terça-feira, 6 de outubro de 2009

O monstrengo Demétrio Magnoli






Há umas duas semanas atrás Demétrio Magnoli lançou mais um livro (esse lança livro a hora que quiser, pois sempre fala o que a elite branca de olhos azuis quer ouvir), intitulado "Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial". O livro foi lançado no Shopping Villa Lobos, dos mais elitistas de São Paulo, off cource, pois ele não teria coragem de lançar suas obras na FFLCH-USP, faculdade em que se formou. Desde então tem feito uma via sacra pelos programas preferidos da classe média branca deste país, como o JÔ Soares e o Canal Livre, da TV BAND-UDR. Sua tese é de que não há nem nunca houve racismo no Brasil pois jamais tivemos leis segregacionistas, como as que existiram no sul dos EUA e na África do Sul do apartheid. E que o sistema de cotas pode inaugurar o racismo em nossa sociedade. Brilhante raciocínio, as leis precedem os costumes, o racismo é imposto via decreto. Montesquieu foi um grande padeiro do século XVIII, muito chique, um belo boulanger. Somos um povo ordeiro sempre pronto a obedecer qualquer lei, em nosso íntimo, temos um Kant em cada um de nós. Que raciocíniozinho hein senhor Magnoli... Quem lhe pagou deveria lhe dar um puxão de orelha, és um preguiçoso, pesquisinha de Wikipédia, já vi professores esculachando alunos por isso, na mesma faculdade que este picareta estudou, a FFLCH-USP. Quem orientou este espertalhão? Nunca tivemos leis racistas, logo não somos racistas... E leis exigindo rigor acadêmico, temos? É a segunda vez que escrevo sobre o monstrengo Demétrio Magnoli, que foi mastigado pelo grande professor Kabenguelê Munanga. Magnoli foge dos intelectuais, só ousa abrir a boca em tribunas de extrema direita, em meio a boçais, pois seus argumentos não resistem a cinco minutos de debate sério, acadêmico.

Selecionei alguns comentários sobre o monstrengo, se quiserem comentar mais, fiquem a vontade.

Anônimo disse...

O Demétrio esquece que o Haiti ainda pode ser reatualizado através de nossos corpos. Não aguentamos mais tanta falta provocação... BASTA.


Anônimo disse...

Pobre no Brasil nunca teve vez, agora que as universidade estão sendo obrigadas a abrir as portas para eles, vem gente lutando contra, com cara de bonzinho. A elite está na universidade pública desde o início do Brasil, e quem sempre pagou foi o pobre: negros, pardos,indios,brancos. Chegou a nossa vez, chegou a nossa hora, é tempo de colher é tempo de vitória, chô, elite sanguessuga!


Ageu Brito de Almeida disse...

Sinceramente acho que esse lance de racismo que nós negros levamos tanto a sério está nos deixando alienados. Sou negro e sei de todas as dificuldades que enfrentei, porén não foi por causa da cor da minha pele, e sim por minha situação financerio, venho de uma familia muito pobre e so terminei a faculdade aos 35 anos. Mesmo assim graças a Deus e ao meu esforço consegui grandes, vitórias na vida. O problema não é racial e sim social.


Anônimo disse...

Fiquei abestalhado agora no programa do Jô, esse tal Demétrio viaja e disse que é normal os negros não assumirem que são negros.Diz ele que não sabemos o que é racismo por isso negamos nossa raça. Ele consegue convencer alguns, mas a mim não, isso é falta de identidade."Negro é negro e sempre será negro."



MARCELO disse...

Demétrio é uma besta em grau, número, gênero e espécie. Ele diz muita besteira e até é admissível. Ele não sofre e nunca sofreu na pele branca dele o preconceito. Se estivermos eu e ele dentro do carro dele se eu estiver do lado dele estou assaltando, se estiver no volante sou motorista. Ele sempre será o "bonzinho" e eu sempre o "impeciliozinho".


RATO disse...

Agora o tal Demétrio tá no Canal Livre falando asneira. Estão promovendo o cara, isso é inacreditável. Ele deveria ser entrevistado por um apresentador negro e de preferência humilde. Gostaria de ver o Demétrio sem saída.Marcelo



PagodeFM 97*29191 disse...

O diálogo é melhor, seu texto foi muito emocional


cappacete disse...

Diálogo?!? Com os golpistas da mídia corporativa? Demétrio Magnoli escreve por encomenda, duvido que ele de fato acredite no que fala e escreve. Essa gente não quer que os negros tenham acesso a cidadania, não querem que o povo adquira consciência crítica pois assim perdem sua massa de manobra. Esses cães querem que nos negros continuem lotando as penitenciárias e continuem faltando nos bancos das faculdades, são racistas descarados, uns fascistas. Quem não quer o diálogo são eles, para isso eles mandam a polícia!







3 comentários:

  1. A QUESTÃO NÃO PODE SE TORNAR RACIAL...sou branco, com traços misturados, meu pai era mulato e minha mãe branca...SOU O QUE SOU, não o que querem que eu seja... É CANALHICE dizer que sou um ou outro,pois sou a mistura do AMOR de MEU PAI com MINHA MÃE...o resto é MAU CARATISMO dos que usam bandeiras para PREVALESCER...Como disse Mauro Santayana, SÓ HÁ DUAS CLASSES DE HOMENS: OS EXPLORADOS E OS EXPLORADORES...vá à Àfrica e CONFIRA...

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  2. Conversei com um companheiro do movimento negro, que teve coragem de folhear o livro do monstrengo, e o mesmo me disse que o livro em questão não toca no assunto cotas, fala sobre o racismo institucional ao longo da história, mas o objetivo claro do livro é atacar o governo Lula e suas políticas de ação afirmativa, está implícito, mas está lá. Como diria Paulo Francis, não li e não gostei, e nem vou ler o livro deste picareta, não precisa ler para saber a intenção deste farsante. Ele acha que provando por A mais B que não existe o conceito de raça, o racismo não existe, e que este é uma construção do movimento negro. Também concordo que raça não existe, o que existe é etnia, e no Brasil, a etnia negra sofre preconceito, isso é fato.

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  3. Entrando no assunto sistema de cotas. Não somos ingratos mas realistas, programas que o governo cria so beneficia um lado. E esse lado não é o do povo. fazem isso para depois quando chegar na eleiçao dizer" eu fiz isso, criei a quilo" abrem os olhos. tem que investir na educaçao. E nao gastar 30.0000 em auxílio- terno. carol 15 anos

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