem em resposta à forte repressão policial ao protesto desta terça-feira (26/09) que reuniu milhares de pessoas em frente ao parlamento nacional em Madri, capital do país. Pelo menos 36 manifestantes foram detidos e 64 pessoas ficaram feridas, incluindo 27 policiais, informou o jornal espanhol Publico.es.
A coordenação da manifestação, denominada de 25-S, explicou que o congresso será cercado novamente nesta quarta (26/09) e também no sábado (29/09), mas reiterou que os protestos são pacíficos. Para evitar novos confrontos com a polícia, os organizadores pediram aos manifestantes não cobrirem seus rostos e não responderem às provocações dos oficiais.
Apesar de admitirem a presença de grupos que podem ter se comportado de maneira violenta, os ativistas espanhóis levantaram a suspeita de policiais infiltrados nos protestos. Estes oficiais teriam incitado o confronto com a finalidade de justificar a repressão contra os manifestantes.
Além disso, os organizadores das manifestações qualificaram a atuação policial no protesto de terça-feira (25/09) como “desproporcional”. “Queremos denunciar a gravidade dos fatos ocorridos ontem e a política brutal e criminalizada do governo que tentou criar medo para coagir os cidadãos”, disse nesta quarta (26/09) Carlos, participante da comissão legal que surgiu da ocupação da praça Porta do Sol no ano passado, citado pelo Publico.es.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se uniu às críticas dos manifestantes e denunciou durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU a "repressão" por parte da polícia espanhola contra os protestos em Madri. "Enquanto falamos aqui está ocorrendo uma repressão contra os indignados (em Madri) que se opõem às políticas de ajuste", afirmou na ocasião.
Os ativistas ainda asseguraram que o trabalho dos parlamentares não foi impedido pela manifestação e criticou a atuação do governo. “Não tem sentido a denuncia de ativistas que participaram da organização do protesto por crime contra os altos órgãos da nação”, disse Carlos se lembrando de oito companheiros que podem ficar presos por um ano pelo delito.

Os protestos do 25-S

Defendendo a criação de uma nova assembleia constituinte e exigindo a renúncia do presidente de governo Mariano Rajoy, milhares de espanhóis se concentraram nesta terça-feira (25/09) diante do parlamento nacional.
Convocado por vários sindicatos para denunciar o "sequestro da democracia" a partir de cortes orçamentários, o protesto começou com uma passeata pelas ruas do centro de Madri e terminou do lado de fora do Legislativo. Alguns deputados da bancada de esquerda do congresso se aproximaram da multidão que se amontoava do lado de fora do edifício.
Autoridades estimam que cerca de seis mil pessoas participaram das manifestações, que receberam o nome de "Cerque o Congresso". O projeto inicial dos sindicatos era bloquear a câmara dos deputados durante a sessão ordinária que promove todas as terças-feiras.
Mais de mil policiais, contudo, compareceram ao local para tentar evitar a ocupação do edifício. Manifestantes tentaram furar os bloqueios instalados pela polícia. Oficiais chegaram a golpeá-los com cassetetes. Participantes lançaram objetos contra policiais. O confronto ocorreu nas imediações da Porta do Sol, local que abrigou os acampados do movimento dos "indignados", em 2011.
María Dolores de Cospedal, líder do governista PP (Partido Popular), irritou representantes sindicais e membros de outras forças políticas ao comparar a decisão de cercar o Congresso com a tentativa de golpe de estado perpetrado em 23 de fevereiro de 1981 por comandos militares favoráveis ao regime franquista.
O ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, defendeu o direito da manifestação, mas ressaltou que chegar a um confronto com a soberania nacional representaria "uma agressão ao sistema democrático".
Os protestos contra o governo de Rajoy nesta terça-feira não se limitaram apenas à capital Madri. Em Barcelona, ao grito de "ladrões" e "culpados", cerca de 500 manifestantes se concentraram em frente ao parlamento regional da Catalunha para também criticar a atuação dos deputados e membros do governo local.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Policía española reprime concentración de Indignados frente al Congreso


Manifestantes proponen al Ejecutivo desde las afueras del Congreso,que se abran nuevas posibilidades al país y cesen los recortes








