Tenho certeza que no governo Dilma o debate racial irá se acirrar nesse país, e certamente os senhores das casas-grandes nacionais soltarão seus capitães do mato para sustentar e legitimar o nosso apartheid. Um dos mais destacados jagunços da elite branca é Demétrio Magnoli, sempre pronto a engendrar teses absurdas em prol da burguesia racista. Segue abaixo postagem sobre a sabujisse desse picareta especialista em tudo que possa faturar um troquinho, leiam também o texto do grande professor Kabenguele Munanga, destruindo a empáfia do monstrengo Magnoli.
Publicado em 10 de julho de 2009
O racismo no Brasil também se atualiza, se no passado tínhamos Tavares Bastos, Sílvio Romero e Nina Rodrigues, hoje em dia temos Ali Kamel e Demétrio Magnoli. Certo, o nível caiu, estes dois são uns desclassificados, uns medíocres. Não obstante, seu discurso possui ressonância, tem gente que leva a sério o que estes pulhas falam, inclusive alguns negros. Ao contrário do que acontecia antigamente, esses neoracistas se apresentam como adeptos da igualdade racial, promovendo uma atualização tosca do pensamento de Gilberto Freire, no intento de mascarar aquilo que de fato o são, racistas descarados. Demétrio Magnoli, o especialista em tudo da Folha, do Estadão, da Veja, da Globo, e dos sites do PPS, possui a autoridade de um Diogo Mainard. Mas pergunta que fica é: por que essa gente tem tanto medo da inclusão plena dos negros na sociedade brasileira?
Efetivamente o que galvanizou a sanha excludente destes publicistas da direita brasileira foi o advento do sistema de cotas, que aliás vem demonstrando ser um programa bem sucedido, basta observar o desempenho dos alunos beneficiados por tal política pública.
O racismo sempre esteve presente na sociedade brasileira, pessoas que pensam o contrário querem apenas perpetuar a desigualdade, como nosso amigo na foto acima, que agora deu para imitar o look do Reinaldo Azevedo, seu irmão de idéias.
Todos os grupos étnico-sociais brasileiros receberam algum tipo de subvenção de nosso Estado, algo que podemos encarar como políticas de ação afirmativa. Já no reinado de Dom Pedro I, começaram a ser trazidos para o Brasil alemães e suíços com subvenções por parte da monarquia. Os italianos receberam generoso incentivo governamental para aqui se instalar na segunda metade do século XIX, sobretudo os que se fixaram na região sul. Os japoneses que se instalaram no interior de São Paulo receberam terras e insumos agrícolas em condições confortáveis de pagamento. É claro que nem todos os imigrantes dessas colônias receberam apoio do Estado, alguns comeram o pão que o diabo amassou. Mas o fato é que enquanto etnia foram bem recebidos por um Estado que buscava desesperadamente branquear a raça.
De todos os grupos étnicos que entraram no Brasil ao longo de seus quinhentos anos, somente os negros jamais foram contemplados com qualquer tipo de açãoafirmativa por parte do Estado brasileiro. Os negros jamais receberam qualquer tipo de assistência enquanto grupo social. Após a abolição da escravatura, em 1888, os negros não foram introduzidos ao mercado de trabalho nacional, não receberam terras; educação, tornando-se párias numa sociedade extremamente racista. Portanto, o sistema de cotas (ação afirmativa) faz justiça àqueles que mais contribuíram para a construção de nossa Nação.
O que me motivou a escrever este texto foi a resposta que o grande professor do Departamento de Antropologia da USP, Kabenguele Munanga, deu ao monstrengo Demétrio Magnoli, o especialista em especialidades, que o atacou em artigo publicado pelo Estadão, aquele jornal que até a década de sessenta publicava editoriais racistas.
Esta foi minha postagem que mais recebeu comentários, mais de quarenta, tirando os trolls, devidamente barrados. para ler esses comentários, clique aqui.
Esse sujeito é parte integrante da bancada da TVCultura controlada pelos tukanos e ali a gente nota que a postura para se manter no cargo é agindo pelas direitas e não pelas beiradas.É preciso vasculhar as procedências dessa gente racista que se apresenta na mídia como os donos da verdade insolente.
ResponderExcluirCreio que as procedências são diversas, o que unifica essa gente é o ódio ao povo, especialmente os negros.
ResponderExcluirAbs!
Achei essa postagem muito boa.
ResponderExcluirEsse sujeito tem uma postura demasiadamente infeliz frente a sociedade brasileira (que em grande parte é negra). No meu trabalho de conclusão, trago um capítulo que faz uma critica a essa nova elite recista brasielira.
Os desafios estão lançados, mas me alegra saber das diversas iniciativas em denunciar o racismo nas diferentes esferas da sociedade.
Abraço!
Obrigada pelo comentário Maria L P , de mais informações sobre seu trabalho de conclusão, você estuda o que?
ResponderExcluirAbração!
Então, eu sou estudante de História.
ResponderExcluirEscrevo sobre o racismo científico no Brasil entre 1870-1900 (teorias racialistas, teóricos racistas, branqueamento da população brasileira. 'Gostei' do Magnoli pois consigo, através da sua publicação Uma gota de Sangue, relacionar o movimento racista de fins do século XIX e todo o complexo momento pelo qual a sociedade passava (abolição, fins do império, inicio da república...) com o momento atual, onde isso tudo já deveria ter sido superado pela nossa elite branca racista e intelectualoide, mas as políticas de ação afirmativa ainda mexem com a vaidade dessa gente. E infelizmente o racismo continua e é defendido por seres como este, com o suporte de grandes mídias.
Mas em breve pretendo postar alguns trechos do trabalho.
Abraço!
Ótimo tema, aguardo as postagens sobre seu trabalho. Então, somos colegas, também estudo História, minha dissertação de mestrado é sobre a ditadura, estudo os movimentos sociais da cidade de Osasco, entre 1966-71, movimento estudantil, sindicato e guerrilha, também pretendo disponibilizar meu trabalho em meu blog.
ResponderExcluirAbraço!
Nossa, que bacana...
ResponderExcluirTendenciosoas as postagens do teu blog? rsrsrrsrsrsr
Vou seguir acompanhando, certamente!
Abraço!
Lamentável como o pessoal aqui desconhece História e é racista, embora afirme não sê-lo!
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