A página oficial da campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) na internet foi inteiramente modificada desde que o norte-americano, de ascendência indiana, Ravi Singh entrou na campanha, há duas semanas. Ao invés de aprimorar a produção de conteúdo e a divulgação dos planos de campanha e do roteiro do candidato, o sítio se transformou em mero caçador de contatos, com o expediente mais odiado pelo internauta brasileiro, que é a obtenção de cadastro para futuro envio de mensagens eletrônicas que lotam as caixas dos usuários.
Onde quer que se clique, está um formulário a ser preenchido, na tentativa de conquistar voluntários para a campanha, que sequer sabem o que devem fazer exatamente. É apenas para os mais curiosos, que têm o interesse de chegar ao pé da página, o acesso à página oficial do PSDB, um dos partidos da coligação do candidato tucano, hospedada no endereço www.serra45.com.br. Este mantém a cobertura das atividades diárias do candidato, em ritmo lento, com uma navegação pouco amigável.
A página de Serra, que amarga seus piores índices junto à preferência do eleitorado desde que iniciou a corrida presidencial, ainda traz as palavras de ordem criadas por Singh: “É a hora da virada!”, traduzidas como um apelo emocionado a um eleitor inexistente.
“Ajude-nos a enviar este vídeo para todos os seus amigos AGORA!”, suplica o candidato, quando isso é tudo o que não se deve pedir a um internauta, sob pena de ferir uma das regras de conduta mais apreciadas na internet.
Ao contrário das adversárias do PT, Dilma Rousseff, e do PV, Marina Silva, que adaptaram mecanismos eficazes de obtenção de doações financeiras para a campanha, o site de Serra não apresenta essa possibilidade, ainda que a arrecadação do partido, nas últimas semanas, tenha sido uma das menores desde o início da campanha.
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