La policía española reprime violentamente la concentración denomimada Rodea el Congreso que manifiesta desde tempranas horas del martes frente al legislativo. Las protestas son contra los recortes sociales y laborales aplicados por el gobierno conservador de Mariano Rajoy.
La actividad convocada por la Coordinadora 25-S y la plataforma ¡En Pie! cercó el recinto de la Cámara Baja con tres marchas simultáneas, que confluyen en las plazas de la Puerta del Sol, Neptuno y Cibeles, que también exigen la dimisión del Ejecutivo y el arranque de un nuevo proceso constituyente.
La represión policial, en la que los agentes golpearon a los manifestantes, se produjo cuando un grupo de jóvenes intentaba traspasar la valla que protege la sede del Congreso de los Diputados, que como todos los martes celebra sesión plenaria.
La corresponsal de teleSUR en España, Hilda Salas, indicó que hasta el momento se desconoce el número exacto de personas aprehendidas por la policía, “es muy prematuro, pero hemos visto que algunos ciudadanos han sido detenidas”. 

“Hay tensión, se han producido detenciones. También hay expectativas en cuanto a lo que pueda ocurrir en las próximas horas” en el marco de la protesta frente a la forma en que el Gobierno está haciendo frente a la crisis económica. 

Salas añadió que desde el Ejecutivo han sido insistentes en que no se va a permitir una acampada ni ocupación del Congreso. Sin embargo, “no ha habido pronunciamiento en torno a la situación que se está viviendo en este momento”.

La periodista destacó que miles de personas de trasladaron desde diversas ciudades españolas hasta Madrid (la capital) y “más temprano se reunieron en el Paseo del Prado, poco a poco vimos como se iban llenando los accesos al Congreso”. 

Agregó que son diversos los movimientos que impulsan las protestas contra las medidas de recortes impulsadas por el Gobierno del conservador, Mariano Rajoy. Entre ellos, mencionó a una coordinadora y movimientos que integran el 15-M.

La concentración de españoles frente al Congreso "se desmarcan de la violencia, desean reforma constituyente, ellos proponen que se abran nuevas posibilidades al país”. 

“Ambulancias del Servicio Nacional de Emergencias (Samur) se encuentran en el lugar para atender, heridos, y otros posibles afectados”, mientras otras unidades se encuentran patrullando la zona”, reportó.

Consignas como "Eso, eso, eso, nos vamos al Congreso", "Menos policía y más educación", "Lo llaman democracia y no lo es" o "Detrás de los leones, hay muchos ladrones", este último en alusión a las dos estatuas de estos felinos que flanquean el edificio parlamentario.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Gestão PSDB: SP ainda não tem um plano estadual de educação

Já disse isso aqui e repito, é uma pena que os pais da maioria das crianças que estudam nas escolas públicas de SP liguem tão pouco para a educação de seus filhos. Se assim o fizessem, o PSDB nunca mais ganharia uma eleição neste Estado. Falo com conhecimento de causa.


