quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cuba classifica medidas de Obama de 'insuficientes' e pede fim do embargo

O que explica a manutenção do bloqueio a Cuba pelos EUA? 


Segundo vice-chanceler cubano, sanções causaram prejuízos de R$ 178 bilhões

O governo de Cuba classificou nesta quarta-feira (14) de “insuficiente” e “limitada” a flexibilização para viagens e remessas aprovada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pediu que Washington acabe “sem demora” com o embargo contra a ilha – em vigor desde 1962.
“A autorização de viagens, as remessas e a permissão para que aeroportos” americanos organizem voos à ilha “são insuficientes e têm um caráter limitado”, disse o vice-chanceler cubano, Abelardo Moreno, ao divulgar o relatório que Cuba apresentará diante da Assembleia Geral da ONU no dia 25 de outubro.
Moreno afirmou que os EUA “continuam presos a condicionamentos e ingerências inaceitáveis” e pediu para Obama acabar “unilateralmente” e “sem mais demora” com o embargo, que segundo o relatório causou perdas equivalentes a R$ 178 bilhões (US$ 104 bilhões) a Cuba durante os últimos 49 anos.
Obama disse na segunda-feira (12) em Washington que manterá a política de facilitar o envio de remessas e de viagens de cubanos-americanos à ilha, adotada logo depois que ele assumiu o poder, mas pede “gestos” de Havana com relação ao respeito aos direitos humanos e comprometimento com a democracia para pôr fim ao embargo.
No entanto, Moreno criticou o fato de Obama manter “intacta” a proibição aos americanos de viajar a Cuba, em vigor há cinquenta anos, exceto em um breve período sob a presidência de Jimmy Carter, no fim dos anos 1970.



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