(Prensa Latina) O diretor do grupo de Redução da Pobreza, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Selim Jahan, afirmou hoje que programas sociais brasileiros chamam a atenção da Índia, Botswana e Turquia.
Em entrevista exclusiva com a estatal Agência Brasil, o funcionário internacional precisou que essas nações seguem com atenção e interesse a estratégia brasileira para reduzir a miséria, em particular o plano Bolsa Família, no qual as famílias pobres recebem recursos relacionados a diversos compromissos.
Matricular os filhos em centros de ensino, vaciná-los, a compromisso de que as grávidas façam o pré-natal, são alguns dos requisitos a serem cumpridos pelos beneficiados do Carteira Família, que inclui ademais a capacitação do chefe de família para que aceda a um trabalho e possa sustentar o lar.
Para o diretor do departamento do PNUD, o ponto positivo desse programa oficial do governo brasileiro radica em exigir que as famílias assumam compromissos em troca da ajuda monetária entregada pelo Estado.
"O benefício está aí. Não estamos falando apenas de transferência de dinheiro, senão estamos falando de dar educação e outros benefícios", sublinhou Jahan, que veio ao Brasil para participar de reuniões no Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo, uma aliança do PNUD com o governo brasileiro.
inda que só se tenha mencionado Botswana, o funcionário assegurou que uma boa parte das nações africanas podem usar essa experiência brasileira para eliminar a pobreza extrema.
Baseado em um estudo da Fundação Getulio Vargas, a Agência Brasil indica que na última década 18 milhões de brasileiros saíram da miséria e 39 milhões 500 mil ingressaram na classe média.
Contudo, segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há ainda 16 milhões e 200 mil brasileiros que vivem na extrema pobreza, precisamente os que devem sair dessa condição antes de 2014, segundo a presidenta Dilma Roussff, com seu plano Brasil sem Miséria.
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