O estado de São Paulo está entre as 15 unidades da federação que ainda não apresentaram um plano de políticas públicas para a educação, de acordo a Ação Educativa, que analisou o "Programa Educação: Compromisso de São Paulo", criado no final do ano passado para nortear a política educacional paulista. De acordo com o levantamento, o projeto do governo Alckmin, elaborado sem participação popular, carece de proposta orçamentária e de instrumento de avaliação.
A obrigação de os estados e municípios elaborarem planos com metas decenais na forma de leis foi determinada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado em 2001 e cujo prazo de vigência se encerrou no ano passado. O próximo PNE, ainda em tramitação no Congresso, prevê que em até dois anos todos os estados e municípios construam ou revisem seus programas atuais  por meio de processos participativos. 
Desde 2003, tramita na Assmbléia Legislativa do estado paulista uma proposta construída pelo Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública. No mesmo ano, o governo havia apresentado um projeto similar aos deputados estaduais, mas o texto foi arquivado a pedido do Executivo em 2009, e nenhuma das duas proposições chegou a ser apreciada. Em 2010, o Executivo teria enviado um novo plano ao Conselho Estadual de Educação de São Paulo. De acordo com a presidenta do conselho, Guiomar de Mello, o órgão espera pela aprovação do PNE para discutir um plano para São Paulo.
Em entrevista ao Observatório da Educação, da Ação Educativa, Guiomar recordou que o "Programa Educação: Compromisso de São Paulo" foi criado por meio de um decreto e não passou por qualquer debate no Legislativo. Guiomar explicou que o programa nada mais é que a política já desenvolvida pela Secretaria. “Não importa se foi criado por decreto ou por portaria. O programa no fundo está rearticulando aquilo que a secretaria já tem. Agora, pode ser desarticulado se mudar a gestão? Pode, mas até a lei pode”, comentou.
Ana Paula Corti, integrante do Instituto Técnico Federal e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, acredita que um programa criado por decreto dificulta o controle público. “Tenho impressão de que faz parte de certa característica geral da Secretaria da Educação, já há alguns anos, de mostrar indisposição em submeter suas ideias programáticas a uma discussão ampla com a sociedade”, disse. Ana Paula afirma que o ideal era ter um plano, de fato, e não um programa. “Programas são marca de governo, então quando a política pública é efetuada por programa, tende a absorver a marca do governo e daquela determinada gestão. No caso de São Paulo, a continuidade do mesmo partido não significou continuidade nas políticas. Foram vários secretários diferentes e cada um procurou dar sua cara aos programas”, comentou.
O "Programa Educação: Compromisso de São Paulo" relaciona entre seus objetivos gerais, colocar até 2030 a rede pública estadual entre as melhores do mundo no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Atualmente, o Brasil está na 53ª posição entre 65 países, e São Paulo está atrás de vários estados. 
O programa nasceu com programas já elaborados e, portanto, já orçados. O Observatório da Educação solicitou, com base na Lei de Acesso à Informação, o orçamento detalhado previsto para o programa no ano de 2012. Em sua primeira resposta, enviada em julho deste ano, a secretaria respondeu que o programa “tem todas as suas atividades atendidas por meio das diversas ações orçamentárias já existentes na estrutura programática da pasta, sendo desnecessária a criação de ação orçamentária específica”.
A secretaria declarou que a informação poderia ser encontrada na Lei Orçamentária de 2012. A partir das respostas da secretaria, pode-se concluir que o maior prazo planejado para o programa limita-se a 2013, ou seja, longe do horizonte de 2030 no qual São Paulo deveria estar bem colocada mundialmente.
Os planos de educação pressupõem diagnósticos, metas decenais e participação da sociedade em sua elaboração e monitoramento. Entretanto, o programa do governo do estado é mais restrito, de acordo com Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP e pesquisador na área de avaliação. "Não tem balanço oficial. No estado você tem um governo que é do mesmo partido há muito tempo e não é capaz de apresentar um balanço. Esse programa é limitado, no meu ponto de vista”, disse ele. 
Um diagnóstico foi realizado pela consultoria internacional McKinsey & Company, mas, como o serviço foi doado pela organização da sociedade civil Parceiros da Educação, que reúne empresários voltados à educação pública, o documento não pertence à secretaria. "Contratam uma empresa para avaliar o programa e os resultados ficam trancados a sete chaves", reclamou Alavarse.

 

Polêmica

A Secretaria Estadual de Educação divulgou nota aos jornalistas que lhe pediram esclarecimentos sobre as informações apuradas pela Ação Educativa, acusando o estudo da organização de ter “caráter indisfarçavelmente eleitoreiro” e apontando supostos equívocos. O texto diz que o "Programa Educação: Compromisso de São Paulo" busca a participação da sociedade civil e valorizar a carreira de professor.
Um trecho da nota diz: “Outra confusão presente nessas críticas ao programa Educação: Compromisso de São Paulo é a compreensão do caráter dessa iniciativa como um mero guarda-chuva dos demais projetos e ações da Secretaria. Na verdade, esse programa visa justamente articular o trabalho da rede estadual de ensino e seu relacionamento com a sociedade civil tendo como seus principais objetivos tornar nosso sistema educacional um dos melhores do mundo até 2030 e, também nesse prazo, fazer com que a carreira de professor seja uma das mais valorizadas por nossos jovens".
A secretaria também informou: "O programa desenvolveu um plano estratégico de longo prazo, não só para guiar as ações da atual gestão nos próximos anos, mas também para lançar as diretrizes a serem seguidas pela rede estadual paulista até 2030. Encaminhamos à Ação Educativa a apresentação do programa Educação – Compromisso de São Paulo que descreve as ações da Política Educacional da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo em resposta à mensagem encaminhada a esta Pasta em 19 de julho de 2012." 
A Ação Educativa lamentou o tom adotado pela secretaria em sua nota e, por sua vez, divulgou que a organização recebeu com entusiasmo a informação de que há, sim, um plano estratégico. “A ausência desse plano é, de fato, o principal questionamento feito pelo Observatório. Mas se esse plano de fato existe, nunca foi divulgado, apesar dos pedidos de informação mencionados. Por isso, convidamos a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo a compartilhá-lo com a sociedade”.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Em audiência, PM de São Paulo é acusada de assassinar líderes comunitários


