O Comité da UGT e o Conselho da CC OO aprovaram
formalmente a convocatória de uma Greve Geral para 14 de novembro.
Durante a tarde, e segundo noticia o El Pais, os representantes das duas
estruturas sindicais levaram a sua decisão à Cimeira Social, movimento
reivindicativo que reúne cerca de 150 organizações. Além de Espanha e
Portugal, também Chipre, Grécia e Malta deverão aderir ao protesto.
Antes do começo das votações, que resultaram na aprovação, por
unanimidade, da convocatória de uma Greve Geral para dia 14 de novembro,
Toni Ferrer, secretário da Ação sindical de UGT, defendeu que “existem
motivos mais do que justificados” para avançar para o protesto.
Fernando Lezcano, secretário da Comunicação da CC OO afirmou, por sua
vez, que “esta é uma Greve Geral contra as políticas de austeridade que
demonstraram ser um fracasso”. “Temos mais desemprego, os nossos jovens
foram abandonados à sua sorte, temos mais pobreza, desmantela-se a
educação e a saúde e não há nenhuma perspetiva de recuperar a situação
económica”, sublinhou.
Conforme adianta o El País, esta será a primeira vez em democracia que
se realizam duas Greves Gerais num só ano em Espanha e que se realiza
mais do que uma Greve Geral contra as políticas do mesmo governo. Será
ainda a primeira vez que decorre uma paralisação total durante uma
campanha eleitoral, neste caso, na Catalunha.
Jornada europeia contra a atual situação económica e social
A Greve Geral agendada em Espanha enquadra-se na “jornada de ação"
europeia contra a atual situação económica e social anunciada esta
quinta feira pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
A convocatória, formalizada durante uma reunião que teve lugar em
Bruxelas e que contou com a participação do secretário geral da CC OO e
atual presidente da CES, Ignacio Fernández Toxo, e do secretário-geral
da UGT, Cándido Méndez, prevê a realização de greves, manifestações e
comícios nos países que aderiram à jornada de luta. “Com elas
mostrar-se-á o forte desagrado às medidas de austeridade que estão a
condenar a Europa à estagnação económica e também contra o contínuo
desmantelamento do modelo social europeu”, justifica a CES em
comunicado.
Malta, Itália, Chipre e Grécia deverão aderir à Greve Geral de 14 de novembro
O secretário da Comunicação da CC OO mostrou-se esperançado que mais
países do sul da Europa venham a aderir ao protesto - provavelmente
Chipre, Malta e Grécia - e convoquem Greves Gerais próprias. Segundo
avança o El País, também é possível que se realizem grandes
manifestações em países como Itália, França ou Bélgica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário