sábado, 30 de julho de 2011

Saga de Morte e Vida Severina ganha animação em 3D; assista

Das paisagens áridas e secas do interior de Pernambuco sai o retirante Severino. Para escapar da morte lá “morrida antes dos trinta” e em busca de melhores condições de vida, o retirante segue rumo ao litoral. 

Em sua romaria, Severino usa o rio Capibaribe como guia e, por todos os lugares em que passa, dá de cara com a morte e com a vida “severina” – aquela que para ele é “a vida mais vivida do que defendida”.






Produzida pela TV Escola, a versão animada do livro de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal Pernambucano, se baseia também nos quadrinhos do cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens da história, publicada originalmente em 1956.

Ao chegar à primeira cidade do Agreste, Toritama, o retirante-lavrador pergunta ansioso por trabalho. A mulher da janela prontamente responde que trabalho é o que não falta para quem sabe trabalhar. O grande ofício a que a senhora faladeira se refere é a própria morte. Só tem lugar em Toritama que sabe fazer da morte profissão – coveiro, farmacêutico e rezador.

O retirante segue seu caminho e encontra as doces e férteis terras da Zona da Mata. “De certo, a gente daqui jamais envelhece antes dos trinta. Nem sabe da morte em vida.” A primeira impressão é de que lá as pessoas nem devem trabalhar. Mas, não demora muito, Severino encontra um cemitério e mais uma vez, frente a frente com a morte, entende a ínfima “parte que lhe cabe deste latifúndio”.

Mesmo encantado com a terra das farturas – onde o rio Capibaribe passa a ser perene –, Severino resolve “apressar a ladainha” e ir embora para o Recife. Na Zona Metropolitana, ouve uma conversa entre dois coveiros. O tema do falatório mais uma vez é a velha conhecida.

Os homens falam sobre como a morte recebida, por gente pobre e por gente rica. No bairro de Casa Amarela morrem os artistas, os intelectuais, os jornalistas. Agora, em Santo Amaro é lugar de gente que vem de longe, “gente sofrida”, que encontra com o mar e não tem como continuar.

Com o fim do curso do Capibaribe é que se finda a saga deste e de outros Severinos. Do agreste ao litoral, de substantivos a adjetivos, iguais em tudo na vida. 





sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pra quem tá em SP esse fim de semana: Histórias cotidianas são encenadas em Mostra Teatral no Tusp





No encerramento da Mostra Militância Teatral na Periferia, o grupo Pombas Urbanas apresenta dois  espetáculos neste final de semana, na cidade de São Paulo (SP). A Mostra organizada pelo Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp) contou, durante todo o mês de julho, com peças, documentários e palestras de sete grupos teatrais paulistas.
No sábado (30), às 20h, é encenado o espetáculo “Histórias para serem contadas”, com texto de Oswaldo Dragún e direção de Hugo Villavicenzio. Nesta peça, os personagens “contam histórias incríveis de pessoas comuns”, tendo a rua como cenário.
A peça “Mingau de Concreto” – do diretor e fundador do Pombas Urbanas, Lino Rojas – é apresentada no domingo (31), às 19h. A direção é de Marcelo Palmares e Paulo Carvalho. No espetáculo são contadas “de forma escrachada, as situações cotidianas de quem vive no centro paulistano”.
As apresentações ocorrem no Tusp, localizado na Rua Maria Antônia, 294, no bairro Consolação. A entrada é gratuita.



Ministério aponta que 251 empresas adotam trabalho similar a escravo no país



Empregador que está na lista perde financiamentos com recursos públicos

O Ministério do Trabalho e Emprego atualizou nesta sexta-feira (29) o Cadastro de Empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condição análoga à de escravo. O documento passa a listar 251 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas. Nessa atualização foram incluídos 48 empregadores e excluídos outros cinco, que preencheram os requisitos necessários para a exclusão.
Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do ministério, Guilherme Moreira, as principais causas da manutenção do nome no cadastro são a não quitação das multas, a reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário.
No período que estão com o nome no cadastro, os empregadores não recebem financiamentos com recursos públicos. Além disso, o setor privado tem implementado, por meio do Pacto Nacional, medidas restritivas de relacionamento comercial com empregadores que constam da lista, tornando-o um instrumento utilizado pelo governo federal para erradicação do trabalho escravo no país.

Nota do Blog: Acho essas punições brandas demais, empresas e fazendas que se utilizam de trabalho análogo a escravidão deveriam ser expropriadas pelo Estado e seus donos presos .

