Pragmatismo Político
Na política existem também os analfabetos funcionais, aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que os analfabetos completos
A política profissional cansa todo mundo, mas ninguém vive sem ela;
assim, é melhor aceitá-la da forma a mais racional possível. Os
inocentes e manipuláveis (a grande maioria) vivem metendo o “pau” nos
políticos, pois deles esperam tudo de bom e maravilhoso para suas vidas.
Votam “(in)seguros” e frustram-se logo a seguir ao constatarem que
todas aquelas promessas foram em vão.
Já os eleitores mais conscientes se enfadam de ver a mesma coisa, o
ciclo vicioso que se revigora a cada eleição, obrigando os políticos
(mesmo os mais competentes e bem intencionados) a mentir deslavadamente,
sob pena de sucumbirem nas urnas. Estes são muito mais minoria do que
se pensa, tendo em vista os que são meramente “votadores”, aqueles que
tiram onda de esclarecidos, porém não passam de “bobões”.
Quer dizer, em política existem também os analfabetos funcionais,
aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar
nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de
eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que
os analfabetos completos, que normalmente se chama de “analfa de pai e
mãe”. Isto porque muitos deles são referência em suas profissões e,
portanto, são formadores de opinião.
Mundo de aparências também é refletido na cena política do Brasil
Tanto que é facílimo se ver pessoas politizadas terem seus pontos de
vista relegados e banalizados devido a não possuírem curso superior ou
mesmo certo patamar cultural enquanto físicos, médicos, advogados e até
jornalistas são reverenciados por causa das opiniões que emitem, mesmo
que sejam inconsistentes.
É que se vive num mundo de aparências. Normalmente, se dá mais
credibilidade ao que um célebre matemático ou um notado linguista fala
sobre política do que o que diz um sindicalista sem muita escolaridade.
Não é uma regra, mas a politização não depende necessariamente de
escolarização, de ter mais cultura ou coisa assim. O melhor exemplo que o
Brasil tem a esse respeito é Lula.
Para aqueles que vivem a parasitar a ignorância do povo, está tudo bem
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