O relatório do inquérito promovido ao longo de dois anos sobre a morte do iraquiano Baha Mousa revela que os soldados britânicos torturaram os presos que estariam sob a sua responsabilidade utilizando técnicas proibidas há mais de 30 anos pela Convenção de Genebra.
Os militares agrediram os detidos de forma “violenta e covarde” e sujeitaram-nos a condições desumanas.
"Deploráveis, chocantes e vergonhosos", assim classifica o juiz Sir William Gage os eventos que levaram à morte de Mousa, um iraquiano com 26 anos, funcionário de um hotel em Basra, que morreu depois de passar 36 horas detidos sob a custódia de soldados britânicos.
O relatório agora conhecido, e que é citado pelo jornal The Guardian, descreve alguns dos procedimentos adoptados pelos soldados britânicos e que constituíram verdadeiros actos de tortura. Os militares agrediram os detidos de forma “violenta e cobarde” e sujeitaram-nos a condições desumanas.
Os presos foram permanentemente humilhados. Foram encapuçados, agredidos física e verbalmente, sujeitos à privação do sono, as suas cabeças foram mergulhadas em sanitas, foram colocados em posições altamente desconfortáveis e dolorosas.
As práticas levadas a cabo pelos soldados e pelos seus superiores contra civis causou a morte de um homem e ferimentos em muitos outros, concluiu o juiz Sir William Gage.
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