 
São Paulo está se transformando numa espécie de Bogotá, com milícias de extrema-direita exterminando os pobres. Quem financia esses bandos? Na Colômbia, é o narcotráfico.

“Se for lá matar ela, vai  matar nós. Se for depender do poder público e pela sociedade que a gente tem, essa mulher aí tá sozinha”, denunciou o ajudante de obras Albert Feliciano em uma das falas que encerraram a audiência pública realizada ontem (19) na Assembleia Legislativa de São Paulo para debater a violência policial no governo Geraldo Alckmin (PSDB). 
Pedida por lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a audiência acrescentou relatos de três mortes à onda de violência que tomou o estado desde junho e que já vitimou quase 300 pessoas em circunstâncias com fortes indícios da participação de policiais. 
O desabafo foi feito diante de um auditório lotado de moradores de bairros da região do Jardim Capela, no extremo sul  de São Paulo, do presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), do deputado estadual Adriano Diogo, representantes da sociedade e membros do Ministério Público estadual e federal,entre eles o procurador Matheus Baraldi, que em julho chegou a dizer que as forças policiais do estado estavam fora de controle, o que justificaria o afastamento do comando.
A mulher a que Albert se refere é Selma dos Santos, esposa do auxiliar de manutenção Orlando Lira Rodrigues, de 34 anos, um dos líderes comunitários da favela do Bombeiro. Orlando voltava da casa de amigos com o Adílio Bezerra de Sá, 48 anos, na madrugada de 24 de junho, quando ambos foram baleados. Pelo menos cinco tiros o atingiram, dois nas costas e três na cabeça. 
Vizinhos contaram que minutos antes dos tiros, três policiais usando toucas ninjas foram vistos descendo de quatro viaturas. Os amigos foram surpreendidos por eles, sequer os viram e foram atingidos sem esboçar qualquer reação. Orlando morreu na hora. Adílio, uma semana depois, no hospital.
“É muito revoltante. Matar pessoas que nunca fizeram nada pra ninguém. A gente estava construindo uma família. Ele deixou três filhas e eu não sei o que eu digo quando elas perguntam por ele”, diz Selma, com a voz embargada.
Depois dos crimes, policiais com toucas cobrindo apenas a metade do rosto foram vistos no local, fotografando e mexendo nos bolsos de Orlando. Só depois, as testemunhas souberam que não se tratava da perícia.
A terceira morte relacionada ao caso aconteceu há menos de dez dias. O policial Joel Juvêncio da Silva, amigo de Orlando e Adílio, estava investigando as mortes e foi assassinado ao sair de um culto religioso com a filha. 
“Eu não sei o que vai acontecer agora. Eles deixaram uma família desamparada”, diz Selma. “Não tem justificativa nenhuma o que fizeram”.
As mortes da favela do Bombeiro não são isoladas. Além dos crimes cometidos por “ninjas”, como são chamados os encapuzados que cometem uma série de crimes em todo o estado, os números de resistência seguida de morte são alarmantes. Até junho desse ano, 229 pessoas morreram em supostos confrontos com a polícia. Esse tipo deregistro, no entanto, é contestado, porque presume a inocência do policial, que sequer é investigado. 

