segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cuba denuncia campanha de desinformação dos EUA e da Europa

  
Imagen activa(Prensa Latina) Cuba denunciou hoje as campanhas de desinformação orquestradas pelos Estados Unidos com a cumplicidade de seus aliados europeus e os interesses que controlam os grandes meios de comunicação, em um editorial publicado hoje pelo jornal Granma.

  A mais recente campanha -denunciou- é a tergiversação do falecimento do contrarrevolucionário Wilfredo Soto García.

Com toda falta de vergonha -assinalou o editorial-, se esforçaram para converter uma pancreatite em um assassinato político; uma justificada detenção policial de menos de três horas por violação da ordem, sem o menor uso da força, em um golpe mortal; uma pessoa com antecedentes criminosos, sancionada a dois anos de privação de liberdade, em um dissidente político, vítima de longa condenação.

O povo compartilha o protesto da família cuja dor é ofendida e a indignação dos médicos, aos quais praticamente se acusa de cumplicidade em um homicídio.

Os políticos mentirosos, os meios de imprensa que caluniaram por interesse político e os jornalistas que noticiaram um fato que não existiu, sem tentar uma mínima confirmação, não deveriam ter impunidade. Deveriam, ao menos, confessar o erro e pedir desculpas à família cujo luto não respeitaram, apontou o editorial.

Todos eles calam -continuou a nota- diante dos um milhão de mortos civis no Iraque e Afeganistão, aos quais definem como "danos colaterais", e ante as execuções extrajudiciais com aviões não tripulados em países soberanos.

Guardam prudente silêncio -assinalou o jornal- perante o uso da tortura, escondem a existência de cárceres secretos norte-americanos na Europa, impedem a investigação dos crimes cometidos em Abu Ghraib e na Base Naval de Guantánamo, território usurpado de Cuba, e dos voos secretos da CIA com pessoas sequestradas em outros Estados.

Também não comovem-se diante da forma brutal em que os governos na Europa descarregam nos mais pobres e nos imigrantes as consequências da crise econômica. Olham para outro lado, quando se reprime com inusitada violência desempregados e estudantes nessas sociedades opulentas.

No entanto, andam buscando pretextos para denigrir Cuba. E, na falta destes, os fabricam.

O legislador David Rivera, célebre por corrupção eleitoral e suas campanhas extremistas para eliminar o direito dos cubanos emigrados de viajar a seu país, que há só algumas semanas acusou a presidente Carter de ser "um agente cubano", afirmou sob juramento no Congresso dos Estados Unidos que o falecido "caiu assassinado a golpes e cacetadas no central Parque Vidal de Villa Clara, no domingo passado".

Nem sequer preocupou-se em verificar que até os males intencionados reconhecem que esteve no parque, antes e após a breve detenção, na quinta-feira 5 de maio, e não no domingo, quando já estava hospitalizado. Não surpreende que minta, mas sim que o faça tão desajeitadamente, afirmou a nota.

Um tal Salafranca, parlamentar europeu do Partido Popular, de muitos méritos anticubanos e pró-ianques, que diz que os relatórios sobre os voos secretos da CIA não contribuem dados adicionais e tampa os olhos para abster-se sobre qualquer condenação, assegurou no Parlamento Europeu que a pessoa "faleceu depois de sua detenção e golpes por parte da polícia cubana".

O jornal El País, da Espanha do Grupo Prisa e das confabulações do PP, publicou uma matéria com o título "Morre um dissidente cubano depois de receber uma surra da polícia".

A ABC, historicamente a serviço das piores causas, resenhou "Morre opositor cubano depois de uma surra da polícia castrista". Não lhes interessa confirmar a veracidade dos supostos fatos e nem sequer se preocupam em dissimular a conspiração com títulos diferentes.

Insolitamente, até o próprio Presidente Barack Obama, em Miami e ante uma pergunta da bem tendenciosa corrente Univisión, embora disse que faltavam precisar os detalhes, se pronunciou também sobre os acontecimentos do Parque Vidal que nunca ocorreram.

É curioso que Obama, sempre tão ocupado, possa reter em sua memória o caso de uma pessoa detida em um parque cubano para onde pôde regressar um momento depois.

No entanto, não disse nada e possivelmente nem recorde o rosto agoniado ou o relato da menina iraquiana Samar Hassan, publicado no diário The New York Times, no dia 7 de maio, enquanto narrava a terrível experiência do assassinato de seus pais por uma patrulha norte-americana, quando regressavam do hospital depois de tratar as feridas de seu irmãozinho.

No passado, tratou-se de isolar Cuba e de provocar desordens internas para provocar uma intervenção norte-americana. Que se pretende com estas campanhas? Somente denegrir ou algo pior? Será que aos que movem os fios e a seus assalariados internos encantaria invocar "proteção de civis" para bombardear Havana?

O povo de Cuba -ressaltou o editorial- não se deixará confundir pelos contrarrevolucionários internos que buscam o pretexto midiático para promover um conflito com os Estados Unidos e saberá responder com serenidade e firmeza ante as ações destes mercenários.


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