Sílvio Tendler quer massificar documentário sobre agrotóxicos


Sílvio Tendler
Sílvio Tendler (d) lançou na última segunda o documentário "O veneno está na mesa"| Foto: TV Brasil/Divulgação

"O veneno está na mesa”, novo documentário do cineasta Silvio Tendler lançado na última segunda-feira (25), traz o relato de especialistas e agricultores e coloca em xeque a atual modelo de produção de alimentos. “O que me motivou a falar sobre o tema foi ter descoberto que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos. Cada brasileiro consome, em média, 5,2 litros por ano”, diz o cineasta, em conversa com o Sul21. “Estamos sujeitos a um envenenamento”, alerta o documentarista, que quer massificar a audiência sobre seu documentário.
Tendler nunca fora ligado à causa agroecológica. Um alerta do escritor uruguaio Eduardo Galeano há cerca de dois anos o fez ter maior interesse pelo tema. Depois de percorrer o Brasil, recolhendo depoimentos em Estados como Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, o cineasta faz defesa ardorosa de um novo modelo de agricultura. “A grande conclusão do filme é que se a gente quer continuar vivendo e salvar o planeta temos que buscar outro modelo, de agricultura orgânica, temos que abandonar os transgênicos e os defensivos agrícolas, que nada mais são do que agrotóxicos”, afirma.
Durante a conversa por telefone, Tendler afirmou que “estamos sujeitos a um envenenamento” e chamou atenção para o fato de que, muitas vezes, o consumidor pensa no agrotóxico apenas quando vai escolher verduras ou legumes. “Por estar no trigo e na soja, o agrotóxico está em muitos outros produtos, como pães e pizzas”.
Entre os depoimentos mais estarrecedores do documentário, o cineasta destaca o que ocorreu com uma agricultora que sofreu uma esclerose múltipla gravíssima com apenas 32 anos de idade. Desde os doze anos, ela trabalhava na lavoura de fumo no Rio Grande do Sul.
Segundo Tendler, é bem mais difícil estabelecer quais são os efeitos dos agrotóxicos para os consumidores do que nos agricultores que manejam estes produtos. Mas ele afirma que o crescimento da incidência de algumas doenças como o Mal de Alzheimer e o câncer indicam uma relação, defendida por especialistas, embora não haja provas. “Acho que não vale a pena pagar para ver”, sentencia.
O filme mostra ainda uma pesquisa realizada com 62 mulheres no Mato Grosso, que mostra que todas as 62 tinham agrotóxico no leite. “Bem não pode fazer. Você vai querer que seu filho tome agrotóxico pelo leite materno?”, questiona Tendler. E apresenta alternativas ao atual modelo de produção, como a história de um pequeno agricultor e a experiência da Argentina, onde a presidenta Cristina Kirchner abriu investigação oficial sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde.
A película também traz dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que mostram que, em 2009, 30% de cerca de 3 mil produtos analisados traziam níveis acima dos toleráveis de agrotóxicos.  Após o lançamento do filme, no Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro, uma especialista da Anvisa participou de debate. Letícia da Silva falou sobre a pressão exercida pelas transnacionais fabricantes de agrotóxicos. “Primeiro, tentam desqualificar nossos argumentos com pesquisas científicas mostrando que os agrotóxicos não fazem mal; depois, recebemos pressão diretamente de deputados ligados à bancada ruralista; por fim, entram com ações na justiça para continuar a venda dos agrotóxicos”, disse Letícia, segundo o portal do MST.
Silvio Tendler acredita que o filme, com duração de 50 minutos, não ficará restrito a um grupo pequeno de militantes das causas ecológicas e de esquerda. “Acho que este filme não tem clivagem entre direita e esquerda. Todos podem se interessar por este tema, ninguém apenas por ser de direita vai querer gerar um monstro”, diz. Para que a divulgação do tema seja efetiva, ele afirma que a película será distribuída gratuitamente e disponibilizada na internet. “O importante é que as pessoas assistam”, resume.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Venezuelanos festejam o aniversário de 57 anos do presidente Chávez

  Força Chaves!
O presidente venezuelano Hugo Chávez(Prensa Latina) Com uma grande festa popular, os venezuelanos celebram hoje o aniversário de 57 anos do presidente Hugo Chávez, que afirmou que seria um evento sem precedentes.

  Desde o amanhecer as pessoas estão convocadas a sair às ruas para enviar mensagens de congratulação e solidariedade ao chefe de Estado.

Na capital, as autoridades desenvolverão múltiplas atividades culturais na central Praça Bolívar.

"Desde bem cedo estaremos celebrando com alegria, canções, poemas e contos", informou ontem o prefeito do município Libertador, Jorge Rodríguez.

O prefeito também convidou os caraquenhos a se concentrarem no Balcón del Pueblo, na sede do Executivo, para homenagear Chávez em seu onomástico.

Por sua vez, o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) efetuará em todo o território nacional uma atividade denominada "Um canto ao Comandante".

"Receberemos com alegria mais um aniversário do presidente. É um canto à vida e à esperança de que, uma vez recuperado, o Comandante Chávez possa seguir à frente dos destinos da construção da pátria nova," disse seu dirigente, Rodrigo Cabezas.