Sem respostas

Essas e outras críticas levantadas pela sociedade e pelo Ministério Público Federal levaram o comandante da Polícia Militar (PM), coronel Roberval Ferreira França, a anunciar no inicio de agosto que iria realizar uma série de mudanças na estrutura da PM e investir bna formação de novos policiais para atender melhor a população. 
Apesar do anúncio, as mudanças ainda não foram postas em prática ou sequer oficializadas. Em função disso, o promotor Baraldi protocolou um Termo de Ajuste de Conduta solicitando ao comando da PM o acompanhamento das ações propostas ou, simplesmente, que se tornasse público o cronograma de execução e detalhamento das mudanças anunciadas. O prazo para adesão ao Termo venceu na segunda-feira (17), e até agora não houve resposta. “Se não houver respostas é porque o projeto não existe”, acredita Baraldi, apesar de ainda aguardar a resposta.
Para o promotor, a violência contra os moradores da periferia é uma consequência da combate desastroso ao crime organizado. 
 “O crime organizado nunca ganhou tanto dinheiro e a resposta do governo é esse assassinado a varejo de acordo com a aparência. (…) Há um banho de sangue e hoje a Polícia Militar mata mais que a polícia militar da ditadura”.
Já para Ivan Seixas, presidente do Condepe e ex-preso político, há um “ódio de classe contra o povo”. “Temos um governo contra o povo, contra o pobre”, define.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Proposta de implementação de Cotas Raciais na USP


Nossa Proposta de Resolução segue anexa para leitura e divulgação!

As Cotas foram consideradas, unanimemente, constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovadas pelo Senado Federal para serem implementadas em todas as escolas e universidades federais do Brasil através da aprovação do PL180/2008, que foi grande vitória recente do Brasil contra a discriminação!

A USP, sendo uma das maiores universidades públicas do Brasil, não pode se omitir diante deste grande problema social, que é  exclusão do povo pobre e negro das universidades públicas brasileiras, devendo promover inclusão étnico-racial e democratizar o acesso ao conhecimento nela gerado, proporcionando acesso à todas as camadas da população. Atualmente, a USP tem menos de 15% de alunos negros (pardos e pretos) enquanto no estado de SP esse número é de 35%. Não bastasse isso, a maioria dos negros que estudam na USP estão concentrados em cursos de baixa demanda e a quantidade de negros em alguns cursos, como Engenharia, Medicina e Direito é quase nula, como apontou reportagem recente da Revista EXAME na qual apenas 77 alunos negros haviam ingressado nestes cursos em 6 anos (0,9% do total).


Enquanto a USP se recusa a implementar
um Sistema de Inclusão REAL em seu vestibular, as Universidades que o implementaram colhem bons frutos, como é o caso da UERJ, UFBA, UnB, entre outras, nos quais os cotistas tiveram desempenho superior ao dos não-cotistas, inclusive em cursos concorridos como medicina, como apontam diversas pesquisas da área. O argumento de que as cotas acabariam com a "qualidade de ensino", portanto, não se mostra verdadeiro diante das pesquisas baseadas em dados empíricos realizadas por essas renomadas instituições, se sustentando apenas no apego a um pré-conceito cientificamente derrotado.

Deste modo, solicitamos que, enquanto membros do Conselho Universitário, votem a favor da Implementação das Cotas Raciais na USP, de modo a tornarmos este ambiente universitário um espaço mais plural, proporcionando oportunidade de acesso ao conhecimento àqueles que mais necessitam.


Contamos com seu apoio nesta luta popular que não cessará até A USP FICAR PRETA !!!

Atenciosamente,
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Analfabetos funcionais impedem melhoria do perfil político brasileiro

Pragmatismo Político

Na política existem também os analfabetos funcionais, aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que os analfabetos completos

A política profissional cansa todo mundo, mas ninguém vive sem ela; assim, é melhor aceitá-la da forma a mais racional possível. Os inocentes e manipuláveis (a grande maioria) vivem metendo o “pau” nos políticos, pois deles esperam tudo de bom e maravilhoso para suas vidas. Votam “(in)seguros” e frustram-se logo a seguir ao constatarem que todas aquelas promessas foram em vão.

Já os eleitores mais conscientes se enfadam de ver a mesma coisa, o ciclo vicioso que se revigora a cada eleição, obrigando os políticos (mesmo os mais competentes e bem intencionados) a mentir deslavadamente, sob pena de sucumbirem nas urnas. Estes são muito mais minoria do que se pensa, tendo em vista os que são meramente “votadores”, aqueles que tiram onda de esclarecidos, porém não passam de “bobões”.
Quer dizer, em política existem também os analfabetos funcionais, aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que os analfabetos completos, que normalmente se chama de “analfa de pai e mãe”. Isto porque muitos deles são referência em suas profissões e, portanto, são formadores de opinião.

