sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“A 14 de novembro realizar-se-á a primeira Greve Geral ibérica da história”


O Comité da UGT e o Conselho da CC OO aprovaram formalmente a convocatória de uma Greve Geral para 14 de novembro. Durante a tarde, e segundo noticia o El Pais, os representantes das duas estruturas sindicais levaram a sua decisão à Cimeira Social, movimento reivindicativo que reúne cerca de 150 organizações. Além de Espanha e Portugal, também Chipre, Grécia e Malta deverão aderir ao protesto.

Antes do começo das votações, que resultaram na aprovação, por unanimidade, da convocatória de uma Greve Geral para dia 14 de novembro, Toni Ferrer, secretário da Ação sindical de UGT, defendeu que “existem motivos mais do que justificados” para avançar para o protesto.
Fernando Lezcano, secretário da Comunicação da CC OO afirmou, por sua vez, que “esta é uma Greve Geral contra as políticas de austeridade que demonstraram ser um fracasso”. “Temos mais desemprego, os nossos jovens foram abandonados à sua sorte, temos mais pobreza, desmantela-se a educação e a saúde e não há nenhuma perspetiva de recuperar a situação económica”, sublinhou.
Conforme adianta o El País, esta será a primeira vez em democracia que se realizam duas Greves Gerais num só ano em Espanha e que se realiza mais do que uma Greve Geral contra as políticas do mesmo governo. Será ainda a primeira vez que decorre uma paralisação total durante uma campanha eleitoral, neste caso, na Catalunha.
Jornada europeia contra a atual situação económica e social

A Greve Geral agendada em Espanha enquadra-se na “jornada de ação" europeia contra a atual situação económica e social anunciada esta quinta feira pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
A convocatória, formalizada durante uma reunião que teve lugar em Bruxelas e que contou com a participação do secretário geral da CC OO e atual presidente da CES, Ignacio Fernández Toxo, e do secretário-geral da UGT, Cándido Méndez, prevê a realização de greves, manifestações e comícios nos países que aderiram à jornada de luta. “Com elas mostrar-se-á o forte desagrado às medidas de austeridade que estão a condenar a Europa à estagnação económica e também contra o contínuo desmantelamento do modelo social europeu”, justifica a CES em comunicado.
Malta, Itália, Chipre e Grécia deverão aderir à Greve Geral de 14 de novembro

O secretário da Comunicação da CC OO mostrou-se esperançado que mais países do sul da Europa venham a aderir ao protesto - provavelmente Chipre, Malta e Grécia - e convoquem Greves Gerais próprias. Segundo avança o El País, também é possível que se realizem grandes manifestações em países como Itália, França ou Bélgica.



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