O canal Venezuelana de Televisão ativou desde ontem uma conta de correio eletrônico para os que desejarem enviar vídeos e mensagens de felicitação ao líder da Revolução Venezuelana.

Além disso, sua principal revista matutina desenvolverá um programa especial com os familiares do presidente.

Hugo Rafael Chávez Frias nasceu no dia 28 de julho de 1954 na localidade de Sabaneta, estado de Barinas, no seio de uma família humilde.

Embora quando jovem inclinou-se por diversas manifestações culturais e pelo beisebol, formou-se como licenciado em Ciências e Artes Militares na especialidade de Engenharia e graduou-se na Academia das Forças Armadas da Venezuela no dia 5 de julho de 1975 com altas qualificações.


Entrou na política em 1982 e ganhou as eleições de dezembro de 1998 com 56,5 por cento dos votos.


Desde então, impulsiona um processo de transformações na Venezuela que defende a inclusão social, maior bem-estar para o povo e relações com os países do mundo baseadas na solidariedade, cooperação e respeito mútuo.





O incrível montante do calote estadunidense

Esquerda.Net

Risco de “calotes” americanos abre receio de "cataclismo" nos mercados


Os Estados Unidos da América estão a uma semana de se tornarem incumpridores de pagamentos à sua administração pública, aos veteranos de guerra, a credores estrangeiros se a Administração Obama e o Partido Republicano não resolverem o braço de ferro em torno do limite da dívida pública.
Visualização da dívida norte-americana em notas de 100 dólares.
Visualização da dívida norte-americana em notas de 100 dólares. Foto Christopher Rasch/Flickr
Existe a convicção de que as duas partes não irão até à ruptura mas reina o nervosismo nos mercados financeiros e respectivos símbolos, desde a directora geral do FMI a Wall Street, que não hesitam em recorrer à palavra “cataclismo” de âmbito mundial se o cenário se concretizar.
São muitas as divergências entre Obama e os democratas de um lado e os republicanos, que dominam a Câmara dos Representantes, do outro. No entanto, que impede verdadeiramente o acordo é o calendário para integração do limite do défice no orçamento. A Casa Branca insiste que a alteração deve fazer-se de uma só vez, válida até 2013, portanto já depois das eleições presidenciais do próximo ano. Os republicanos, através do presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, pretendem que a operação seja a dois tempos: um aumento até Fevereiro ou Março de 2012 e o outro até 2013.
Obama contesta porque, em seu entender, uma crise do mesmo tipo seria reaberta dentro de nove meses, praticamente já em plena campanha eleitoral; Boehner argumenta que o presidente “quer um cheque em branco”. Analistas políticos norte-americanos consideram que o duelo é um verdadeiro braço de ferro com um conteúdo eleitoral em que ambas as partes testam reacções perante as suas próximas linhas económicas e orçamentais.
Na sequência de uma mensagem televisiva presidencial pedindo aos cidadãos para que façam sentir aos seus representantes a necessidade de se entenderem, Washington tem estado nas últimas horas sob uma tempestade de chamadas telefónicas e mails, sufocando comunicações, websites de representantes e agitando o Twitter através da campanha “Fuck You Washington”.
A dívida pública norte-americana é de 14300 biliões de dólares, equivalente a cerca de 100 por cento do PIB, e, mais do que a definição do limite da dívida, o que divide os dois partidos do sistema de poder norte-americano são os conteúdos das reduções de gastos que devem acompanhar esse aumento. Os republicanos pretendem cortes entre 2700 e três mil biliões e os democratas vão até aos mil biliões contando com mais 1200 biliões que venham a resultar das retiradas do Afeganistão e do Iraque.
Os números nem sempre dão uma ideia da envergadura dos montantes envolvidos, o que levou um website a defini-la graficamente a partir da acumulação de notas de cem dólares de modo a perfazerem o total da dívida do Estado federal norte-americano. Os resultados podem ser encontrados aqui .
As agências de notação, que mantêm a dívida norte-americana sob pressão, consideram que sem cortes de despesas de quatro mil biliões não haverá condições para travar a “indisciplina orçamental”.
A imprensa norte-americana recorda que desde que o aumento da dívida norte-americana se tornou vertiginoso, a partir das administrações Reagan nos anos oitenta, os limites já foram alterados cerca de 40 vezes, o que torna inusitado o prolongamento da resistência republicana em relação ao tecto. Alguma imprensa europeia lembra também que os alargamentos dos limites das dúvidas públicas são frequentes em Estados da União Europeia, inclusivamente na Alemanha, que em 1949 estabeleceu na sua Constituição um limite para o défice e logo deixou de cumprir essa norma.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dilma adota cotas para negros em Programa de Bolsas





