Até na Finlândia
Esquerda.Net
Ascensão histórica da extrema-direita na Finlândia
Enquanto todos os outros partidos perdem votos, a extrema-direita consegue, nas eleições legislativas finlandesas, converter-se na terceira força política. O partido Verdadeiros Finlandeses conquista 39 deputados, contra os 5 alcançados em 2007.
O partido Verdadeiros Finlandeses (True Finns), liderado pelo eurodeputado populista Timo Soini, conquistou os finlandeses com uma campanha de oposição à ajuda financeira da União Europeia a Portugal, que se tornou o tema central na recta final da campanha, e com as suas propostas anti-imigração.
O resultado obtido pelo partido de extrema-direita nas legislativas de 2011 é cerca de oito vezes maior que o obtido pelo partido nas eleições de 2007. Este é o maior avanço de um partido político na história da Finlândia.
O partido Verdadeiros Filandeses (True Finns) registou uma enorme subida de 15 pontos percentuais em relação às últimas eleições legislativas de há 4 anos, quando se ficou pelos 4,1%.
Apesar de os imigrantes só representarem 3,5% da população do país, uma das cifras mais baixas da União Europeia, um dos trunfos do partido foi exactamente as propostas anti-imigração.
O partido Verdadeiros Finlandeses, liderado pelo eurodeputado populista Timo Soini, conquistou também os finlandeses com uma campanha de oposição à ajuda financeira da União Europeia a Portugal, que se tornou o tema central na recta final da campanha.
"Esta é uma grande vitória, é o triunfo do bom senso dos finlandeses, que não querem seguir governados pelos mesmos antigos partidos que estão há décadas no poder", congratulou-se Timo Soini.
O partido conservador Coligação Nacional (National Coalition Party), do ministro da Economia, Jyrki Katainen, ficou em primeiro lugar por uma pequena margem, na frente dos social-democratas. Dos 200 assentos do Parlamento, a Comissão Eleitoral atribuiu 44 à Coalizão Nacional, com 20,4% dos votos, e 42 ao Partido Social Democrata (Social Democratic Party), com 19,1% da votação.
O Partido do Centro (Centre Party) da primeira-ministra, Mari Kiviniemi, foi duramente penalizado pelos eleitores devido aos escândalos de corrupção que levaram à substituição do anterior primeiro-ministro, Matti Vanhanen. Nas urnas, o Partido do Centro conquistou apenas 15,8% dos votos, tendo alcançado 35 assentos parlamentares, menos 17 do que em 2007.
Nas eleições legislativas de domingo, a Aliança de Esquerda (Left Alliance) conquistou 8,1% dos votos, os Verdes (Greens) 7,2%, o Partido do Povo Sueco (Sweedish People’s Party) 4,3% e os Democratas Cristãos (Cristian Democrats) 4%.
A participação dos eleitores nas eleições foi de 70,4%, 2,5 pontos mais alto que nas anteriores legislativas.
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