Fascismo elitista
Mais uma comunidade que fica na periferia da cidade de São Paulo será removida. 68 famílias da Cohab Adventista, no distrito de Campo Limpo, serão despejadas a qualquer momento, de uma área, que antes da ocupação realizada em 2009, estava totalmente abandonada pela prefeitura de São Paulo.
A integrante do Movimento Luta Popular, Helena Silvestre, explica que há mais de dois anos vivendo no local em uma situação precária, sem saneamento básico e qualquer auxílio do governo, as famílias construíram casas de alvenaria e que, agora, com a medida da prefeitura, terão que sair sem direito a nada. Ela afirma que, segundo informações do subprefeito de Campo Limpo, Alexandre Margosian Conti, a reintegração vai acontecer sem prévio aviso e as famílias não terão direito a nenhum plano habitacional e também não serão realocadas. Para ela, essa medida demonstra que a prefeitura da cidade está executando um processo de limpeza étnica.
“A prefeitura a partir uma série de processos jurídicos e processos de remoção – sob alegação de área de risco ou ocupação irregular – quer se livrar de uma parcela importante de pobres que vivem na periferia, e não dá alternativa. Ao invés de disponibilizar soluções, como a urbanização de território ou a remoção para conjuntos habitacionais ou empreendimentos, preferem despejar as famílias.”
No último dia 02, a comunidade realizou um protesto contra o despejo. O objetivo era pressionar a prefeitura para uma solução definitiva, e deixar as famílias no próprio terreno. Na ocasião, a prefeitura recebeu uma comissão de moradores e informou simplesmente que terão que sair. As famílias ingressaram com um pedido na Defensoria Pública, para que seja cobrado da prefeitura o cumprimento do direito à moradia.
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