Numa mudança de posição considerada surpreendente em relação ao Governo do seu antecessor, a Presidente Dilma Rousseff decidiu adotar cotas para negros e indígenas como critério para a escolha dos 100 mil bolsistas do “Programa de Bolsas no Exterior Ciência sem Fronteiras”, lançado, ontem, terça-feira (26/07), no Palácio do Planalto.
A presidente anunciou que haverá reserva de vagas para estudantes negros e indígenas, em percentual que não especificou. Também garantiu que a questão de gênero será levada em conta na escolha.
Durante seus dois mandatos, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva não adotou cotas para negros nos programas de Governo e teria trabalhado para retirar qualquer menção ao tema no Estatuto da Igualdade Racial, que acabou sendo aprovado sem cotas, contrariando setores expressivos do movimento negro.
A decisão foi anunciada por Dilma, após ouvir o discurso do reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, de S. Paulo, e o ex-reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar de Almeida Filho. 
A Palmares, uma iniciativa da ONG Afrobras dirigida por Vicente, e custeada com a mensalidade dos seus alunos e apoio de bancos e empresas privadas, tem a maioria do seu corpo docente (cerca de 87%) constituído por negros. Segundo o ex-reitor da UFBA a deficiência em Língua estrangeira é o maior entrave para a participação dos estudantes da rede pública no Programa.

Silêncio entre empresários

A presidente pediu que os empresários banquem outras 25 mil bolsas, uma vez que o Governo se propõe a assumir 75 mil das 100 previstas no Programa, porém, representantes da Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo, da Associação Brasileira de Infraestruturua e Indústrias de Base (Abdib), da União Nacional de Cana de Açúcar (Única) e da Câmara Brasileira da Construção (CBIC), não se manifestaram.
O programa de bolsas do Governo é estimado em R$ 3,1 bilhões e tem como prioridade cursos de engenharia, além de outras áreas tecnológicas e de licenciatura em ciências exatas. A decisão da Presidente em abandonar a seleção totalmente por mérito foi recebida com surpresa por assessores.
Dilma afirmou que não há contradição em combinar mérito com outros critérios como a questão "relativa a gênero e a questão étnica”.



terça-feira, 26 de julho de 2011

Alunos vêem escola somente como preparação para o mercado

Tal mentalidade só interessa aos piratas da educação



A noção de que a escolaserve para preparar para o mercado de trabalho é muito presente nos alunos, mas as atividades desenvolvidas nela não correspondem a essas expectativas.
Essa é uma das conclusões de Flávia da Silva Ferreira Asbahr em sua tese de doutorado, intitulada Por que aprender isso, professora? Sentido pessoal e atividade de estudo na psicologia histórico-cultural, apresentada no Instituto de Psicologia (IP) da USP.
Flávia é psicóloga escolar há dez anos e conta que observava que a aprendizagem por ela mesma não era um motivo que levava os estudantes àescola. Seu estudo, cujo objetivo era investigar o sentido que as crianças atribuíam à escola e quais suas motivações para irem até lá, constatou que a ideia de um ambiente que capacita para o mercado de trabalho é muito forte.
Para a pesquisadora, as atividades realizadas pelas instituições não condizem com a visão que seus alunos têm, o que faz com que, num primeiro momento, elas percam seu sentido.
Deste modo, a formação desejada acaba ocorrendo por intermédio de outros fatores. Segundo ela, o nosso modelo escolar é muito antigo e tradicional, e “nem sempre a forma com que o conteúdo é trabalhado reflete as necessidades das crianças ou adolescentes. Não é que elas não se interessam, é o jeito que é passado que as deixa distante de suas realidades”.
Para o estudo, orientado por Marilene Proença Rebello de Souza, a psicóloga passou um ano junto a uma sala da quarta série do ensino fundamental de uma escola pública municipal de São Paulo. Flávia explica que na quarta série as crianças já estão no fim de um ciclo escolar e possuem capacidade para fazer uma análise de seu ambiente de estudo.
Neste período, a pesquisadora observou o cotidiano das crianças, criou situações orientadas de aprendizagem, realizou atividades em grupo para que os alunos pudessem falar sobre o tema por meio de brincadeiras e, por fim, fez entrevistas individuais com a professora e algumas crianças.
 Das conclusões obtidas, Flávia surpreendeu-se com a importância dos vínculos de amizade. Segundo ela, o papel dos amigos é muito forte e eles são um motivo para ir à escola, o que acaba entrando em contradição com o método utilizado:
– As crianças chegam, tem de sentar separadas dos amigos, não podem conversar. Ou seja, não se incentiva esse vínculo, é tudo muito individual. Na escola, as características próprias da criança não são aproveitadas, elas não aprendem a trabalhar em grupo –, acrescenta.
A psicóloga destaca, em sua tese, a grande importância do professor no processo de formação escolar e nos motivos da aprendizagem. Para ela, são eles que fazem com que os alunos verdadeiramente aprendam e que os auxiliam a perceber a importância daquele ambiente e do conteúdo.
– Um dos grandes desafios do professor é saber como criar ou lidar com ações que produzam esses motivos pra aprender –, completa.
Flávia acrescenta que a própria estrutura das escolas públicas acaba fazendo o trabalho dos docentes perder a prática pedagógica: a organização é burocrática, os professores são mal remunerados e, por isso, precisam fazer muitos turnos, as turmas têm muitos alunos (o que dificulta o cuidado individual), um professor não conhece o trabalho do outro.
Deste modo, a pesquisadora acredita ser necessário mudar um pouco a cultura escolar, pois a escola e os professores precisam saber como olhar para as crianças para realizarem a prática pedagógica.
A base teórica utilizada para a pesquisa foi a Psicologia Histórico-Cultural, ramo da psicologia surgido no início do século XX, na União Soviética. Os psicólogos da época preocupavam-se com a construção de um homem novo, e dedicavam atenção especial à educação, visto que a maior parte de sua população era analfabeta.
Deste modo, a psicologia histórico-cultural cria uma nova psicologia para tratar do homem comum e suas atividades. Ela compreende o desenvolvimento humano a partir da periodização de atividades principais realizadas ao longo da vida.
Destas atividades, Flávia escolheu o estudo, que é a principal ocupação das crianças em idade escolar. A parte teórica de sua pesquisa é composta por uma investigação bibliográfica, cujo produto são sínteses teóricas sobre o objeto estudado. A pesquisadora enfatiza que a teoria tem grande importância em seu trabalho, complementando e dando respaldo a seu trabalho de campo.
A psicóloga acredita que a maior contribuição de sua pesquisa foi mostrar o que as crianças têm a dizer sobre o ambiente que frequentam e o modelo educacional, mostrando a opinião delas e sua contribuição.
– Há muitas políticas educacionais que olham por fora da escola, mas deveriam olhar por dentro. Ao menos teoricamente, a escola tem que servir às crianças, por isso é importante saber o que elas pensam.
Além disso, ela vê em sua tese uma contribuição para os professores pensarem suas práticas, já que, sabendo o que os alunos pensam, fica mais fácil bolar atividades que correspondam às suas expectativas com a escola.




