sábado, 25 de setembro de 2010

Dirigentes fazem nova condenação ao bloqueio dos EUA a Cuba





Nações Unidas, 25 set (Prensa Latina) À medida que avançam os debates na Assembléia Geral da ONU, chefes de Estado e governo de todo mundo alimentam uma nova condenação nas Nações Unidas ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.

Depois de dois dias do debate geral do 65 período de sessões do corpo máximo das Nações Unidas, aumentam as referências dos governantes à necessidade de levantar esse cerco implantado por Washington há quase meio século.

No ano passado, 187 países pronunciaram-se na Assembléia contra a medida norte-americana, na votação mais alta registrada sobre esse assunto desde 1991, com somente três na contramão (Estados Unidos, Israel e Palau) e duas abstenções (Ilhas Marshall e Micronésia).

Nesta ocasião, a nova denúncia foi posta ante o plenário da reunião desde o começo dos discursos na quinta-feira passada pela boca do primeiro orador, o chanceler do Brasil, Celso Amorim.

O ministro qualificou o bloqueio de ilegítimo, expressou uma condenação "compartilhada por todos na América Latina e Caribe" e acrescentou que esse cerco só conseguiu obstaculizar os esforços de milhões de cubanos em sua luta pelo desenvolvimento.

O repudio à agressão norte-americana contra a ilha voltou a ressoar através do quarto orador da sessão inaugural, o mandatário de Malawi, Bingu Wa Mutharika, quem falou em representação da União Africana (UA).

Instalado no pódio no turno posterior ao do presidente estadunidense, Barack Obama, o titular da organização africana exigiu o fim dessa medida contra Cuba e das sanções impostas ao Zimbábue.

Disse que essas ações contra alguns membros da UA e do Movimento dos Não-Alinhados causam graves dificuldades econômicas aos povos.

São incongruentes com o diálogo que emerge das reformas da ONU e inconsistentes com as obrigações dos países membros de promover o progresso social como se promulga na Carta da organização mundial, agregou.

Pouco depois, o chefe de Estado do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, manifestou sua rejeição aos embargos unilaterais e chamou à solidariedade com o povo de Cuba, ao sublinhar o impacto desses cercos sobre os setores mais vulneráveis da comunidade.

As denúncias continuaram no segundo dia de debates, quando o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, pediu "o levantamento imediato desse ruinoso bloqueio".

O dirigente recordou que a cada ano a Assembléia Geral adota uma resolução contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba, recusa que é ignorada por Washington.

No mesmo sentido, o mandatário haitiano, René Preval, exigiu o fim do sítio norte-americano contra o povo cubano, medida que, opinou, vai de encontro aos valores que promovem a liberdade de comércio.

Por sua vez, o presidente de Namíbia, Hifikepunye Pohamba, sublinhou o caráter prolongado e extraterritorial do bloqueio e respalda o apelo feito pela cúpula da UA celebrada em Kampala em julho para sua eliminação.

Achamos que o bloqueio econômico é injustificável e injusto e deve ser levantado, proclamou ante o plenário da Assembléia Geral da ONU.

Assim mesmo, o chefe de Estado do Laos, Choummaly Sayasone, sustentou que Cuba é um Estado soberano e politicamente sólido, mas afetado durante meio século pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.

O governante denunciou que essa imposição constitui uma clara violação à Carta da ONU e do direito internacional.

Por isso, para responder aos legítimos interesses dos dois países e povos, Cuba e Estados Unidos, é agora o momento para que este bloqueio seja levantado, sentenciou.

Ao concluir o segundo dia do debate geral, o premiê de Santa Luzia, Stephenson King, disse à Assembléia que o bloqueio contra Cuba é um dos anacronismos que ainda persistem no mundo e é utilizado para a estrangulação econômica.

O premiê exigiu respeitar o direito dos povos a conformar e traçar seu destino.




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