sexta-feira, 7 de maio de 2010

GOVERNO BOLIVIANO DENUNCIA PLANO PARA DERRUBÁ-LO


O povo da América Latina está escolado com as velhas táticas sujas da direita



O governo da Bolívia afirmou hoje que a greve geral convocada pela Central Operária Boliviana (COB) para próxima segunda-feira, sem um prazo para ser finalizada, faz parte de um plano da direita para derrubá-lo.
O vice-presidente do país, Álvaro García Linera, declarou que, a partir de sua experiência sindical, sabe que uma greve geral é declarada seu objetivo é "político" e visa "derrubar governos".
Nesse caso, é a "direita fascista e cavernosa" que promove a paralisação e pediu para os trabalhadores "não caírem no jogo dessa gente", ressaltou. García Linera afirmou ainda não duvidar que "alguns funcionários da embaixada norte-americana" estejam por trás das mobilizações.
O vice do mandatário Evo Morales também acusou os dirigentes fabris, que lideram os protestos, de serem "os mesmos" que levaram a gestão do presidente Hernán Siles Zuazo, da Unidade Democrática Popular (UDP), ao fracasso, em 1985, após o início do novo ciclo de governos democráticos no país, e advertiu que a atual administração "não cairá nesse jogo".
Por outro lado, García Linera, que está no comando do Executivo devido a uma viagem de Morales a Nova York, reconheceu o direito dos trabalhadores de realizar uma marcha de 200 quilômetros que deverá ser percorrida a pé de Caracollo à capital La Paz.
Nesse sentido, ele se ofereceu a negociar sobre as novas leis trabalhistas do país, uma das reivindicações dos grevistas. "Nenhuma lei que tenha a ver com os trabalhadores irá para a Assembleia Legislativa sem consultá-los".
Desde a semana passada, diversos setores da sociedade boliviana protestam por um aumento salarial mais expressivo do que os 5% ratificados pelo governo e exigem um acréscimo mínimo de 12%.
O vice-presidente reiterou a negativa à reivindicação alegando que, além de pagar salários a 400 mil empregados diretos do Estado, também são custeados cerca de US$ 400 milhões [equivalente a R$ 733,8 milhões] em bônus a estudantes e idosos, além dos preços dos alimentos e dos combustíveis, que são subsidiados com um montante similar.




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