Crescimento da extrema direita no mundo todo, fortalecimento do fanatismo religioso, crise aguda nas potências centrais do capitalismo, dispersão da esquerda, nova ofensiva imperialista. Estaríamos vivendo uma conjuntura semelhante a dos anos 30 do século passado?


Todo mundo sabe no que foi dar a conjuntura de turbulência internacional dos anos 1930. Seja como farsa, seja como tragédia, a humanidade só tem a perder perante um novo conflito de largas proporções.



Conselho de Segurança debate pleito palestino a Estado-membro da ONU

Está chegando o dia


O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou nesta terça-feira um debate sobre a decisão dos palestinos de pleitear, em setembro, o status de Estado-membro da ONU.
Os palestinos culpam o fracasso no processo de paz com Israel, patrocinado pelos Estados Unidos, por sua decisão de tentar ingressar unilateralmente na ONU.
A iniciativa palestina tem o apoio dos países árabes, mas os Estados Unidos – que têm poder de veto no CS – e Israel pediram a eles que voltem à mesa de negociações.
Já a União Europeia está preocupada que a medida possa levar a um confronto diplomático e a possíveis episódios de violência.
O coordenador da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, pediu nesta terça que tanto palestinos quanto israelenses trabalhem no sentido de buscar uma solução que contemple a coexistência de dois Estados e instou a comunidade internacional a apoiá-los.
O debate desta terça foi o último antes que o assunto seja oficialmente levado à pauta do organismo em setembro.



Rafael Correa: Sentença penaliza liberdade de extorsão não de expressão


Imagen activa(Prensa Latina) O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou que a sentença judicial contra o ex-chefe de La Opinión e três diretores do jornal El Universo é uma meta histórica, que penaliza a liberdade de extorsão, não a liberdade de expressão. 
Coloca um precedente em frente a uma prática comum que é insultar e difamar em nome da liberdade de expressão, sublinhou Correa depois de ressaltar que faz parte de uma das batalhas mais duras contra um dos poderes maiores do Equador e de toda América Latina. 
Até há pouco, agregou ao referir ao poder dos meios privados de imprensa, criam-se factóides, não tinham escrúpulos, nem os têm, mas a partir de agora vão ter que pensar duas vezes seus excessos.
O juiz Décimo Quinto Penal da província Guayas, Juan Paredes, sentenciou a três anos de prisão a Emilio Palácio (ex-editor de la Opinión) e Carlos, César e Nicolás Pérez (diretores), e ordenou-lhes o pagamento de somas milionárias à companhia.
Em um duro discurso pronunciado ontem à noite no marco de uma sessão popular pelo aniversário 476 da cidade costeira de Guayaquil, Correa advertiu que agora não só o que infama pode ser processado, senão também os que coadunan a publicação dessas calunias.
A liberdade de expressão nunca pode implicar a liberdade de difamação e destruição de honras alheias, ressaltou, e denunciou que a armadilha dos donos de meios era se conseguir a qualquer desqualificado para que lança lodo à direita e à esquerda.
Para que estes manchem a honra daqueles que queriam perseguir, e depois os donos se lavavam as mãos dizendo que era opinião do articulista, esclareceu. Palácio é o autor do artigo "Não às mentiras" (publicado no Universo, de 6 de fevereiro de 2011) no que acusa a Correa de ordenar abrir fogo contra um hospital cheio de civis e inocentes durante a tentativa golpista de 30 de setembro de 2010.
Durante seu discurso, Correa refutou os rumores que o acusam de querer se fazer milionário com a indenização e reiterou que, de ficar a sentença em firme, nem um só centavo será para seu patrimônio pessoal e irá integralmente ao projeto Yasuní ITT.
Temos que terminar de uma vez e para sempre com o pretendido estado de opinião e instaurar o estado de direito. Já basta de tanto linchamento e manipulação mediática, enfatizou o Mandatário.





segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sete em cada dez brasileiros consideram que a cor ou raça influencia o trabalho

Só os racistas não reconhecem o preconceito no Brasil


Dados do IBGE apontam racismo em relação ao trabalho, polícia/justiça e convívio social
Mais da metade da população brasileira (63,7%) reconhece que a cor ou a raça exerce efeitos diferentes nas relações cotidianas. A constatação é de pesquisa divulgada na sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, o trabalho, citado por 71% dos entrevistados, é a situação cotidiana que mais sofre influência da cor e da raça. Em seguida, aparecem as relações com a polícia/Justiça (68,3%) e no convívio social (65%). O levantamento foi feito em 15 mil domicílios de cinco estados e no Distrito Federal, em 2008.
A Pesquisa das Características Etnorraciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça foi feita no Amazonas, na Paraíba, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Mato Grosso e no Distrito Federal. Do total dos entrevistados, 96% souberam se autoclassificar.

domingo, 24 de julho de 2011

Noruega e Israel


La masacre cometida el 22 de julio en Noruega se desarrolló en un contexto al que merece la pena prestar atención. Ha habido dos atentados, uno contra la sede del gobierno y otro en la isla de Utøya, con una diferencia de dos horas entre ambos.
En la isla de Utøya se celebraba una reunión-campamento de la Liga Juvenil de Trabajadores del Partido Laborista (Arbeidaranes Ungdomsfylking, AUF, por sus siglas en noruego) cuyo representante, Eskil Pedersen, es uno de los defensores más importantes del boicot a Israel en Europa, y con posicionamientos de gran importancia.

Boicot a Israel

La implicación de Noruega en el boicot a Israel es fundamental y hiere sensibilidades. El boicot universitario fue liderado por una de las instituciones académicas más importantes de Noruega, la Universidad de Bergen, que tiene intención de imponer un boicot académico contra Israel por un comportamiento que califica de similar al del apartheid (YNET, 24 de enero de 2010); la acompañó la junta rectora de la Universidad de Trondheim, donde se discutió y votó si unirse o no al boicot académico contra Israel.
Hace solo unos meses, en abril, este boicot universitario dio sus frutos y el propio Alan M. Dershowitz estuvo en Noruega y se ofreció a impartir conferencias sobre Israel en las tres universidades más importantes, si bien todas rechazaron su oferta, aunque sí habían sido invitados allí Ilan Pappé, o a Stephen Walt. La queja de Desrhowitz contra el «boicot de Noruega a los oradores pro-israelíes» se puede leer en el siguiente enlace: http://soysionista.blogspot.com/2011/04/el-boicot-de-noruega-los-oradores-pro.html.
El Ministro de Asuntos Exteriores de Noruega, Jonas Gahr Støre, dijo lo siguiente el día anterior a la masacre: «La ocupación debe terminar, el muro se debe demoler y hay que hacerlo ya»… y lo hizo en el mismo campamento donde se produjo la matanza (fuente: http://tinyurl.com/3zhsj4w).

Es posible que tu navegador no permita visualizar esta imagen. 
Pie de foto: La AUF pide boicotear a Israel. Jonas Gahr Store, Ministro de Asuntos Exteriores de Noruega, fue recibido el jueves en el campamento de verano de la AUF que se desarrolla en Utøya, donde escuchó la petición de que Noruega reconozca al Estado palestino. Allí el ministro recorrió el campamento organizado por Eskil Pedersen, dirigente de la AUF (Reuters). 

