sábado, 30 de julho de 2011

Saga de Morte e Vida Severina ganha animação em 3D; assista

Das paisagens áridas e secas do interior de Pernambuco sai o retirante Severino. Para escapar da morte lá “morrida antes dos trinta” e em busca de melhores condições de vida, o retirante segue rumo ao litoral. 

Em sua romaria, Severino usa o rio Capibaribe como guia e, por todos os lugares em que passa, dá de cara com a morte e com a vida “severina” – aquela que para ele é “a vida mais vivida do que defendida”.






Produzida pela TV Escola, a versão animada do livro de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal Pernambucano, se baseia também nos quadrinhos do cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens da história, publicada originalmente em 1956.

Ao chegar à primeira cidade do Agreste, Toritama, o retirante-lavrador pergunta ansioso por trabalho. A mulher da janela prontamente responde que trabalho é o que não falta para quem sabe trabalhar. O grande ofício a que a senhora faladeira se refere é a própria morte. Só tem lugar em Toritama que sabe fazer da morte profissão – coveiro, farmacêutico e rezador.

O retirante segue seu caminho e encontra as doces e férteis terras da Zona da Mata. “De certo, a gente daqui jamais envelhece antes dos trinta. Nem sabe da morte em vida.” A primeira impressão é de que lá as pessoas nem devem trabalhar. Mas, não demora muito, Severino encontra um cemitério e mais uma vez, frente a frente com a morte, entende a ínfima “parte que lhe cabe deste latifúndio”.

Mesmo encantado com a terra das farturas – onde o rio Capibaribe passa a ser perene –, Severino resolve “apressar a ladainha” e ir embora para o Recife. Na Zona Metropolitana, ouve uma conversa entre dois coveiros. O tema do falatório mais uma vez é a velha conhecida.

Os homens falam sobre como a morte recebida, por gente pobre e por gente rica. No bairro de Casa Amarela morrem os artistas, os intelectuais, os jornalistas. Agora, em Santo Amaro é lugar de gente que vem de longe, “gente sofrida”, que encontra com o mar e não tem como continuar.

Com o fim do curso do Capibaribe é que se finda a saga deste e de outros Severinos. Do agreste ao litoral, de substantivos a adjetivos, iguais em tudo na vida. 





5 comentários:

  1. Grata, Cappa. Ass: mdfte, Clau, SEM QUALQUER REGIONALISMO ...
    E Sampa continua assim, vamos saudar um pouco o Caê, nem sempre riponga filosofal da espaçonave: QUANDO EU TE ENCAREI FRENTE A FRENTE NÃO VI O TEU ROSTO, CHAMEI DE MAU GOSTO O QUE VI, DE MAU GOSTO MAU GOSTO.... É QUE NARCISO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO...
    Seu blog p/ mim um só conceito, por excelência, INTERESSANTE... AMO AS POSTAGENS CULTURAIS, DÁ ÊXTASE!

    ResponderExcluir
  2. Por que vc não se identificou mdfte Clau? Valeu pelos elogios, valeu tb Virginia, beijão para as duas!!!

    ResponderExcluir
  3. oie
    sou isabella estudo no 6 ano na escola justiniano jose machado em pontalina GO , minha professora Sandra passou um prova sobre eese filme '' MORTE VIDA SEVERINO ANOMAÇAO '' so que a perdunta foi sobre a fe se severino , porem, nao me ajudou muito mais deu uma ajudinha nessa prova .BRIGADAO

    ResponderExcluir