O preconceito eterno
Todos os dias negros são vítimas de preconceito em lojas, super-mercados, shopping centers e afins, isso Brasil afora. O racismo está presente nos manuais de segurança, nestes os negros são vistos como marginais padrão, bandidos em potencial e os suspeitos de sempre. O governo, através de seus departamentos voltados ao tema, precisa forçar uma mudança de mentalidade dentro dos aparatos de segurança de nosso país, sejam eles públicos ou privados. Enquanto isso não for mudado, diariamente brasileiros negros serão humilhados, espancados, presos e mortos, apenas por conta de sua etnia. É preciso acabar (ou começar a acabar) com isso de uma vez por todas, cadeia para os racistas.
Boicote a todos os estabelecimentos que permitem atos de racismo em suas dependências!
No último sábado (23), o vigilante Márcio Antonio de Souza foi espancado por um segurança das Lojas Americanas, em Campo Grande (MS), acusado de furtar um ovo de chocolate, comprado em outra loja. Segundo relato da vítima ao site Midiamaxnews, o agressor não pediu a nota fiscal do produto e começou a agredi-lo depois de dizer “você é um ladrão e merece apanhar”.
Marcio garante ter sido alertado por outro segurança a correr, pois “o agressor era violento e lutador de Jiu-jitsu” e poderia matá-lo. As agressões provocaram uma fratura no nariz, ferimentos no olho, além de lesões nos lábios e no maxilar, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML). Marcio será submetido a uma cirurgia para reparar os ferimentos.
Em entrevista à agência de notícias Afropress, o irmão da vítima assegura que a agressão foi motivada por racismo. A unidade das Lojas Americanas não registrou nenhuma ocorrência de furto.
O caso será investigado pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário de Campo Grande, que deve instaurar inquérito para apurar os crimes de racismo, lesão corporal, tortura, ameaça e calúnia.
Em 2009, o vigilante Januário Alves de Santana foi torturado por seguranças depois de ser tomado por suspeito de roubo do seu próprio carro numa loja dos supermercados Carrefour, em Osasco (SP). A vítima foi indenizada por danos morais e materiais. Os agressores foram enquadrados pelo crime de tortura, motivada por discriminação racial, medida inédita no Brasil.
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