Grandino Rodas, direita barra pesada
Além de não atender às reivindicações do movimento grevista, a USP decidiu atingir o elo mais fraco: nesta segunda-feira, 07/06, por decisão do reitor João Grandino Rodas, cerca de mil funcionários da administração direta tiveram seu ponto cortado. A medida atinge principalmente os empregados que ganham menos, de setores como a prefeitura do campus e da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas). Por conta disso, os membros do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) prometem radicalizar a paralisação.
“É gente que não tem poupança nem o que comer! Uma violência sem tamanho”, denuncia Magno de Carvalho, diretor do sindicato. Após assembleia o sindicato decidiu que haverá uma reunião às 8h dessa terça-feira, 08/06, para discutir com os funcionários a realização de novas ações como forma de forçar a reabrir as negociações. Uma das medidas que pode ser tomada é ocupar o prédio da reitoria – atualmente, apenas o acesso a este prédio, e de outros seis, está bloqueado. Representantes de outros movimentos sociais devem participar da reunião.
Segundo Magno, o reitor havia mandado diretores de unidades de ensino cortarem o ponto dos grevistas, mas estes resistiram à ordem. Os que ameaçaram fazê-lo foram pressionados pelos grevistas e recuaram. O sindicato cobra 16% de reajuste mais R$ 200,00 referentes à reposição salarial, além da volta da isonomia salarial entre funcionários e docentes, prevista em acordo e desrespeitada por João Grandino Rodas, segundo mais votado na eleição para reitor em 2009, mas indicado para o cargo pelo então governador José Serra (PSDB).
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