A polícia que mata, e não cansa de matar
Apenas 30% dos casos de resistência seguida de morte registrados nos últimos três meses, no estado de São Paulo, foram esclarecidos. No período, 129 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais civis e militares e guardas metropolitanos. Somente em uma situação foi comprovada conduta ilegítima do policial, que foi preso e responde processo por homicídio.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar as ocorrências dessa natureza no mês de abril. A pressão popular cresceu após uma testemunha narrar a execução de um jovem – pelo Disk Denúncia – em um cemitério, no município de Ferraz de Vasconcelos.
Em Audiência Pública realizada recentemente na Assembleia Legislativa, o Comitê Contra o Genocídio da População Negra protocolou um documento com exigências endereçadas ao Governo do Estado e aos parlamentares. Entre elas, o fim dos autos de resistência seguida de morte.
No dia 13 de maio deste ano, policiais militares tentaram impedir uma manifestação organizada pelo Comitê, em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo. Eles apreenderam faixas e cartazes nos quais constavam denúncias sobre o elevado número de jovens mortos pela Polícia no estado.
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