sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Há algo de podre no reino do tucanato


O símbolo das gestões tucanas de São Paulo


Blog do Mercadante


Com o "efeito Lula" na campanha, Alckmin ataca Mercadante

Por
Juliana Mendes de Oliveira

Segundo notícia no UOL, o candidato tucano ao Governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, atacou o senador e candidato petista ao cargo, Aloisio Mercadante, pela primeira vez em seu horário eleitoral na noite de quarta-feira (25/08). Ainda segundo a notícia, "o ataque sinaliza uma mudança de estratégia para conter a entrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Mercadante. Na última semana, Lula participou de, pelo menos, três comícios no Estado com o objetivo de pedir votos para seu candidato." De fato, Lula e Dilma participaram de três atividades com Mercadante, Marta e Netinho de Paula, estes dois últimos candidatos ao senado. O primeiro foi na sexta-feira, em Osasco, no dia 20, transmitido ao vivo pelo site Dilma na Rede. O Segundo foi na manhã de sábado em Mauá, na Grande São Paulo. Na manhã de segunda-feira, Lula e Dilma participaram com Mercadante de ato em São Bernardo do Campo, no ABCD paulista, em frente da Mercedes Benz, no local onde Lula começou sua militância como líder sindical.

Todos estes eventos com a presença de Lula geraram e ainda geram grande repercussão, sobretudo porque Lula fez fortes críticas aos governos do PSDB em São Paulo. Sobre altos preços do pedágio no Estado, por exemplo, Lula afirmou que "isso não é pedágio, isso é roubo". Além disso, Lula mencionou dados alarmantes sobre o alto investimento do Governo Federal colocado na Educação e no Metrô, investimentos que Geraldo Alckmin insiste em negar em debates, afirmando que "O Governo Federal não colocou um centavo na Educação de São Paulo, o Governo Federal não colocou um centavo no Metrô de São Paulo", negações que ele sempre faz quando questionado em debates por Mercadante sobre a aprovação automática nas escolas públicas do Estado, bem como sobre o lento andamento das obras do Metrô, que não passam de 1 km por ano. Sobre investimento na área social, no comício de Osasco, Lula disparou: "Mercadante, pergunte ao Alckmin quem cuida dos pobres em São Paulo. Não é o PSDB, é o Bolsa-Família do Governo Federal".

Diante de tantas verdades impiedosamente jogadas contra ele, ao ser contrariado por Lula, que entrou com tudo na campanha de Mercadante, Geraldo Alckmin sentiu-se aparentemente perturbado ao ser confrontado pelos 80% de popularidade do presidente Lula, que por sinal também fez Dilma disparar na disputa no Estado contra o tucano José Serra na corrida presidencial, incrível feito, já que é sabido que o São Paulo é um reduto fortemente influenciado pelos tucanos há pelo menos 16 anos. Desesperado diante da investida de Lula na campanha do adversário, Alckmin não resistiu e decidiu atacar Mercadante em seu horário eleitoral, e também no último debate na TV Gazeta, com frases do tipo "No meu governo não tem aloprados", segundo noticiado no
Terra. Diante das declarações do tucano, Mercadante disse em seu Twitter: "Parece que o nervosismo do Alckmin começou a tomar conta da sua campanha. Por que será?" Segundo informações do Estadão divulgadas pelo Portal Vermelho, "o programa eleitoral gratuito tucano de ontém divulgou que em maio de 2008 Mercadante havia faltado a uma sessão de aprovação de US$ 1 bilhão de empréstimo para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) comprar novos trens e expandir o metrô." Diante da acusação, Mercadante declarou:

Eu acho que o nervosismo do candidato tomou conta da campanha. Isso é um sintoma claro do nosso crescimento", disse hoje Mercadante, em visita ao Sustentar 2010, evento para discutir proposta de sustentabilidade. "Ele fez ontem uma acusação completamente injusta e infundada. Eu presidi a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde aquele tema foi discutido. Não é um empréstimo de US$ 1 bilhão, nem isso eles sabem exatamente o que aconteceu. Foram US$ 535 milhões para financiar a compra de equipamentos para a CPTM, aprovados na CAE sob a minha presidência.

Mercadante contou ter indicado a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) como relatora do projeto e ter feito pronunciamento em defesa da proposta. "É injusto, improcedente, infundado, mas é o nervosismo. Eu vou continuar fazendo minha campanha. Nós vamos crescer, é evidente que nós vamos crescer fortemente, sempre com uma campanha propositiva, com críticas a políticas públicas, evitando qualquer tipo de ataque pessoal. Mas eles estão nervosos, a gente tem que dar um desconto, faz parte da disputa", afirmou.

Isso é o que o efeito Lula está causando na campanha de Geraldo Alckmin: medo e desespero. Agora, o fato curioso é que todas as pesquisas apontam que Geraldo Alckmin tem votos o suficiente para vencer no primeiro turno. Agora, se é assim mesmo, por que Geraldo Alckmin tem tanto medo? Por qual razão as pesquisas divulgadas pela grande mídia que aparentemente, faz até
"jornalismo publicitário"de sua campanha (vide, no link anterior, publicação de O Estado de São Paulo, promovendo candidatos da aliança tucana, em SP), não dão a ele a certeza da vitória? Afinal, que perigo oferece um candidato como Mercadante, que aparece com cerca de 30 pontos a menos que ele nas pesquisas? Há algo de podre no reino do tucanato. Ao que parece, não é só pura e simplesmente o efeito Lula na campanha de Mercadante. A ineficiência dos governos do PSDB em São Paulo já é tão visível, nos ônibus, trens e metrôs lotados, no trânsito parado, nas filas dos hospitais, nos alunos analfabetos funcionais fabricados pelo processo de aprovação automática do ensino público, que fica fácil para Mercadante e para seu maior aliado, o presidente Lula, evidenciarem isso nos programas eleitorais e na campanha como um todo. Assustado, sem ter um nome forte que lute por ele, já que FHC e Serra não têm lá grande grande aclamação popular, só resta a Alckmin atacar, na tentativa desesperada de conter o inevitável crescimento de Mercadante na preferência do povo paulista. É chegado o momento do eleitorado paulista rever conceitos e entender que a opção do passado não foi a melhor, e finalmente darem-se uma oportunidade de serem felizes. São Paulo é o Estado do futuro. Precisamos de um governador que nos leve a esse futuro. Precisamos de Mercadante.

Lula, Dima e Mercadante: ato em São Bernardo do Campo,
em frente à Mercedes Bens.

Em algum momento da história, o povo brasileiro não teve mais medo de ser feliz, e o Partido dos Trabalhadores teve sua chance em âmbito nacional, e assim Lula pôde mudar o Brasil. Não importa o quanto as forças reacionárias tentem bloquear a contramarcha da História, pois em algum momento, o PT terá sua chance em São Paulo. Basta apenas que o povo paulista olhe para o horizonte e veja o nascer de uma estrela, que há de iluminar a nossa estrada e o nosso caminho para um futuro melhor. Basta apenas que o povo paulista não tenha medo de ser feliz.



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