quinta-feira, 14 de julho de 2011

Chilenos voltam às ruas pela educação pública


   Santiago


(Prensa Latina) Estudantes, professores, organizações sociais e cidadãos em geral protagonizarão hoje no Chile uma nova mobilização nacional em demanda de educação pública e gratuita.

  "Amanhã marchamos SIM Ou SIM da Praça Itália. Se o governo quer outro percurso que marchem eles por aí", assinalou ontem à noite em sua conta de Twitter a presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo.

A líder universitária ratificou desse modo a decisão dos estudantes de manter o percurso de anteriores marchas pela Alameda, da Praça Itália até a Praça dos Heróis; e não o caminho proposto pela Intendência Metropolitana, manobra para minimizar o alcance dos protestos, consideram.

Queremos convidar as famílias, as mães, os pais, os avós que também nos acompanharam nas marchas e a sociedade em geral a participar da convocação e a reafirmar nosso compromisso pela educação pública e gratuita, financiada pelo Estado, sublinhou Vallejo.

"Aqui contrapõem-se duas visões, uma que é a cultura do dinheiro e outra que é como fomentar um sistema de educação pública para o desenvolvimento do país", reflexionou a dirigente juvenil.

O movimento estudantil chileno recusou na semana passada a iniciativa do Executivo para o ensino superior por não introduzir mudanças estruturais profundas no sistema de ensino no país sul-americano, identificado entre os mais custosos e excludentes do mundo.

Para a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) o Executivo optou pelo continuísmo do modelo a partir da lógica de subsídios sem regulação e da transferência de recursos de todos os chilenos aos empresários que lucram com a educação.

Longe de se garantir um direito fundamental, fica a mercê do mercado a qualidade educacional que recebem as crianças e jovens chilenos, enfatizou a Confech em declaração pública.

À marcha deste dia, convocada pela Confech e pelo Colégio de Professores, vão se aderir os estudantes secundários, a Central Unitária de Trabalhadores, os sindicatos da saúde e a Federação Nacional de Trabalhadores do Cobre, entre outros.

Ontem precisamente, em sinal de radicalização dos protestos, constituiu-se a Frente Social pela Educação que aglutina todas as forças da sociedade interessadas em recuperar o ensino público para o Chile.

 

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