A afirmação é de Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial. Este organismo aponta para uma subida em Março de 36% dos preços dos bens alimentares em relação a 2010. Subida do preço dos alimentos em mais 10% pode empurrar para a pobreza extrema mais 10 milhões de pessoas.
Os mais recentes números do Índice dos Preços Alimentares do Banco Mundial (BM), divulgados na passada quinta-feira, apontam para uma subida de 36 por cento dos preços dos bens alimentares, próximo do máximo histórico registrado pelo BM de 2008. Os dados evidenciam também a manutenção da volatilidade dos preços.
"É a maior ameaça aos pobres de todo o mundo: os elevados e voláteis preços alimentares", alertou Robert Zoellick, presidente do BM, em conferência de imprensa.
Este responsável considera que os últimos números divulgados "contam uma história cruel e persistente, de uma pressão esmagadora sobre os pobres" e, apesar de não serem a causa directa dos protestos no Médio Oriente e norte de África, são um "factor agravante" destes.
Zoellick alertou também para o facto de uma subida do preço dos alimentos em mais 10 por cento poder empurrar para a pobreza extrema mais 10 milhões de pessoas, que passarão a dispor de menos de 1,25 dólares por dia. Uma subida de 30 por cento implicaria, por sua vez, mais 34 milhões de pessoas na pobreza.
Desde Junho do ano passado, a escalada do custo dos alimentos já empurrou 44 milhões de pessoas para a pobreza.
Uma das propostas avançadas pelo Banco Mundial para contrariar esta realidade passa pela diversificação da produção para além dos biocombustíveis, de modo a prevenir que milhões de novas pessoas sejam empurradas para a situação de pobreza, devido ao aumento do preço dos alimentos.
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