Autoridades sul-coreanas anunciaram que os exercícios militares com disparos reais em uma ilha situada na fronteira marítima entre os dois países estão previstos para esta segunda-feira (20).
As autoridades locais fizeram o anúncio na ilha de Yeonpyeong, na manhã de segunda-feira (hora local, noite de domingo no Brasil), informou um fotógrafo da agência AFP no local. No entanto, não foi divulgado um horário preciso para a realização dos exercícios.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap também citou militares segundo os quais os exercícios seriam realizados na segunda-feira.
"O Exército decidiu realizar os exercícios hoje (segunda-feira)", disse um oficial não identificado da chefia de Estado-maior conjunta, citado pela agência. "O momento exato dependerá das condições climáticas no entorno da área da ilha". Segundo a agência AFP, há uma espessa neblina no local.
Pyongyang respondeu ao anúncio da relização dos exercícios militares por Seul intensificando o status de alerta ao longo da costa norte-coreana, perto do local planejado para os exercícios.
'Situação de crise'
Enquanto isso, o enviado americano, Bill Richardson, apresentou suas próprias propostas à liderança norte-coreana, em Pyongyang, na tentativa de reduzir a hostilidade crescente.
"É uma situação muito, muito tensa, uma situação de crise", disse Richardson à rede de TV americana CNN, falando da capital norte-coreana.
A Coreia do Sul prevê realizar os exercícios militares com disparos reais perto da ilha Yeonpyeong, na disputada fronteira marítima, assim que melhorarem as condições meteorológicas. A Coreia do Norte, que bombardeou a ilha no mês passado, matando quatro pessoas, alertou para um "desastre" caso as intenções sul-coreanas prosseguirem.
A Coreia do Norte intensificou o nível de prontidão de combate de suas forças na costa do Mar Amarelo, perto do local planejado para os exercícios, segundo uma fonte governamental de Seul, citada pela agência Yonhap.
Uma unidade de artilharia "elevou seu nível de prontidão" e alguns caças foram retirados de um hangar da Força Aérea, acrescentou a fonte, que pediu para ter sua identidade preservada.
A Rússia, que solicitou a reunião de emergência do Conselho de Segurança, quer que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mande um enviado especial para os dois países para buscar "medidas urgentes" que detenham a crise, informaram fontes diplomáticas.
Os russos fizeram este apelo em um esboço de declaração, enviada aos outros 14 membros do Conselho de Segurança, no qual pediu "cautela máxima" tanto da Coreia do Norte quanto da Coreia do Sul, disseram diplomatas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário