quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Golpe no Equador: Policiais invadem TV pública do Equador, dizem apresentadores




Estadão



Rebelados tentam impedir sinal da rede pública, transmitido por todos os canais do país


Os policiais rebelados no Equador invadiram o canal Ecuador TV e pretendem interromper o sinal da emissora da Gama TV, canais controlados pelo governo do país, segundo afirmaram apresentadores de ambas as estações.

"Vamos tentar seguir com a transmissão enquanto seja possível", disse um apresentador da Ecuador TV. "Estão agredindo nossos companheiros, estragaram as portas", acrescentou outro jornalista ao seu lado.
"Estão agredindo nossos companheiros, estragaram as portas", acrescentou outro jornalista ao seu lado.
Mais cedo, um grupo de rebelados subiu o monte Pichincha, onde estão localizadas as antenas, para tentar interromper seu sinal.
"Elementos da polícia nacional estão tentando impedir que o sinal da Gama TV seja emitido no país", afirmou outro repórter do canal.
De acordo com a emissora, seu edifício está "cercado por manifestantes", que querem cortar a energia elétrica do local para tirá-la do ar.
O apresentador disse ter sido informado por telefone que os policiais "pretendem cortar os cabos de energia e baixar as antenas" no Pichincha.
Após a declaração do estado de exceção, a Secretaria Nacional de Comunicação da Presidência da República enviou um email aos diretores dos canais de televisão e emissoras de rádio do país em que exigiu que só fossem transmitidos os sinais da Ecuador TV e da Radio Pública.
A conexão ao sinal público é "indefinida e ininterrupta até segunda ordem", acrescentou o texto. As transmissões dos canais públicos afirmam que o governo conta com o total controle do país.
O presidente do país, Rafael Correa, denunciou uma tentativa de golpe contra seu governo após militares e policiais terem se rebelado devido a uma lei que corta benefícios da categoria.
Policiais ocuparam os principais quartéis de Quito e o Congresso. O aeroporto da capital foi tomado por oficiais da Força Aérea.
Correa se dirigiu ao quartel geral de Quito para falar com os manifestantes e está refugiado em um hospital militar de Quito após terem lançado gás lacrimogêneo contra ele.
Do hospital, Correa anunciou que só sai de lá "como presidente ou como cadáver".



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