Mundo de aparências também é refletido na cena política do Brasil

 

Tanto que é facílimo se ver pessoas politizadas terem seus pontos de vista relegados e banalizados devido a não possuírem curso superior ou mesmo certo patamar cultural enquanto físicos, médicos, advogados e até jornalistas são reverenciados por causa das opiniões que emitem, mesmo que sejam inconsistentes.
É que se vive num mundo de aparências. Normalmente, se dá mais credibilidade ao que um célebre matemático ou um notado linguista fala sobre política do que o que diz um sindicalista sem muita escolaridade.
Não é uma regra, mas a politização não depende necessariamente de escolarização, de ter mais cultura ou coisa assim. O melhor exemplo que o Brasil tem a esse respeito é Lula.



Para aqueles que vivem a parasitar a ignorância do povo, está tudo bem

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Kassab, um dos prefeitos mais odiados do Brasil, cria de José Serra

É sempre bom lembrar que Kassab foi inventado por José Serra


 
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), está em 21º lugar no ranking dos prefeitos das capitais feito pelo Ibope. Ele tem saldo negativo de 24%, pois há mais paulistanos que julgam seu governo ruim ou péssimo (44%) do que bom ou ótimo (20%). Kassab tem oscilado dentro desse patamar desde  o começo do ano. Nem a propaganda da campanha de José Serra (PSDB) na TV, elogiando o prefeito, conseguiu melhorar sua avaliação.
Há um empate na liderança do ranking: Nelsinho Trad (PMDB), de Campo Grande (MS), e Raimundo Angelim (PT), de Rio Branco (AC), têm 61% de saldo. Nenhum dos dois concorre à reeleição, mas os candidatos a prefeito apoiados por eles são líderes na pesquisa de intenção de voto do Ibope.

Obs: Com certeza o Ibope-Rede Globo manipulou os dados, a popularidade de Kassab aqui em SP é vexatoria, o saldo deve estar negativo.



 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Osama Bin Reggae, é hoje!


Uma das atrações da Semana de Resistência que acontece anualmente na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Usp (FFLCH-USP) é a tradicional festa de encerramento, a Osama Bin Reggae.
A edição de 2012 comemora dez anos do evento e conta com a apresentação das bandas QG Imperial, Tribo do Sol, Ethiopian Highlandahs Band, SYM e Veja Luz.
A entrada é gratuita, mas a partir das 20h só são permitidas a entrar na Cidade Universitária pessoas com carteirinha. A exceção é feita a quem for com um dos vários ônibus municipais, que podem ser pegos nas estações Vila Madalena e Butantã do metrô.
No vídeo, o som do Ethopian Highlandahs Band.

The Ethiopian HighLandahs Band - Intro: HighLand´s

 Medley






Publicado em 25/03/2012 por 
2011 - Ao Vivo no Espaço Rio Verde (Vila Madalena) - SP

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Denúncia: Em São Paulo, as áreas valorizadas são as que têm mais incêndios de favelas


Os culpados terão que responder por isso




Dos últimos incêndios na capital paulista, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas.


Dos últimos incêndios que ocorreram neste ano na cidade de São Paulo, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. Isso é o que aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Por exemplo, a região em que está localizada a favela de São Miguel Paulista, na zona leste, que foi incendiada no final de agosto, teve a maior valorização imobiliária da capital, em apenas dois anos a alta foi de 214%.
Outras comunidades também estão na “mira” do mercado imobiliário. Na favela do Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul, destruída pelo fogo no dia 3 de setembro, o aumento do metro quadrado foi de 117%. Já na área em que está a Vila Prudente, ao lado do Sacomã, na zona leste, a valorização foi de 149%.
A pesquisa da FIPE também revela que as áreas que possuem mais favelas são as que têm menos incêndios. Na zona sul paulistana, nos distritos do Capão Redondo (com 93 favelas), Grajaú (com 73), Jardim Ângela (com 85) e Campo Limpo (com 79) não houve nenhum incêndio. Essas áreas aglomeram mais de 21% das favelas da capital e são as mais desvalorizadas pelo mercado imobiliário.
Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).