sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aumento do preço dos alimentos "é a maior ameaça aos pobres de todo o mundo“

A afirmação é de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial. Este organismo aponta para uma subida em Março de 36% dos preços dos bens alimentares em relação a 2010. Subida do preço dos alimentos em mais 10% pode empurrar para a pobreza extrema mais 10 milhões de pessoas.
Foto de innpictime (busy... busy... busy... b).

Os mais recentes números do Índice dos Preços Alimentares do Banco Mundial (BM), divulgados na passada quinta-feira, apontam para uma subida de 36 por cento dos preços dos bens alimentares, próximo do máximo histórico registrado pelo BM de 2008. Os dados evidenciam também a manutenção da volatilidade dos preços.
 "É a maior ameaça aos pobres de todo o mundo: os elevados e voláteis preços alimentares", alertou Robert Zoellick, presidente do BM, em conferência de imprensa.
Este responsável considera que os últimos números divulgados "contam uma história cruel e persistente, de uma pressão esmagadora sobre os pobres" e, apesar de não serem a causa directa dos protestos no Médio Oriente e norte de África, são um "factor agravante" destes.
Zoellick alertou também para o facto de uma subida do preço dos alimentos em mais 10 por cento poder empurrar para a pobreza extrema mais 10 milhões de pessoas, que passarão a dispor de menos de 1,25 dólares por dia. Uma subida de 30 por cento implicaria, por sua vez, mais 34 milhões de pessoas na pobreza.
Desde Junho do ano passado, a escalada do custo dos alimentos já empurrou 44 milhões de pessoas para a pobreza.
Uma das propostas avançadas pelo Banco Mundial para contrariar esta realidade passa  pela diversificação da produção para além dos biocombustíveis, de modo a prevenir que milhões de novas pessoas sejam empurradas para a situação de pobreza, devido ao aumento do preço dos alimentos.


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