Um documento do Conselho da Europa assegura que membros do Exército de Libertação do Kosovo (UCK), o movimento separatista kosovar albanês do final dos anos 90, organizaram uma rede de tráfico de órgãos extraídos dos prisioneiros sérvios em 1999 e 2000.
O actual primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci, foi um dos líderes da UCK na luta contra as forças sérvias.
Segundo o suíço Dick Marty, um dos autores do relatório, a retirada dos órgãos era feita numa clínica no território albanês, próxima a Fushe-Kruje (20 km ao norte de Tirana) e depois eram vendidas para transplantes no exterior.
Marty afirma que a rede de tráfico de órgãos era controlada pelo chamado Grupo de Drenica, que reunia líderes do UCK sob o comando de Thaci.
O suíço destaca que Thaci e vários outros membros do grupo "são qualificados constantemente como 'peça-chave' nos relatórios de inteligência sobre as estruturas mafiosas e do crime organizado em Kosovo".
Lembremos o grande empenhamento da OTAN e da União Europeia no apoio ao UCK de Thaci e à independência do Kosovo, último episódio do lamentável processo de desintegração da Iugoslávia.
Ao longo de mais de uma década, o "ocidente" estimulou o despertar de acirrados nacionalismos que levaram a uma guerra particularmente cruel, reavivando velhas questões que dividiram a Península Balcânica. A Alemanha teve um papel decisivo neste processo ao reconhecer unilateralmente a independência da Croácia, em 1992, numa espécie de vingança histórica contra os sérvios que se lhe tinham oposto nas duas guerras mundiais.
Portugal participou no processo, no habitual papel de subserviente membro da OTAN (incluindo no lamentável episódio do bombardeamento de Belgrado e outras zonas sérvias), não faltando nunca verbas no Orçamento do Estado para as respectivas despesas militares.
Agora ficamos a conhecer mais detalhadamente a verdadeira natureza dos "democratas" instalados no poder pelas forças do império…
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