terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sob pressão, Alckmin pode ceder ao jogo de Kassab. GOVERNADOR REAGE AO NAMORO DO PREFEITO DE SÃO PAULO COM O PT E AFIRMA QUE AS CONVERSAS DO PSDB COM O PSD NÃO ESTÃO ENCERRADAS; COMEÇA A GANHAR CORPO A CANDIDATURA DE GUILHERME AFIF, EXATAMENTE COMO GILBERTO KASSAB SEMPRE QUIS

Sob pressão, Alckmin pode ceder ao jogo de Kassab
Criaram o monstrinho, agora segurem

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou hoje que uma eventual aliança com PSD do prefeito Gilberto Kassab, que tenha o vice-governador, Guilherme Afif Domingos (PSD), como cabeça de chapa nas eleições municipais da capital, não está descartada. Segundo ele, as conversas com a legenda de Kassab não estão encerradas, mesmo após o prefeito ter dito, ontem, que iria priorizar, a partir de agora, as conversações com o PT do pré-candidato Fernando Haddad.
Apesar das declarações, o governador voltou a ponderar que é natural o PSDB pleitear candidatura própria à Prefeitura de São Paulo. "Nenhuma hipótese pode ser descartada em uma conversa. Agora, é natural que o PSDB queira ter o candidato ao cargo majoritário", afirmou, após cerimônia de apresentação de quatro unidades móveis do Via Rápida Emprego, no Palácio dos Bandeirantes. Os tucanos têm quatro pré-candidatos que postulam a vaga nessa disputa: o deputado federal Ricardo Trípoli e os secretários estaduais da Cultura, Andrea Matarazzo, Energia, José Aníbal, e Meio Ambiente, Bruno Covas.
Ontem, em reunião com a direção de partido, o prefeito Gilberto Kassab disse que pretendia fazer uma proposta formal de aliança ao PT. Nos bastidores, a declaração de Kassab foi interpretada como uma forma de pressionar o PSDB a acatar o nome de Guilherme Afif Domingos, já que os quatro postulantes do PSDB ainda não despontaram nas pesquisas de intenção de voto. Para não destruir as pontes de um eventual acordo entre as duas legendas, o governador argumentou: "Todas as possibilidades são discutidas, quando se faz um entendimento."
Alckmin disse ainda que, se depender do PSDB, as duas siglas estarão juntas em São Paulo. "No que depender de nós, vamos fazer um esforço para construirmos uma proposta em comum." Ele negou que a aproximação do PT com o PSD preocupe os tucanos e elogiou o vice-governador: "Guilherme Afif Domingos é um grande nome, tem serviço prestado a São Paulo, é um nome preparado para responsabilidades importantes." Mesmo com essas declarações, uma ala dos tucanos em São Paulo resiste em abrir mão da candidatura própria, em apoio a uma chapa liderada por Afif.



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