(Prensa Latina) O encontro ocorrido há 50 anos entre o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, e o lutador pelos direitos civis nos Estados Unidos, Malcom X, se celebrará hoje no Harlem, em Nova York.
O convite, estendido a todos os nova-iorquinos, rememorará a histórica reunião efetuada, em 1960, entre Fidel Castro e Malcom X em um quarto do hotel Theresa, segundo deu a conhecer a Prensa Latina o comitê organizador da celebração.
O evento inclui a projeção de filmes, a exposição de fotografias e reimpressões de jornais da época e a participação de um painel de oradores entre os quais se encontram Rosermari Mealy, autora do livro Fidel e Malcom X: Memórias de uma reunião, editado em 1993.
Também estarão William Sais, professor de Estudos Africanos na Universidade Seton Hall, Jane Franklin, autor de Cuba e Estados Unidos: Uma história cronológica, e o veterano militante sindical Ashaki Binta, entre outros.
Momento especial será quando jovens graduados da Escola Latinoamericana de Medicina (em Cuba) renderem homenagem ao desaparecido reverendo Lucius Walker, ícone da solidariedade com a nação caribenha, falecido o passado 7 de setembro.
Em setembro de 1960, o chefe da Revolução viajou a Nova York para falar ante a XV Assembléia Geral das Nações Unidas, onde foi alvo da hostilidade da administração do presidente Dwight Eisenhower (1953-1961).
Por problemas para garantir a segurança da delegação da ilha, esta se transladou ao bairro negro de Harlem, onde se instalou no hotel Theresa, localizado na rua 125, e ali ocorreu o encontro entre os dois líderes o 19 de setembro.
A propósito do intercâmbio, escreveu Mealy em seu livro, serviu para patentizar o respeito que "sentiam ambos homens um pelo outro" e ademais consolidou os laços de amizade entre a Revolução cubana e as incessantes lutas do povo afronorteamericano no país nortenho.
Segundo precisou o Comitê Malcolm X/Fidel 50 Aniversário, os oradores examinarão o legado daquela "trascendental reunião no contexto das lutas atuais" pelo lucro do trabalho digno e a educação, especialmente para os jovens.
Também as lutas contra a brutalidade policial, o racismo, o militarismo e a erosão das liberdades civis na sociedade norte-americana, destaca a informação.
Ademais ressaltarão a batalha de Cuba para sobreviver como nação socialista e revolucionária, no meio de um mundo unipolar.
Malcolm X, assassinado em 1965 enquanto oferecia um discurso em Nova York, demonstrou sua identificação com a Revolução cubana, expressão do sentir de muitos afroestadounidenses que consideravam o processo na ilha como esperança e paradigma.
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