sábado, 1 de maio de 2010

Marcha da Maconha reúne 1.500 pessoas na orla do Rio



Marcha da Maconha reúne 1500 pessoas no RioMarcha da Maconha reúne 1500 pessoas no Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

Cerca de 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da Marcha da Maconha,realizada na tarde deste sábado (1°) na orla da Zona Sul do Rio. Para os organizadores, no entanto, o evento reuniu de três a quatro mil pessoas. Embalados pelo som da banda Vegetal, os manifestantes cantaram e

No final da marcha, no Arpoador, os manifestantes acenderam velas para lembrar as vítimas da guerra do tráfico de drogas. Segundo o organizador do evento, Ricardo Cinco, se o uso da droga fosse legalizado e descriminalizado, não haveria tanta morte a se lamentar na cidade.

A marcha, que saiu do Jardim de Alah, no Leblon, começou com cerca de 300 pessoas e 45 minutos de atraso. Os organizadores tiveram dificuldade para liberar o uso do carro de som. Depois de resolvido o problema, os manifestantes, a maioria jovens, saíram pela orla, com
faixas, cartazes e até máscaras com o rosto de ídolos, como Bob Marley, Marcelo D2, Gilberto Gil, Che Guevara e Chico Buarque.

O universitário Diego Mello diz que Jesus usava óleo de cânhamo para curar os doentes
O universitário Diego Mello diz que Jesus usava

óleo de cânhamo para curar os doentes

(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

Como em todos os anos, o ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, marcou presença defendendo uma política menos hipócrita no que se refere às leis contra as drogas.

Cartaz polêmico

Com um cartaz onde se lia "Jesus usava maconha", o universitário Diego Mello, de 21 anos, defendia o uso recreativo e terapêutico da droga, acrescentando que Jesus promovia a cura banhando os doentes em óleo de cânhamo. Diego, que tem de fazer acompanhamento pelo Narcóticos Anônimos desde o ano passado, quando foi detido fumando maconha - diz que existe uma vasta literatura estrangeira que prova isso.

"Fui preso, mas não abandono minhas convicções. Acho que se a maconha fosse liberada viveríamos num mundo muito menos violento e muito melhor. Seguirei lutando sempre”, disse o estudante.

Os irmãos Helena, de 80 anos, e Hélio, de 79, lutam contra a hipocrisia
Os irmãos Helena, de 80 anos, e Hélio, de 79, lutam

contra a hipocrisia (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

Os irmãos Hélio Xavier, de 79 anos, e Helena, 80 anos, moradores da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, fizeram questão de participar da marcha. Com uma hérnia de disco, Helena disse que caminharia o quanto aguentasse.

“Venho aqui defender a legalização, para acabar com essa hipocrisia, com essa violência”, disse Helena.

Hélio, professor aposentado da rede pública em Brasília, conta que, na década de 50, já defendia a descriminalização da droga.

“Continuo coerente e consciente até hoje, defendendo meus pontos de vista”, disse o aposentado, que afirma que vai marchar com os jovens até que a droga seja descriminalizada.

O único incidente registrado durante a marcha ficou por conta de um rapaz, que, flagrado ao pichar um poste e um banco com o desenho da planta, foi detido pela PM.

Manifestantes participam da marcha da maconha, na Zona Sul do RioManifestantes participam da marcha da maconha, na Zona Sul do Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça)

G1

Um comentário:

  1. O FgagáC também estava presente? Não??? Mas ele não é o defensor-mor da descriminalização da maconha? Sujeito covarde!

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