(Prensa Latina) O Exército líbio intensificou hoje a contraofensiva na ocidental cidade de Misratah, por onde assegura que entram armas e outros fornecimentos aos rebeldes, enquanto o pessoal da ONU abandonou o país rumo à Tunísia. Reportagens de meios televisivos regionais indicaram que a artilharia das tropas leais a Muamar Kadafi continua o assédio à zona portuária da terceira cidade da Líbia, impedindo o atraque de barcos que supostamente realizam trabalhos humanitárias. Um porta-voz do Governo de Trípoli reiterou as acusações de que tanto por terra como por mar há ações encobertas para apoiar os insurgentes que controlam o principal bastião opositor no oeste desta nação norte-africana. Assim como ocorreu no domingo, o alvo fundamental dos projéteis das forças regulares foi o porto para cortar o abastecimento de material logístico aos sublevados, embora os civis também se queixaram de problemas com os fornecimentos de alimentos. Enquanto isso, as operações militares prosseguiram também em torno do povoado de Zintan, nas mãos dos rebeldes e situado ao sudoeste de Trípoli, que foi atacado com foguetes e morteiros pelas forças governamentais para tentar avançar para o local a partir do oriente. Porta-vozes dos rebeldes e informações dos meios noticiosos coincidiram em que desde o domingo há confrontos na área de Al-Rayayna, ao leste de Zintan, em imediações da fronteira com a Tunísia. Precisamente, fontes militares na fronteira líbio-tunisiana confirmaram a saída do país de funcionários da ONU, decisão tomada no domingo depois que várias pessoas incendiaram e destruíram as embaixadas da Grã-Bretanha e da Itália em Trípoli. A destruição dessas embaixadas foi a reação popular a um bombardeio ocorrido no sábado à noite contra a residência de um filho de Kadafi, que morreu no ataque junto a três netos do estadista. A fronteira tunisiana continua recebendo grande afluência de cidadãos líbios que tentam cruzá-la para escapar dos confrontos, incluída a localidade de Dehiba, onde o Exército do vizinho magrebe estabeleceu retenções em seis postos de controle. |
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Combates intensificam em Misratah, enquanto ONU abandonou Líbia
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