E a ONU com isso?
As ocupações dos movimentos sociais nas estradas se deram de norte a sul do país
Em várias partes de Honduras, onde a resistência protestou, ontem (17/3), contra a aplicação de medidas neoliberais n
o país, fortes contingentes de policiais e militares reprimiram violentamente os manifestantes, com uso de gás lacrimogênio, tanques e tiros.
A coordenação da Frente Nacional de Resistência Popular convocou os militantes, simpatizantes e a todo o povo hondurenho a se somar na jornada de mobilizações que estavam programadas, em todo país, para esta quinta-feira. A jornada tinha como objetivo protestar contra a privatização da escola pública, contra a violação permanente de conquistas trabalhistas, contra o pacote de medidas econômicas adotadas pelo regime que acarretam no alto custo de vida, entre outras reivindicações.
As ocupações nas estradas se deram de norte a sul do país. Desde as primeiras horas do dia, o povo hondurenho – magistério, pais de família, estudantes, operários, camponeses e demais organizações que integram a FNRP – compareceram nos vários pontos de concentração.
Em contato telefônico com a Rádio Uno, uma professora de San Pedro Sula, ao norte do país, fez a primeira denúncia de repressão; minutos depois, em Comayagua, cidade próxima a Tegucigalpa, a manifestação pacífica era violentamente desmobilizada pelas forças repressivas do estado, lançando grandes quantidades de gás lacrimogênio e atirando contra a população indefesa. As tropas, auxiliadas por um avião a da força aérea hondurenha, perseguiram os manifestantes que tratavam de escapar da polícia. Como consequência da repressão, um pai de família foi atingido por uma bala, vários manifestantes foram feridos e mais de 50 foram presos.
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