El miércoles pasado, Eskil Pedersen afirmó que la Liga Juvenil de Trabajadores (AUF) quiere que Noruega imponga un embargo económico unilateral a Israel.
«La Liga Juvenil de Trabajadores tendrá una política más activa en Oriente Próximo y tenemos que reconocer a Palestina. “El dinero solo es dinero”, ahora tenemos que impulsar el proceso de paz hacia otra senda», declaró Pedersen.
Las acciones de BDS (boicot, desinversión y sanciones) fueron apoyadas en enero de 2006 por la Ministra de Economía (http://www.elreloj.com/article.php?id=16385) y se han hecho efectivas en retirada de inversiones. Concretamente, el 23 de agosto de 2010 Noruega comunicó que el Fondo de Petróleo Noruego (Norway Oil Fund) retiraba sus inversiones de la compañía constructora internacional Danya Cebus, que pertenece al fondo de inversiones Africa-Israel. En palabras de la Ministra de Economía «  “El Consejo de Ética enfatiza que la construcción en los asentamientos de los territorios ocupados constituye una violación de la Convencion de Ginebra relativa a la Protección de Civiles en Tiempo de Guerra,” señaló. “Varias resoluciones del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas y opiniones del Tribunal Internacional de Justicia han concluido que la construcción en los asentamientos israelíes en los territorios ocupados palestinos está prohibida bajo esta Convención,” dijo el ministro de Economía Sigbjoern Johnsen en una declaración ». (http://www.nocturnar.com/forum/economia/427216-fondo-noruego-retira-inversiones-de-companias-israelies.html)
La retirada de inversiones también se ha extendido al negocio de armas, y en septiembre de 2009 se canceló la inversión en Elbit, empresa armamentística israelí (http://www.haaretz.com/news/israel-summons-norway-envoy-to-protest-divestment-from-arms-firm-1.8535). Y no sólo han vetado la venta de armas a Israel, sino que en junio de 2010 la Ministra de Eucación noruega hizo un llamamiento internacional para que esta postura de boicot a las empresas armamentísticas israelíes fuese compartida por el resto de la comunidad internacional (http://www.swedishwire.com/nordic/4809-norway-calls-for-boycott-on-arms-to-israel), ante el asesinato por parte de Israel de nueve activistas turcos en el ataque a la Flotilla.
El boicot noruego está apoyado masivamente por la población y, según fuentes israelíes, en el año 2010 el 40 por ciento de los noruegos y noruegas se negaban a comprar productos israelíes (http://www.ynetnews.com/articles/0.7340.L-3898052.00.html)

Apoyo al pueblo palestino

Si Noruega ha destacado en el boicot a Israel, también lo ha hecho en declarar y reconocer a al Estado palestino. El 19 de Julio el presidente palestino Mahmoud Abbas visitó Noruega y el Ministro de Asuntos Exteriores noruego, Jonas Gahr Støre, declaró al informativo de TV2 que Noruega está dispuesta a reconocer al Estado palestino. Esas palabras son las que repitió durante la charla de Utøya: «Estamos dispuestos a reconocer al Estado palestino. Estoy a la espera del texto concreto de la resolución que los palestinos van a presentar ante la Asamblea General de Naciones Unidas en el mes de Septiembre» (fuente: http://english.ruvr.ru/2011/07/19/53408557.html).
En otoño se espera que el presidente palestino Mahmound Abbas exponga la cuestión ante Naciones Unidas, donde pedirá el ingreso en la organización y el reconocimiento del Estado palestino según las fronteras anteriores a la guerra de 1967 y con capital en Jerusalén Este. Ni Estados Unidos ni Europa apoyan la creación de un Estado palestino independiente.
Además, al ex Ministro de Asuntos Exteriores, Kare Willoch, le han regalado hace poco un pasaporte palestino y expresó su apoyo a los palestinos y su situación: «Me he dado cuenta de la muy grave injusticia a la que ha sido sometido el pueblo palestino y que realmente todo el mundo occidental tiene su responsabilidad en ello» (fuente: http://theforeigner.no/pages/news/abbas-to-meet-norwegian-foreign-minister/). 

