quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Candidato a deputado federal da base aliada de Serra e Alckmin é suspeito de lavar dinheiro para organização criminosa




Do blog Esquerdopata

Wanderley Preite Sobrinho, do R7


O candidato a deputado federal em São Paulo Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos (PSC), suspeito de lavar dinheiro para uma organização criminosa, já gastou em sua campanha cerca de R$ 5 milhões, afirmou nesta quarta-feira (15) o delegado da Polícia Civil Raul Godoy. Ney responderá pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e, eventualmente, “repasse de dinheiro oriundo do tráfico de entorpecente para uma organização criminosa atuante no Estado”.

Uma operação envolvendo 80 policiais cumpriu hoje 13 mandados de busca e apreensão que resultaram no confisco de documentos, CPUs e notebooks. O candidato foi até a Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Entre os bens apreendidos está uma Ferrari. O depoimento do candidato foi adiado até que a documentação apreendida hoje pela polícia de Taboão da Serra seja analisada pela perícia.






De acordo com o delegado, Ney montou em nome de laranjas uma rede de empresas, incluindo 15 postos de gasolina, para lavar dinheiro para a facção, aumentar seu patrimônio e financiar a sua campanha política. A polícia estima que o candidato tenha R$ 50 milhões seu patrimônio, o que ele nega.

O delegado ainda disse ser “inevitável” suspeitar da lavagem de dinheiro tendo em vista as incompatilidades “econômico-financeiras” do patrimônio que ele apresenta. Além de dono de uma Ferrari, ano 2007, avaliada em R$ 1,5 milhão, ele mora em uma casa de R$ 2 milhões em Alphaville, uma das regiões mais valorizadas da região metropolitana de São Paulo. As suspeitas são de que sua campanha também seja financiada com esse dinheiro.

Em 2003, Ney foi preso em flagrante com uma metralhadora 9 mm, roubando malotes de uma transportadora de valores na região de Marília. Condenado em primeira instância, ficou preso por três anos, mas foi absolvido pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). As acusações eram receptação, roubo, porte de arma e formação de quadrilha.


Ney Santos e três amigos

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