Mahadeo Roopchano Sadloo Sodloo, o Emo, foi morto em frente à sua borracharia em Tegucigalpa; FNRP responsabiliza o Estado
Sílvia Alvarez
de Tegucigalpa
Personagem famoso na Resistência, Emo foi morto em frente à sua borracharia |
Animador nato, o senhor de 55 anos - cuja nacionalidade até sua morte era incerta - virou símbolo e personagem famoso da resistência popular desde o golpe de Estado. Também tornou-se “figurinha carimbada” da mídia, que promoveu verdadeiras campanhas contra o militante, a quem definiam como cidadão indiano e terrorista. O governo de Porfírio Lobo Sosa declarou várias vezes que ia deportar estrangeiros que incitavam à desordem, numa clara ameaça a Emo. Só agora se soube que ele era naturalizado hondurenho.
No país fora de situação de guerra mais violento do mundo, é fácil contabilizar crimes políticos como de delinquência comum. Em coletiva de imprensa, o presidente Porfírio Lobo afirmou que usará “toda a força do Estado” para descobrir o autor do crime, que fugiu logo após os disparos.
No dia que Zelaya voltou ao país, lá estava Emo o esperando com uma barba farta e uma tesoura na mão. Teve sua barba cortada por Mel (apelido pelo qual Zelaya ficou conhecido), na frente de milhares de pessoas, em rede nacional e internacional. Pouco se sabia sobre sua vida pessoal até o momento, nem mesmo seu verdadeiro nome e sua nacionalidade. Se era indiano ou não, o que se escuta nas ruas é que era muito mais hondurenho do que os executores do golpe Roberto Micheletti e Romeo Vasquez Velásquez.
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