Das paisagens áridas e secas do interior de Pernambuco sai o retirante Severino. Para escapar da morte lá “morrida antes dos trinta” e em busca de melhores condições de vida, o retirante segue rumo ao litoral.
Em sua romaria, Severino usa o rio Capibaribe como guia e, por todos os lugares em que passa, dá de cara com a morte e com a vida “severina” – aquela que para ele é “a vida mais vivida do que defendida”.
Produzida pela TV Escola, a versão animada do livro de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal Pernambucano, se baseia também nos quadrinhos do cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens da história, publicada originalmente em 1956.
Ao chegar à primeira cidade do Agreste, Toritama, o retirante-lavrador pergunta ansioso por trabalho. A mulher da janela prontamente responde que trabalho é o que não falta para quem sabe trabalhar. O grande ofício a que a senhora faladeira se refere é a própria morte. Só tem lugar em Toritama que sabe fazer da morte profissão – coveiro, farmacêutico e rezador.
O retirante segue seu caminho e encontra as doces e férteis terras da Zona da Mata. “De certo, a gente daqui jamais envelhece antes dos trinta. Nem sabe da morte em vida.” A primeira impressão é de que lá as pessoas nem devem trabalhar. Mas, não demora muito, Severino encontra um cemitério e mais uma vez, frente a frente com a morte, entende a ínfima “parte que lhe cabe deste latifúndio”.
Mesmo encantado com a terra das farturas – onde o rio Capibaribe passa a ser perene –, Severino resolve “apressar a ladainha” e ir embora para o Recife. Na Zona Metropolitana, ouve uma conversa entre dois coveiros. O tema do falatório mais uma vez é a velha conhecida.
Os homens falam sobre como a morte recebida, por gente pobre e por gente rica. No bairro de Casa Amarela morrem os artistas, os intelectuais, os jornalistas. Agora, em Santo Amaro é lugar de gente que vem de longe, “gente sofrida”, que encontra com o mar e não tem como continuar.
Com o fim do curso do Capibaribe é que se finda a saga deste e de outros Severinos. Do agreste ao litoral, de substantivos a adjetivos, iguais em tudo na vida.
Produzida pela TV Escola, a versão animada do livro de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal Pernambucano, se baseia também nos quadrinhos do cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens da história, publicada originalmente em 1956.
Ao chegar à primeira cidade do Agreste, Toritama, o retirante-lavrador pergunta ansioso por trabalho. A mulher da janela prontamente responde que trabalho é o que não falta para quem sabe trabalhar. O grande ofício a que a senhora faladeira se refere é a própria morte. Só tem lugar em Toritama que sabe fazer da morte profissão – coveiro, farmacêutico e rezador.
O retirante segue seu caminho e encontra as doces e férteis terras da Zona da Mata. “De certo, a gente daqui jamais envelhece antes dos trinta. Nem sabe da morte em vida.” A primeira impressão é de que lá as pessoas nem devem trabalhar. Mas, não demora muito, Severino encontra um cemitério e mais uma vez, frente a frente com a morte, entende a ínfima “parte que lhe cabe deste latifúndio”.
Mesmo encantado com a terra das farturas – onde o rio Capibaribe passa a ser perene –, Severino resolve “apressar a ladainha” e ir embora para o Recife. Na Zona Metropolitana, ouve uma conversa entre dois coveiros. O tema do falatório mais uma vez é a velha conhecida.
Os homens falam sobre como a morte recebida, por gente pobre e por gente rica. No bairro de Casa Amarela morrem os artistas, os intelectuais, os jornalistas. Agora, em Santo Amaro é lugar de gente que vem de longe, “gente sofrida”, que encontra com o mar e não tem como continuar.
Com o fim do curso do Capibaribe é que se finda a saga deste e de outros Severinos. Do agreste ao litoral, de substantivos a adjetivos, iguais em tudo na vida.
Grata, Cappa. Ass: mdfte, Clau, SEM QUALQUER REGIONALISMO ...
ResponderExcluirE Sampa continua assim, vamos saudar um pouco o Caê, nem sempre riponga filosofal da espaçonave: QUANDO EU TE ENCAREI FRENTE A FRENTE NÃO VI O TEU ROSTO, CHAMEI DE MAU GOSTO O QUE VI, DE MAU GOSTO MAU GOSTO.... É QUE NARCISO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO...
Seu blog p/ mim um só conceito, por excelência, INTERESSANTE... AMO AS POSTAGENS CULTURAIS, DÁ ÊXTASE!
Ficou belíssima a animação
ResponderExcluirPor que vc não se identificou mdfte Clau? Valeu pelos elogios, valeu tb Virginia, beijão para as duas!!!
ResponderExcluiroie
ResponderExcluirsou isabella estudo no 6 ano na escola justiniano jose machado em pontalina GO , minha professora Sandra passou um prova sobre eese filme '' MORTE VIDA SEVERINO ANOMAÇAO '' so que a perdunta foi sobre a fe se severino , porem, nao me ajudou muito mais deu uma ajudinha nessa prova .BRIGADAO
De nada Isabela, beijinho!
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