terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mercadante diz que educação em SP sofre "pedagocídio"


Essa é a política educacional do PSDB

Terra


O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, criticou a situação da educação no Estado durante entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (14). "A progressão continuada é um conceito generoso pedagógico, mas o que nós temos aqui é uma regressão continuada. O que nós temos aqui é um 'pedagocídio', quer dizer, é o suicídio da pedagogia", afirmou.

Mercadante defendeu o conceito de pensar o aluno por ciclos no processo de aprendizado - defendido pela progressão continuada -, mas para ele isso não acontece em São Paulo. "Você dizer que o aluno tem que passar sem aprender, como é que o aluno pode chegar na quinta, sexta série, sem saber ler nem escrever? O que nós temos aqui é uma aprovação automática, não tem progressão", disse.

Questionado se ele colocaria seu filho para estudar em uma escola pública, o petista não hesitou. "Lógico que não. O Alckmin não respondeu isso, mas eu respondi com toda a transparência", afirmou o petista. "Eu quero que um dia meus netos possam estudar em escola pública como acontece na Europa, como acontece no Japão", completou.

Entre suas ações como senador, Mercadante destacou a boa relação que teve com as prefeituras, além da aprovação de uma lei sobre que prioriza a construção de cinemas em cidades com até 100 mil habitantes. "Não tem teatro, não tem cinema, não tem cultura. Faltam espaços públicos", disse.

O candidato falou ainda sobre um projeto aprovado por ele que tem o objetivo de repassar todos os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a educação digital, com o fornecimento de computadores para as escolas e professores e produção de material pedagógico digital, entre outros. "Desde o momento em que eu virei candidato, o PSDB e o DEM, passaram a obstruir o projeto e não permitiram que ele fosse votado. Isso sim é prejudicar São Paulo", afirmou Mercadante.

Sobre os recentes escândalos relacionados ao Partido dos Trabalhadores, como o caso Erenice Guerra e a quebra de sigilos ficais de pessoas ligadas ao PSDB, Mercadante respondeu que os problemas não podem mais ser "empurrados para debaixo do tapete". "Isso tem que ser apurado, investigado. Não com clima de campanha, não com uso eleitoral, mas com rigor", disse.



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