quinta-feira, 20 de maio de 2010

Estudantes pedem 50% dos recursos do pré-sal para educação



Nesta quinta-feira (20), centenas de estudantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Com bandeiras e faixas nas mãos, entoaram palavras de ordem defendendo que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à melhoria da educação pública brasileira. A meta dos jovens, liderados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), é sensibilizar a sociedade e pressionar o Executivo e o Legislativo para a causa.

Manifestação em Brasília - estudantes pelo pré-sal

Jovens ocupam Esplanada

"É fundamental que o pré-sal sirva de instrumento para melhorar a educação do
nosso País”, disse Augusto Chagas, presidente da entidade. Após a passeata, ele declarou que foi “um ato emocionante”. “Mostramos a combatividade do movimento estudantil e trouxemos de volta pauta de interesse nacional”, destacou.

Para Yann Evanovick, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), “a juventude brasileira mostrou que não abre mão dos 50% do Fundo Social do pré-sal". O dirigente estudantil afirmou ainda que “não podemos permitir que o ciclo de mau investimento das riquezas do Brasil continue. Temos que mobilizar a opinião pública para conquistar o direito de que o investimento do pré-sal seja voltado para a educação, porque é bom para o
país. Investir em educação é investir no futuro".

Com essa mobilização, as entidades estudantis esperam que haja maior celeridade na votação, pelo Senado, de emenda ao Projeto de Lei 7/2010, que cria o Fundo Social. A expectativa é de que o PL seja votado até o dia 8.

História

Nos anos 1940 e 1950, a UNE também se dedicou a um grande tema nacional ligado à questão energética, a campanha “O petróleo é nosso”, pela autonomia brasileira na área petrolífera, uma das mais polêmicas e mais lembradas em toda a história brasileira.

Entre 1947 e 1953 o país ficou dividido entre os que defendiam a exploração do petróleo exclusivamente por uma estatal brasileira e os que acreditavam que o refino e distribuição deveriam ser atividades exploradas por empresas privadas estrangeira.

A UNE e grande parte da sociedade encabeçaram a campanha "O Petróleo é Nosso!", série de manifestações de cunho nacionalista em defesa do patrimônio territorial e econômico do país, que resultou na criação da Petrobrás, em 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas.


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