domingo, 13 de junho de 2010

Audiência da Copa desaba na Globo; novelas também seguem em baixa








Quem vai pra vala primeiro, o Zé Ladeirão ou a Globo?


Ao que tudo indica, nem a Copa do Mundo — evento de maior audiência no mundo — conseguirá impulsionar a periclitante audiência da TV Globo. O jogo de abertura do Mundial 2010, entre África do Sul e México, rendeu apenas 22 pontos à emissora na Grande São Paulo, de acordo com dados preliminares do Ibope.

A audiência foi 27% menor quando comparada com a abertura da Copa de 2006, que foi transmitida com exclusividade pela Globo na TV aberta. A emissora conquistou 30 pontos com Alemanha x Costa Rica, o jogo inaugural. Cada ponto no Ibope da Grande São Paulo equivale a cerca de 60 mil domicílios.

Já nesta sexta-feira (11), o empate por 1 a 1 entre sul-africanos e mexicanos também foi transmitida pela Band, que alcançou média de cinco pontos na prévia do Ibope, com a bola rolando. A soma de Globo e Band dá 27 pontos, três a menos do que a abertura da Copa de 2006.

Há quatro anos, o jogo de abertura começou às 13 horas, duas horas mais tarde do que hoje. Mas o número de televisores ligados não foi muito diferente. Em 2006, 46% dos televisores da Grande SP estavam ligados no horário do jogo da abertura do Mundial. Hoje, eram 45%. Ou seja, a Globo teve uma queda real de audiência.

Novelas fora dos trilhos

Mesmo a audiência das novelas assusta os executivos da emissora da família Marinho. Hoje, a salvação da dramaturgia da Globo é a novela das seis. É a única que está dentro do ibope esperado — em torno dos 25 e 30 pontos. A das sete, cujo ibope ambicionado pela Globo é de 35 pontos em média, está em 26 pontos. Já a novela das oito, Passione, cujo trilho é de 40 pontos para cima, patina numa média de 30 pontos.

Não bastassem os problemas de audiência, a Globo enfrenta, ainda, a lei. Advertida formalmente pelo Ministério da Justiça, a Globo resolveu reclassificar Passione, indicando que a novela é imprópria para menores de 12 anos — inadequada, portanto, para antes das 20 horas. Até esta semana, aparecia o selo de 10 anos, o que a habilitava a ser transmitida em qualquer horário.

O Ministério da Justiça informou à emissora que o conteúdo da produção, principalmente as cenas sensuais de Maitê Proença, estavam em desacordo com a classificação de 10 anos. O ministério também mostrou descontentamento com cenas de consumo de drogras (aparentemente, anfetaminas e ecstasy) pelo personagem Danilo (Cauã Reymond).

Se a Globo não resolvesse, ela própria, reclassificar Passione, o ministério faria isso. E poderia ser pior para a emissora. A reclassificação do governo poderia ser para 14 anos (21 horas). Em nota oficial, a Globo disse que "a avaliação inicial da emissora fora feita a partir da sinopse e, com o desenvolvimento dos capítulos, decidiu-se por esta adequação [para 12 anos]".

Da Redação, com agências


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