quarta-feira, 13 de abril de 2011

Funcionários terceirizados da USP em greve

Nosso apoio a greve dos terceirizados da USP


Sintusp
TERCEIRIZAD@S DA UNIÃO:
A SUA LUTA É NOSSA LUTA!
Desde sexta-feira os trabalhadores da empresa UNIÃO, que presta serviços de limpeza pra USP, estão paralisados exigindo o pagamento de seus salários. Mas mesmo dentro de uma universidade tão renomada como a USP não tem sido uma luta simples. Isso também significa que não é somente nas obras do PAC, Brasil afora, que existem péssimas condições de trabalho: aqui na USP também.

Na USP a terceirização está diretamente ligada com o projeto de privatização da universidade, e por isso o Reitor João Grandino Rodas está buscando todas as vias de avançar na terceirização: seja com a demissão de 270  trabalhadores, seja com a tentativa de enfiar goela abaixo um plano de carreira que corta postos de trabalho, seja atacando os trabalhadores, trabalhadoras e o Sintusp quando se colocam na luta. Por isso devemos lutar pela efetivação de todos os terceirizados sem a necessidade de concurso público, como parte da luta contra a privatização da USP.

Hoje, os trabalhadores da UNIÃO tem que ter garantidos os seus direitos, que começa, pelo recebimento imediato do salário. É necessário exigir a manutenção dos postos de trabalho para todos aqueles que queiram. E deve-se lutar contra faltas ou qualquer punição. Obviamente que uma universidade não pode funcionar se transformada em lixo. Tanto é que na FFLCH as aulas já foram suspensas. Mas quem está transformando a universidade em lixo não são os terceirizados que lutam pelo seu salário, e sim o Reitor João Grandino Rodas e sua política de privatização.

A situação hoje, é de impasse: a empresa UNIÃO está no CADIN (cadastro de inadimplentes) e, portanto, a justiça impede que a USP repasse o dinheiro para a empresa. Seria então um problema jurídico apenas? Não! A empresa UNIÃO não caiu do céu. Ela veio por conta de uma política da Reitoria. Sendo assim, os verdadeiros responsáveis por esta situação é a Reitoria. A possibilidade de pagamento “em juízo” feita hoje por Salvador, como representante da Reitoria, tampouco garante que os salários vão entrar. Quem pode assegurar que a empresa não vai sumir com o dinheiro, como já aconteceu várias vezes?

O Sintusp está prestando todo seu apoio a esta mobilização. Acreditamos que foi de importância significativa a presença do Juiz do Trabalho e Professor da Faculdade de Direito Jorge Luiz Souto Maior durante toda a manifestação. A única maneira de que a heróica luta destes companheiros e companheiras não seja derrotada pelo isolamento será trazendo o apoio de mais professores, intelectuais, artistas, estudantes e trabalhadores efetivos que entrem em sua solidariedade. Não fiquemos calados. Não aceitemos a semi-escravidão.




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