domingo, 20 de dezembro de 2009

Em Copenhague morreu a ilusão Obama, assegura Chavez


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O presidente venezuelano Hugo Chávez assegurou hoje que a ilusão sobre seu par estadunidense, Barack Obama, morreu na XV Conferência sobre a Mudança Climática celebrada em Copenhague, Dinamarca, na semana anterior.

"Em Copenhague acabou-se definitivamente a ilusão Obama. Ficou confirmado em sua condição de chefe do império e "Prêmio Nobel da Guerra". O enigma dos dois Obamas ficou resolvido", assevera Chávez em seu programa dominical.

Segundo o mandatário de Venezuela, "o império (estadunidense) chegou na última hora, em 18 de dezembro, para oferecer migalhas em forma de chantagem e assim lavar a culpa marcada em seu rosto".

Em frente a esta estratégia do bolso cheio, escutou-se na Dinamarca a voz clara e valente da pensadora indiana Vandana Shiva dizendo uma grande verdade, indica o líder sul-americano.

Acho que é hora -cita Shiva- de que os Estados Unidos deixem de se ver a si mesmo como doadores e comecem a se reconhecer como contaminadores: um contaminador deve pagar uma compensação pelos danos e deve pagar sua dívida ecológica.

Reconta o dignatário que na sexta-feira 18 chegava a seu fim sem um acordo de consenso democrático a cúpula de Copenhague: Obama montava uma reunião à parte, em uma nova violação dos procedimentos da Organização de Nações Unidas (ONU), pelo que nos vimos obrigados a impugnar qualquer resolução que não passe pelo respeito à vigência do Protocolo de Kyoto.

"Respeitar e potenciar Kyoto é nossa palavra de ordem", sublinha.

"Não foi possível um acordo em Copenhague pela falta de vontade política dos países ricos: os poderosos do mundo, os hiperdesenvolvidos, que não querem ceder em seus padrões de produção e consumo são tão insensatos como suicidas", denuncia o Chefe de Estado venezuelano.

"O mundo à merda, se se atrevem a ameaçar meus privilégios e meu estilo de vida", assinala o dignatário, interpretando o que estes países parecem reiterar com sua conduta.

Agrega que esta é a dura verdade que (eles) não querem ouvir de quem atua sob o imperativo histórico e categórico de mudar de rumo.

"Copenhague não é um fim, reitero, senão um começo; abriram-se as portas para um debate universal sobre como salvar ao planeta, a vida no planeta. A batalha continua", remarca Chávez.


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