domingo, 17 de julho de 2011

XXVI SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA ANPUH: 50 anos São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011. Universidade de São Paulo (USP) Cidade Universitária



ANPUH 50 ANOS: Comemorações


Em 1961, em reunião na cidade de Marília, foi criada a ANPUH - Associação Nacional dos Professores Universitários de História, hoje transformada na Associação Nacional de História, pois a entidade se abriu para a filiação de todos os profissionais de história, inclusive aqueles que atuam no ensino fundamental e médio, e nas instituições voltadas ao patrimônio histórico. Esta entidade, portanto, está completando no ano de 2011, 50 anos de existência, que serão comemorados quando da realização de seu XXVI Simpósio Nacional de História, evento tradicionalmente promovido por esta Associação, o qual ocorrerá entre 17 e 21 de julho de 2011, na cidade de São Paulo, nas dependências do campus da Universidade de São Paulo.
A palavra comemorar vem do latim commemorare e significa trazer a memória, fazer recordar, fazer lembrar, solenizar recordando. A comemoração, portanto, se relaciona com o campo da memória, da memória voluntária, aquela em que se convoca à lembrança, em que um evento, uma solenidade convoca à recordação de um fato, de um feito, de um evento, de um acontecimento, de uma data, de um personagem. A comemoração tem, pois, a finalidade de provocar a recordação e de, solenizando uma ocasião, forçar a lembrança, fazer lembrar algo que seria individual ou coletivamente relevante, que deveria ser inesquecível.
Nós, historiadores, costumamos lidar com os artefatos da memória, por isso, as comemorações nos interessam, também estão afeitas ao nosso campo. Como sabemos, a historiografia se relaciona de uma maneira crítica com as diversas formas e versões das memórias, entre elas os eventos comemorativos. Assim, faremos da oportunidade em que comemoraremos os 50 anos de fundação da entidade máxima de representação acadêmica e política dos historiadores, um momento privilegiado de reflexão sobre os vários sentidos, significados e, inclusive, implicações políticas do comemorar, em nossa sociedade e em nosso tempo, bem como em outras sociedades e em outros momentos históricos.
Convidamos a todos os profissionais da área da história ou nela interessados para, de modo solene, durante o próximo Simpósio Nacional, lembrar o percurso de nossa Associação, suas lutas, conquistas e derrotas e nos debruçar sobre sua memória, sempre de modo crítico e questionador, para que ela possa dar novos passos no sentido de sua consolidação institucional.
Comemorar significa a elaboração de uma dada versão do passado, daquilo ou daquele que é lembrado (e esquecido); o ato de comemorar implica fazer escolhas por dadas versões, por dados significados daquilo que se comemora; implica também, como toda atitude de memória, a produção de esquecimentos, de silêncios, de omissões. Convidamos, portanto, a que venham a São Paulo comemorar o cinquentenário de nossa entidade, mas que venham fazê-lo do melhor modo, que é exercendo a nossa própria atividade, não abrindo mão de nossa obrigação social de sermos analistas críticos das memórias em todas as suas formas de elaboração e difusão. Enfim, comemorar indagando sobre os sentidos políticos e sociais desta prática, nos diferentes contextos e nas diferentes temporalidades em que se deram e em que se dão esses atos de evocação. Festejar, solenizar sem abrir mão da atividade de reflexão sobre as implicações do ato comemorativo. Portanto, vamos todos juntos festejar e pensar!

PROGRAMAÇÃO E LOCALIZAÇÃO


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