sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reajuste para professores vai recuperar apenas um terço das perdas

Às ruas...


Imprensa PT

Apenas um terço das perdas salariais dos professores no Estado de São Paulo, entre 1998 e 2010, serão recuperadas com o reajuste anunciado pelo governo Alckmin, sem contar que o percentual divulgado de 42,2%  não corresponde a realidade. Isto porque, nele está inclusa a incorporação de gratificações que somam R$ 92. Com isso, o percentual do reajuste, de fato, é de 35,5%, divididos em quatro parcelas anuais que se estendem até 2014: 8,5% em 2011(já descontado o valor da gratificação); 10,2% em 2012; 6% em 2013; e 7% em 2014. 

Daqui a quatro anos, este reajuste (35,5%), descontada a inflação, dará um ganho real de cerca de 13%, segundo cálculos da Assessoria Técnica da Bancada do PT. Em contrapartida, as perdas dos professores alcançaram 36,75% de 1998 a 2010. 

Fazendo as contas: a inflação até 2014, projetada na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado (6,5% em 2011; 5% em 2012; 4,5% em 2013 e 4,5% em 2014) chegará a 22,2%. Subtraindo-se este percentual do reajuste concedido pelo governo (35,5% - 22,2%), chega-se ao valor de aumento real em quatro anos: 13%, ou seja, praticamente um terço das perdas.

Alvo de inúmeras críticas, a política de gratificações e bônus que não são incorporadas ao salário, também terão continuidade no governo Alckmin.

Excesso de arrecadação

A Bancada do PT defende há muito tempo que o governo do Estado poderia usar o excesso de arrecadação para ressarcir as perdas dos servidores públicos. Somente em 2011, estão previstos R$ 5 bilhões de arrecadação a mais do que o projetado no Orçamento do Estado.



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