Reacciones de Israel

Israel no ignora estas acciones. De hecho, el 15 de noviembre de 2010 la prensa israelí publicó que «Noruega incita al odio contra nosotros» (fuente: ynetnews.com), lo que dio lugar a un grave conflicto diplomático. Israel acusó al gobierno noruego de financiar y fomentar la instigación descarada contra Israel. En ese caso la queja era por la financiación y participación de Noruega en la difusión de obras que informan del sufrimiento de la infancia en Gaza.
Este era el texto completo de la noticia:
    Según informes recibidos por el Ministro de Asuntos Exteriores en Jerusalén, el municipio de Trondheim financia un viaje a Nueva York para los estudiantes que intervienen en la obra Monólogos de Gaza, «que trata del sufrimiento de los niños de Gaza como consecuencia de la ocupación israelí».
    La obra, escrita por un palestino de Gaza, se presentará en la sede de Naciones Unidas. La función se suma a una exposición de un artista noruego exhibida en Damasco, Beirut y Amán con la colaboración de las embajadas de Noruega en SiriaLíbano y Jordania.
    La exposición muestra a bebés palestinos muertos junto a cascos del Ejército de Israel que recuerdan a los cascos de los soldados nazis y una bandera israelí empapada en sangre.
    Los noruegos también contribuyen a distribuir en festivales de cine de todo el mundo un documental titulado Tears of Gaza («Lágrimas de Gaza»). Según el Ministro de Asuntos Exteriores, la película también trata del sufrimiento de los niños de Gaza sin mencionar a Hamas, los cohetes disparados en Israel y el derecho de este último a defenderse.
    En la película aparecen habitantes de Gaza cantando Itbah al-Yahud, pero la traducción noruega dice «masacrad a los israelíes» en lugar de «masacrad a los judíos».
    Además, se ha publicado hace poco un libro escrito por dos médicos noruegos que fueron los únicos extranjeros en Gaza que concedieron entrevistas durante la Operación Plomo Fundido. El libro, que acusa a los soldados del Ejército de Israel de matar deliberadamente a mujeres y niños, es un éxito de ventas en Noruega y ha sido calurosamente recomendado nada menos que por el ministro noruego de Asuntos Exteriores, Jonas Gahr Støre.
    La embajada israelí en Noruega ha protestado enérgicamente contra la implicación de las autoridades en la demonización de Israel. «La política oficial y manifiesta de Noruega habla de comprensión y reconciliación --dijo el domingo por la noche una autoridad israelí--, pero desde la guerra de Gaza, Noruega se ha convertido en una superpotencia en lo que se refiere a exportar material multimedia orientado a deslegitimar a Israel mientras emplea el dinero de los contribuyentes noruegos a producir y difundir esos materiales».
    Daniel Avalon, vice-ministro de Asuntos Exteriores, ha declarado en una reunión con miembros del parlamento noruego que «este tipo de actividad aleja las posibilidades de reconciliación y favorece una radicalización de la posición palestina que les impide negociar».
    Los noruegos han respondido a las críticas israelíes diciendo que el gobierno apoya la libertad de expresión y que no intervendrá para alterar el contenido de obras de arte.
La prensa israelí ha publicado más artículos destacando que las relaciones entre ambos Estados no pasan definitivamente por su mejor momento. Hay que añadir que Noruega siempre ha mantenido conversaciones con Hamas desde que se formó un gobierno de unidad en 2007, distanciándose así de la postura estadounidense y europea (http://www.norway.org.ps/News_and_events/Press_Release/Facts_about_Norway%E2%80%99s_position_with_regard_to_Hamas/) y molestando profundamente a Israel, como era de esperar (http://news.bbc.co.uk/2/hi/6470669.stm).
Las malas relaciones se vuelven a poner de manifiesto en las declaraciones del propio Presidente de Israel, Simon Peres, quien en mayo de 2011 dijo que dialogar con Hamas es apoyar a esta organización terrorista, a lo que Jonas Gahr Støre -Ministro de Asuntos Exteriores noruego- respondió: «condenamos a las organizaciones que están implicadas en el terrorismo, pero Noruega considera que tener unas listas en las que incluir a una organización para calificarla de terrorista no sirve a nuestros objetivos» (http://www.newsinenglish.no/2011/05/06/peres-criticizes-norway-on-hamas/).
Parece que son los noruegos quiénes están poniendo sobre la mesa la «definición de terrorismo», una simple etiqueta que da nombre a unas listas y condena inmediatamente a millones de personas a un bloqueo genocida o a un ataque mortífero.
Curiosamente, el «terrorista» noruego acusado de esta masacre, Anders Behring Breivik, está siendo señalado como titular de un blog llamado «Fjordman» y sus mensajes llevan tiempo apareciendo con enlaces en Jihad Watch y Gates of Vienna http://www.wakeupfromyourslumber.com/blog/joeblow/zionists-admit-breivik-fjordman-breivik-rightist-mass-murderer-atlas-shrugged-contribut). Si esto es así, el blog de Fjordman muestra que Breivic sería un extremista neocon que odia a los inmigrantes y especialmente a los musulmanes y, además pro-israelí; véase el blog, «por qué la lucha de Israel también es nuestra lucha» (http://vladtepesblog.com/?p=21434).
Podría ser que, al final, los tentáculos del Estado de Israel no estén tan lejos de esta matanza; al fin y al cabo no habría sido la primera que cometen ni, lamentablemente, será la última. Eso sí, la Liga Juvenil de Trabajadores Noruega (AUF), el Ministro de Asuntos Exteriores noruego y su gobierno al completo han recibido un tremendo golpe.
Justamente quienes más se han posicionado en el rechazo a la política genocida de Israel hacia el pueblo palestino son quiénes más sufren, previamente advertidos por Israel de su «tremenda osadía»… algo que en el lenguaje israelí significa que se pagan las consecuencias. 

*María José Lera es profesora de la Universidad de Sevilla y Ricardo García Pérez es traductor.