segunda-feira, 21 de março de 2011

Sem oferecer plano habitacional, prefeitura de SP vai despejar famílias

Fascismo elitista

Mais uma comunidade que fica na periferia da cidade de São Paulo será removida. 68 famílias da Cohab Adventista,  no distrito de Campo Limpo, serão despejadas a qualquer momento, de uma área, que antes da ocupação realizada em 2009, estava totalmente abandonada  pela prefeitura de São Paulo.
A integrante do Movimento Luta Popular, Helena Silvestre, explica que há mais de dois anos vivendo no local em uma situação precária, sem saneamento básico e qualquer auxílio do governo, as famílias construíram casas de alvenaria e que, agora, com a medida da prefeitura, terão que sair sem direito a nada. Ela afirma que, segundo informações do subprefeito de Campo Limpo, Alexandre Margosian Conti, a reintegração vai acontecer sem prévio aviso e as famílias não terão direito a nenhum plano habitacional e também não serão realocadas.  Para ela, essa medida demonstra que a prefeitura da cidade está executando um processo de limpeza étnica.
“A prefeitura a partir uma série de processos jurídicos e processos de remoção – sob alegação de área de risco ou ocupação irregular – quer se livrar de uma parcela importante de pobres que vivem na periferia, e não dá alternativa. Ao invés de disponibilizar soluções, como a urbanização de território ou a remoção para conjuntos habitacionais ou empreendimentos, preferem despejar as famílias.”
No último dia 02, a comunidade realizou um protesto contra o despejo. O objetivo era pressionar a prefeitura para uma solução definitiva, e deixar as famílias no próprio terreno. Na ocasião, a prefeitura recebeu uma comissão de moradores e informou simplesmente que terão que sair. As famílias ingressaram com um pedido na Defensoria Pública, para que seja cobrado da prefeitura o cumprimento do direito à moradia.


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