domingo, 27 de junho de 2010

500 prisões nos protestos contra o G20


Dispositivo policial em Toronto mobilizou 19 mil polícias e custou mil milhões de dólares. Polícia carregou sobre manifestantes pacíficos. Merkel diz que países vão reduzir a metade os défices até 2013.
Manifestação em Toronto. Foto de iwasaround, FlickR
Manifestação em Toronto. Foto de iwasaround, FlickR

Milhares de manifestantes dos movimentos sociais foram violentamente reprimidos pela polícia a poucos quarteirões do lugar onde se reunia a cimeira do G20 – os vinte países mais ricos do planeta – no centro da cidade de Toronto, Canadá.

A polícia afirma que só agiu em resposta aos ataques violentos de manifestantes do chamado Black Block, mas Bill Blair, o chefe da polícia, reconheceu que as forças policiais tiveram de controlar os quase dez mil manifestantes. Um vídeo mostra que a polícia usou bastões e sprays de pimenta para afastar manifestantes que estavam sentados no chão.

Entre os detidos estava um jornalista colaborador do diário britânico Guardian, Jesse Rosenfeld.

Os protestos foram organizados por sindicatos e movimentos sociais em protesto contra as medidas adoptadas na cimeira, que “só favorecem os ricos”.

Apesar das promessas de redução dos défices e de austeridade por parte dos governos, não faltou dinheiro para montar o dispositivo de segurança em tono da cimeira. O Canadá gastou mil milhões de dólares canadianos e mobilizou 19 mil polícias para a segurança do evento.

Merkel: redução de défice para metade

Ainda antes da conclusão da cimeira, a chanceler Angela Merkel disse que os países do G20 vão cortar o défice pela metade até 2013. "Isto constará do documento final", afirmou à imprensa a chefe do governo alemão.

Os Estados Unidos e os chamados países emergentes defenderam a manutenção de certas medidas de estímulo, enquanto a Europa considerava que é momento da austeridade fiscal. As declarações de Merkel apontam para uma possível fórmula intermediária.

Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.



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