Os culpados terão que responder por isso
Dos últimos incêndios na capital paulista, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas.
Dos últimos incêndios que ocorreram neste ano na cidade de São Paulo, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. Isso é o que aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Por exemplo, a região em que está localizada a favela de São Miguel Paulista, na zona leste, que foi incendiada no final de agosto, teve a maior valorização imobiliária da capital, em apenas dois anos a alta foi de 214%.
Outras comunidades também estão na “mira” do mercado imobiliário. Na favela do Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul, destruída pelo fogo no dia 3 de setembro, o aumento do metro quadrado foi de 117%. Já na área em que está a Vila Prudente, ao lado do Sacomã, na zona leste, a valorização foi de 149%.
A pesquisa da FIPE também revela que as áreas que possuem mais favelas são as que têm menos incêndios. Na zona sul paulistana, nos distritos do Capão Redondo (com 93 favelas), Grajaú (com 73), Jardim Ângela (com 85) e Campo Limpo (com 79) não houve nenhum incêndio. Essas áreas aglomeram mais de 21% das favelas da capital e são as mais desvalorizadas pelo mercado imobiliário.
Atualmente, São Paulo possui 1.565 favelas, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).
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